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Henrique narrando
- Um desmaio - Diego fala - Não terminamos o depoimento, vou retornar , avisa quando ela tiver disposta.
- Pode deixar - Eu falo
Desço até o laboratório médico da penitenciária .
- Como ela está? - Eu pergunto para Jonas o médico.
- Um desmaio devido ao nervosismo - Ele fala - Fiz alguns exames, gravidez não é, não é nada sério - Assinto - Só que - Ele pega um envelope e me entrega - A enfermeira Luiza encontrou isso em seu sutiã - Abro o envelope e abro o pacote que tinha dentro.
- Cocaína - Eu falo - Estava no sutiã dela?
- Sim - Ele fala
- Obrigado por entregar - Eu falo e ele assente.
Encaro A garota dormindo na cama do hospital.
- Marta - Eu chamo ela assim que entro na sala do descanso.
- Sim diretor - Ela fala
- Você disse que encontrou Liz no banheiro e Angelica tinha arrecem saido? - Ela assente e eu coloco a bola de droga ali - Encontraram isso no sutiã da Liz, qual as chances de Angelica ter entregado isso para ela?
- Todas - Gabriel fala - Conhecemos Angelica e sabemos que ela faz às outras presas esconder por ela, com certeza ameaçou a garota.
- Ok - Eu falo - Quando Liz acordar, e antes de ir para cela, Eu quero que traga ela na minha sala na mesma hora, ouviram? Avisem Jonas - Todos assente.
Mando uma mensagem para o detetive Diego avisando oque tinha acontecido.
Igor narrando
Quando encaro o laudo do IML na minha mão, Eu fico apavorado, não tinha me dito essa quantidade de facadas , não.
Começo a ver as evidências, e todas elas ligavam a LIz nessa história , e agora eu estava me perguntando e me questionando será que ela era mesmo inocente ?
- Eu não sei oque pensar - Alice diz
- Você precisa ir visitar ela - Eu falo - Ela é sua irmã,e talvez em você vai confiar para contar a verdade.
- Nossos pais devem estar com vergonha dela - Ela diz
- Eu não acredito que a Luz pode ter feito isso por nada - Eu falo - Se ela fez e porque ela sofria.
- Sofria? Rodrigo era um homem bom - Alice diz - Ela fez isso porque ele descobriu um amante não foi isso que ela disse? Eu vi que a Liz estava estranha quando eu fui lá, mas não achei que ela estava escondendo um amante.
- Quando você foi lá? - Eu pergunto
- De manhã - Ela diz - Ver como ela estava e ela estava estranha.
- Eu vou tentar achar alguma coisa - Eu falo - Liz morou com agente, Eu tenho ela como uma filha Alice,não posso deixar ela lá assim,vou defender ela até o fim.
Liz narrando
Abro os olhos lentamente e vejo uma luz branca, sinto algo em meus braços e eu estava com soro. Por alguns segundos achei que tudo que eu tinha vivido era um pesadelo, mas quando me dei conta estava apenas na enfermaria da cadeia.
Vejo que não estava com às minhas roupas e quando me dou conta nem com o sutiã , meu Deus a merda da droga, começo apalpar e vejo que não tinha nada.
- Está com o diretor - Um homem vestido de branco fala - Meu nome é Jonas e sou o médico.
- Oque está com ele? - Eu pergunto
- A droga - Ele diz - A enfermeira Luiza achou e me entregou e conforme as regras entreguei para ele, Assim que você for liberada ele quer falar com você - Ele diz parecendo calma.
- Eu estou ferrada - Eu falo
- Um pouco - Ele diz - Vendo o porque você está presa. - Eu o encaro - Eu sei que à droga não é sua, e ele também deve imaginar isso, todas as garotas que chegam aqui, ou são pegas vendendo , ou passam mal porque tiveram que engolir saquinhos que nem aquele ou escondeu em algum lugar, não só aqui nessa cadeia mas em todas.
- Então eu não estou tão ferrada por causa disso? - Eu pergunto
- Ele vai querer que você entregue o nome da pessoa - Ele diz - Mas você não vai entregar com medo, e isso vai ser adicionado à sua ficha e você vai levar culpa por isso e tudo isso vai pesar no seu julhamebti . - Ele tira o soro da minha veia - Segredo nosso, ok? - Assinto - Liz né ?
- Sim - Eu falo
- Não entra em confusão - Ele diz - E se precisar de algo, só fingir uma dor de barriga, uma dor na garganta e vem até aqui. - Olho confusa para ele. - Luísa vai te ajudar à se trocar e um agente vai te levar até à sala do diretor.
Assim que ele diz para entrar um agente me leva e manda eu sentar em sua frente e logo sai da sala , ele me encara e eu encaro ele em silencio, ele abre a gaveta e coloca à droga em cima da mesa e fica batendo a caneta.
- Então - Ele diz - De quem são? - Ele coloca seis fotos na mesa - Joana, Maria,Aline, Rafaela, Talia ou Angelica ? As seis que você teve contato desde que chegou aqui ontem - Eu encaro as fotos.
- Não é de ninguém - Eu falo
- Olha a sua situação é bem complicada - Ele diz - Agora imagina você ter mais uma acusação?
- Ela é minha - Eu falo
--E como você conseguiu elas? - Ele pergunta - Seu advogado te entregou? - Nego.
- Elas são minhas apenas minhas - Eu falo nervosa
- Elisângela - Ele diz - Nos não somos amigos e nem estou aqui para isso , mas vou te dar um conselho, não ferra mais à sua vida do que já está ferrada.
- Eu não tenho nada para falar - Ela fala - Desculpa, eu não posso - Ela diz com as mãos tremendo.
- Elas te ameaçaram? - Ele pergunta e eu abaixo a cabeça - Foi a Angelica ? - Eu encaro Ele .
- Eu não sei - Eu falo
- Um dia na solitária - Ele fala - E se você um dia quiser contar ou acontecer de novo e quiser falar, é só pedir para te trazerem aqui, voce tem algumas semanas ate o seu julgamento para escolher se quer ou não que isso seja anexado no seus crimes.
- Oque é uma solitária? - Eu pergunto e ele me encara intrigado.
- Um lugar para onde você não vai querer voltar nunca mais - Ele fala - Vou te acompanhar até lá - Encaro ele é ele se levanta.
Era ele e mais dois guardas me levando, ele era um homem que dava medo, suas palavras saiam grossas e firmes, assim que entramos em um corredor sem fim. Ele abre uma cela e era um lugar minúsculo, e me coloca dentro e pede licença para o guarda.
- Isso aqui e uma solitária - Ele fala - Tem certeza que vai querer ficar aqui?
- Parece confortável - Eu falo para ele
- Que bom que você acha isso - Ele diz sorrindo - Dois dias para desfrutar dela então - Ele fala e sai da sala.
Merda Liz, porque abriu a boca? Esse lugar era horrível.
Henrique narrando
Assim que entro na minha sala recebo uma mensagem da minha mãe. Respondo ela e depois guardo o celular.
- Angelica é que deu a droga para ela - Eu falo para os agentes - Ela vai ficar dois dias na solitária e quando ela sair eu quero atenção redobrada em cima dela.
- Pode deixar diretor - Soraya fala
- Dois dias na solitária? - Gustavo pergunta
- Sim - Eu falo - Daqui dois dias pode tirar ela - Ele assente.
Garota cheia de marra.
Dois dias se passaram rápido de mais, delegacia de manhã e de tarde a noite na penitenciária, mas cabeça ocupada não pensava besteira.
- detetive Diego diretor - Marta fala
- Pode mandar entrar - Eu falo
- Tudo bem Henrique? - Ele fala estendendo a mão.
- Sim e com o senhor? - Eu pergunto
- Tudo bem - Ele diz - Bom, vamos precisar levar a detenta Elisângela Souza Lambert para refazer a cena do crime.
- Quando que você pretende fazer isso? - Eu pergunto
- Daqui dois dias - Ele fala
- Irei acompanhar vocês - Eu falo e ele assente.
-Voce tá bem envolvido nesse caso mesmo - Ele diz
- Me envolvo em todos iguais - Eu falo - E outra esse caso é da minha delegacia - Ele assente.
Liz narrando
Dois dias aqui dentro era sufocante mas ao mesmo tempo libertador já que eu não precisava ficar lá fora no meio daquelas mulheres.
Esses dois dias tive muitos pesadelos com Rodrigo e chorei muito, eu so queria um colo da minha mãe e o seu leite de chocolate quente. Até hoje eu não me conformo com o acidente deles, eles partiram tão cedo.
A porta se abre e o agente Gustavo entra.
- Anda , você já pode sair - Ele diz e eu me levanto e saio ali de dentro e acompanho ele até a parte das celas. Durante o dia podia andar livre por essa área, a área da capela, da lavanderia.
- Elisângela - A agente Soraya me chama Assim que entro na minha cela
- Sim- Eu falo
- Já passou o horário de ir tomar banho , mas como você não estava você pode ir - Ela fala
- Obrigada - Eu falo E ela sai
- Educada de mais - Joana fala - Porque foi para solitária?
- Eu estava com drogas - Eu falo
- Da Angelica né ? Ela te obrigou? - Joana diz e eu encaro ela é assinto - Cadê a droga?
- Com o diretor - Eu falo
- Filho da puta ele sabe que ela vai cobrar de você - Ela fala
- Cobrar? - Eu pergunto
- Você perdeu a droga dela - Ela fala
- Oque você sabe desse diretor? Henrique? Foi ele que me prendeu - Eu falo
- É o diabo de terno - Ela fala - Mas todo mundo ama ele, não existe mais rebelião, para quem ver de fora, ele é o melhor. Ele É gato - Ela diz sorrindo - Mas é o diabo de terno. Mas ninguém sabe da sua vida.
- Eu vou tomar banho - Eu falo
- Toma cuidado - Ela diz e eu à encara e assinto.
Igor narrando
Alice andava estranha de mais, vou até o prédio só que não consigo informação nenhuma.
Vou até o presídio.
- Igor - Liz fala me abraçando - Ainda bem que você veio.
- Fiquei sabendo das drogas - Ele fala
- Não era minha - Ela diz - Me ameaçaram,me obrigaram a ficar com elas.
- Calma - Eu falo
- Me diz Igor que você conseguiu alguma coisa para me tirar daqui - Ela diz - Por favor.
- As coisas só pioraram com o laudo do IML - Eu falo
- Igor eu não dei tudo isso de facada - Ela fala - Eu só queria me proteger e nada mais, so queria fugir dele, eu não queria matar ele - Ela começa a chorar.
- Eu acredito em você - Ela me encara.
- acredita? - Ela pergunto
- acredito sim - Eu falo - por isso vou fazer de tudo para provar sua inocência , mas para isso não se meta em confusão e se caso alguém te ameaçar pede para me ligar eu vou ver se consigo alguém lá dentro para te proteger, conheço um agente - Ela assente - Vou falar com ele e ele vai te avisar.
- Obrigada - Ela fala - Obrigada.
- a Alice te mandou um beijo - Eu digo - Ela vai vir assim que agente conseguir a liberação das visitas - Ela assente -E de resto você tá bem?
- Sim - Ela diz
- Daqui dois dias vao te levar para a cena do crime - Ela me encara - Eu vou estar lá com você , não precisa ficar com medo - Ela assente - Sobre a Angelica eu vou falar com ela, Ela é minha cliente.
- não quero te trazer problemas - Ela diz
- Não irá - Eu falo - Fica tranquila e você está na mesma cela de Joana? - Ela assente - Confia nela, Ela é minha cliente também e foi enganada pelo marido.
- Tá bom - Ela diz - Eu deixei cigarros e produtos de higiene para você, devem te entregar no final do dia.
- Obrigada por tudo - Ela fala me abracando.
- Ele tinha algum inimigo? - Eu pergunto - Alguém que poderia ter matado ele depois da facada que você deu? - Ela para para pensar.
- Eu não sei - Ela fala
- Pensa Liz - Eu falo - E qualquer coisa você me fala - Ela assente.
Liz narrando
Eu saio da sala e vou caminhando de volta para às celas, as mulheres ali pareciam animadas, umas cantavam, outras conversavam, umas jogavam cartas, outras namoravam e eu só queria sair daqui.
- Cadê a minha droga ? - Sinto um braço me puxar para um canto que ninguém iria conseguir nos ver - Cadê a porcaria da minha droga?
- Com o diretor - Eu falo e ela me encara - Mas eu não entreguei você - Ela começa a rir.
- Você me deve quinhentos reais - Ela diz - Dois dias para me pagar.
- Eu não tenho como conseguir o dinheiro em dois dias - Eu falo
- Se vira - Ela fala
- Eu não vou te dar dinheiro a droga não era minha e eu não peguei porque eu quis - Eu falo
- Você tá me desafiando? - Ela fala pegando em meu pescoço tento a empurrar mas ela era o triplo do meu tamanho. - Até amanhã para me pagar a porcaria do dinheiro, se não você tá ferrada - Ela me derruba no chão e me enche de chutes na barriga e na cabeça, acabo desmaiando.