prólogo
De nacionalidades diferentes, mas de pai idêntico. Essas foram criadas pela família mais perigosa de toda a china, roubadas ainda quando crianças, e treinadas para um único propósito.
Suas vidas foram laçadas e jogadas ao lixo, o pecado do sangue corre por ambas as mãos. Infiltradas sobre a sociedade, essas procuram por um algo valioso, algo que cresce os olhos de qualquer ser humano.
Assim como em todo o mundo, a venda e rapto de crianças eram comuns. Por horas, dias, meses e anos crianças eram levadas de seus pais, e todas elas meninas de ainda pouca idade.
Elas eram criadas sobre uma ilha, isoladas do mundo e de todos, essas meninas lutaram por muitos anos para sua sobrevivência, muitas delas morreram, não tendo nem sequer chegado à última prova.
De cada trinta meninas, apenas uma ficaria viva, porém essa mesma regra foi quebrada há seis anos. Sobre uma cela totalmente protegida, três meninas foram escolhidas, três mulheres que felizmente haviam concluído um ciclo rigoroso. Mas não sabiam que tudo estava apenas começando.
Com a conclusão da prova, Hun pediu que as levassem até ele, era assim sempre, Hun tinha costume de apreciar suas joias assassinas. Seu sorriso falso sobre o rosto enrugado sempre se transformava após encontrar pela primeira vez sua criança. As cartas sobre suas mãos, essas eram tratadas com muita delicadeza.
— Minhas rainhas de copa. — essa foi à primeira frase que ambas as jovens escutaram da boca do mesmo. Tudo já estava pronto, na verdade era tudo o de sempre.
Uma grande mesa repleta de sabores, e sobre essa, elas mostrariam mais uma vez o que haviam aprendido. Seu modo de se sentar, sua postura e tudo mais que lhe fosse pedido no momento. E assim como esse teste, Hun tinha mais um para oferecê-las, era de seu fetiche dopar suas crianças, e logo após isso a conceder a um dos membros de sua máfia ou até mesmo membros da família chinesa. Suas filhas precisavam estar consagradas.
Agora sobre a mesa essas viam e ouviam as palavras de Lee, a única filha de Hun, e essa desde pequena aprendeu que o que queria era fazer parte das obras de seu pai.
— Agora que estão prontas, eu vou dizer o trabalho de ambas as três. — Um contrato que duraria seis anos, um trabalho para ser comprido durante esse tempo, e um único objetivo... Recuperar a joia da família. — É simples, tragam a joia e ganharam sua liberdade, caso contrário, morreram. — Informou ela as vendo cobertas com o resto de suas vestes totalmente rasgadas. — Ah, e só mais uma coisa. Matem todos, não deixem que sobre nem um. — Disse se aproximando do ouvido de uma delas. — Não poupem nem um.
Depois daquele dia, daquele acontecimento, tudo mudou.
Anos antes
Assim que as crianças chegaram, todas de países e estados diferentes.
Todas foram dopadas e colocadas em um avião, onde foram levadas até uma ilha particular.
A ilha além de ser longe, era totalmente equipada com guardas armados.
Após o avião chegar com as meninas, todas foram levadas para celas onde permaneceram por dias sendo alimentadas.
Conforme os dias iam se passando tudo ia tomando forma, e cada vez mais menos meninas estavam presentes.
Elas eram numeradas e cada uma tinha que batalhar com a outra em troca de sua vida.
Uma grande jaula no meio da ilha, era lá onde muitas meninas morriam e novas iam chegando e fazendo parte do matadouro.
No fim, apenas uma poderia sobreviver, mas não foi bem assim. Pela primeira vez na família foram criadas três assassinas.
Três assassinas que trariam dor de cabeça para a família.
Três assassinas que guardariam um grande segredo.