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Nos braços do Mafioso

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Afrodite Les Folies Autora
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Notas

Resumo

“Qual a possiblidade de um anjo cair no inferno e voltar para o paraíso? Anna Bellucci era doce, inocente e pura. Vivia em um mundo até então perfeito e imaculado. O problema é que ela acabou salvando o diabo em pessoa. Seu mundo perfeito já não era tão imaculado, dando espaço a uma doce perversão viciante. Salvatore D’aquila era um dos homens mais poderosos da Sacra Corona Unita, máfia Italiana. Salvatore, o cruel eles diziam, perigoso eles murmuravam. O anjo impiedoso, Lúcifer em carne e osso. Ele não tinha um coração, mas ele se achava justo e não se considerava o pior dos monstros. Mesmo assim, nunca desejou aquela doce mulher em sua cama, em sua vida. Mas agora que ela estava em seus braços, seria difícil deixá-la partir.” **Livros com cenas gráficas de sexo, violência. Atenção ao ler se for uma pessoa sensível!** Dark Romance**

amormafiaromance

O encontro

Salvatore D'aquila

“Eu estava a um centímetro de seus lábios. Eu olhava para aqueles lindos olhos que estavam semicerrados, ela estava esperando um beijo meu. Me aproximei lentamente, envolvendo-a em meu abraço, minha língua avançou um pouco encontrando com a dela em uma dança sensual, a minha salvadora, o meu anjo gemia se entregando para mim. Um sonho que finalmente se tornava real.”

Anna Bellucci

Eu tinha acabado de sair da Universidade, tinha ido para o ensaio de final de ano. Ajeitei as partituras em minha pasta e apressei os passos. Era uma caminhada de menos de vinte minuto até em casa.

Apesar das quatro estações, estarem tocando no meu fone de ouvido, a distância escutei freadas bruscas, um arrepio percorreu meu corpo. Não era tarde da noite, mas as ruas ficavam pacatas e poucas pessoas se arriscavam a te ajudar se você precisasse. Tudo culpa da Sacra Corona Unita, uma das máfias mais potentes. Assim todos diziam, eu tentava acreditar que isto era exagero.

Eu não frequentava os lugares que eles dominavam e eu não saia para outro lugar que não fosse casa, igreja, faculdade de música e o orfanato.

Ajustei os meus fones no ouvido, enquanto descia para a Bari Vecchia. Esta parte da cidade era um labirinto, que eu conhecia muito bem. Eu desci uma escada para a pequena rua de pedras. Era um pouco escuro, mas passando por lá, eu chegaria mais rápido em casa. Quando virei à direita, vi alguns homens batendo em alguém. Eu deveria ter corrido, mas eu não conseguiria ir embora e deixar alguém em perigo. Então, enchi meu pulmão de ar e buscando coragem gritei:

_ Polícia! Por aqui, eles estão aqui!

Os homens se viraram em minha direção por um segundo. Eu congelei e somente então, vi que alguém estava caído e muito machucado. Um homem apontou a arma para mim, mas outro imediatamente cochichou algo em seu ouvido e eles correram na outra direção.

Eu me aproximei do corpo caído, apoiei sua cabeça no meu colo. Enquanto eu tirava lenços umedecidos da minha bolsa e limpava o seu rosto eu tentava falar com ele.

_ Ei, você consegue me dizer como se chama?

Eu queria apenas me certificar de que ele não estava morto. Tremi com a possibilidade, mas logo o alívio veio quando ele levantou sua mão e tocou meu rosto. Seus olhos estavam nos meus. Ele murmurou:

_ Meu anjo salvador...

Mesmo fraca a sua voz era grave. Ele realmente era muito bonito. Peguei meu telefone para chamar a polícia. Mas alguém o retirou da minha mão.

_ Eu vou gritar...._ reclamei.

_ Não tema, garota. Você o encontrou? _ o homem ajoelhado a minha frente tocava o outro e me olhava sério.

_ Sim, tinham homens por aqui, estavam agredindo-o. Ele não disse muito, mas está respirando...

O homem sorriu. E entregou meu celular.

_ Salvatore tem mais de sete vidas. Claro que ele está respirando. Como você se chama?

Eu estava fora do meu estado normal, provavelmente eu ainda estava em choque por tudo. Afinal eu estava sentada no chão, com um estranho desacordado e ferido em meus braços e desenvolvendo uma conversa estranha com outro desconhecido.

_ Anna. _ eu não consegui mentir.

_ O que fez eles escaparem?

_ Eu gritei que a polícia estava aqui.

O homem soltou uma risada desacreditada. Mas antes que eu pudesse dizer algo mais, uma dezena de homens chegaram e eles se aproximaram carregando Salvatore para o carro. Eu me levantei apressada, eu precisava sair dali.

_ Muito prazer, Anna. Eu sou Raffaele Gotti. Melhor amigo e braço direito de Salvatore. Permita-me te levar em casa. _ ele estendeu a mão para mim.

_ Eu não vou entrar no carro...

_ Tudo bem. Eu vou te acompanhar até a sua casa, vamos a pé se quiser.

_ Não precisa, em dez minutos estarei lá.

_ Escute, conheço Salvatore e ele não me perdoará se souber que eu não te acompanhei.

Eu mesmo com medo, concordei. Ele assim o fez, caminhou ao meu lado até a porta da minha casa. Eu agradeci por ele ter mantido silêncio. Quando cheguei no portão de casa, ele disse:

_ Eles viram você?

A pergunta tinha me pegado de surpresa, após me recuperar eu apenas fiz que sim com a cabeça.

_ Vou esperar você entrar. Boa noite, Anna.

_ Boa noite.

Entrei e fechei a porta apressada. Agradeci por vovó estar dormindo. Se ela descobrisse o que eu tinha presenciado naquela noite, eu não sairia mais de casa. Tive dificuldade de dormir. Uma angústia estava pairando no peito.

***

No dia seguinte agradeci por vovó ter ido para a missa. Assim ela não me perguntaria sobre a noite passada. A tarde ela voltaria cheia de novidades da paróquia e não me indagaria quando eu voltasse da faculdade.

Eu ainda estava angustiada, imagens da noite passada ainda estavam frescas em minha mente. Eu precisava me concentrar nos estudos. Voltar para a minha vida, apagar aquelas horas.

Peguei minha mochila e sai de casa. Comecei a caminhar, mas não fiz dois passos até que um carro se encostasse perto de mim. Olhei assustada para o Bentley Mulsanne preto, o vidro do banco de trás abaixou lentamente revelando um rosto da noite passada.

"Salvatore_ pensei."

_ Anna...

Eu olhei assustada para ele. Eu estava paralisada mais uma vez perdida ao ouvir sua voz.

_ Entre, vou te levar. _ ele falou enquanto abria porta.

_ Não, obrigada.

_ Por favor, eu insisto. Tenho que te agradecer.

Eu parei de caminhar e olhei para ele. Pelo jeito ele estaria disposto a continuar por muito mais tempo aquela cena. Os vizinhos já estavam olhando pela janela. Respirei fundo e entrei rapidamente no carro.

Ele sorriu e estendeu a mão para mim.

_ Prazer, sou Salvatore D'Aquila. _ estendi minha mão para ele enquanto ele falava.

_ Anna Bellucci. Prazer.

O carro estava em movimento e eu ainda estava hipnotizada olhando o rosto bonito de Salvatore, mesmo com alguns machucados e inchados era visível a sua beleza.

_ Agradeço por sua coragem na noite passada.

Meu rosto ficou quente e eu sabia que naquele momento eu estava vermelha. Ele olhava divertido o meu constrangimento.

_ Eu não fiz nada demais.

_ Você se arriscou por mim. Estou em débito com você. Você não pode sair por aí sozinha, principalmente à noite.

_ Eu sempre saí sozinha. Eu ...

O carro parou, eu olhei para fora e estávamos na frente da minha universidade. Eu não tinha dito para ele onde eu estava indo. Mas ele já sabia. Por tudo o que tinha acontecido ontem e seu comportamento naquele momento, eu tinha minhas desconfianças de quem ele era. Ele me olhava e sorria. Eu não disse mais nada, abri a porta. Desci apressada, mas me atrapalhei tropeçando e quase caindo. Mal entendi quando fui amparada por braços fortes. Raffaele me segurou e sorriu. Salvatore ficou ao seu lado e pude ver o quanto ele era ainda mais imponente que Raffaele.

_ Boa aula, Anna. _ ele se aproximou e beijou minha bochecha, me deixando sem palavras.

Virando-se para Raffaele ele calmamente disse:

_ Quero que ela seja protegida o tempo todo. Todos os lugares que ela for, os meus homens devem segui-la.

_ Eu não quero isto! _ falei bem mais alto que eu gostaria atraindo olhares de alguns colegas para a cena.

Ele apenas me ignorou e entrou no carro com Raffaele. Eu estava nervosa e totalmente envergonhada por ser o centro das atenções enquanto eu entrava para o pátio.