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Cp 6

Quatro meses desse inferno indo pro quinto estou exausta me perguntando por que disso tudo ser usada pelo homem que achava ser meu pai.

Eles me fazem escutar qual era a minha sentença Para mim tudo era muito louco, a qualquer hora podia ser hora da minha morte então eu pensei em mim e na criança que eu carregava em meu ventre.

Eu estava meio debilitada pois mesmo estando grávida eu era abusada constantemente.

Estava encostada na parede alisando minha barriguinha sentindo meu bebê mexer até que escuto uma conversa olhos pela brecha e vejo os dois.

-Caralho Marcos a gente tem que decidir o que fazer com a mina.

-Ué Matar é claro o delegado já vai voltar de viagem e vai querer saber se fizemos o trabalho direito - Marcos fala.

-Marcos tu não acha que a gente devia contar que a mina tá grávida?.

-ta doido cara ele mata a gente e se isso vazar perdemos nosso empregos não vou perder tudo por causa de uma Vadi@ - Marcos fala meio alterado.

-Caralho de quem será o filho - Carlos pergunta passando a mão nos cabelos.

-Do filho da put@ do delegado usamos preservativo lembra o cara engravidou a própria filha kkkk e ela ficou gostosa mesmo ficando grávida- Marcos fala e eles começam a rir.

-Então eu vou lá - Carlos fala levantando.

-iih sai fora que quem vai matar sou eu - Marcos grita.

-Vai se fuder cara deixa eu aproveitar uma ultima vez - Carlos fala.

Não terminei de ouvir a conversa eu estava sem acreditar que eles estavam discutindo para ver quem iria tirar minha vida e ainda queriam me usar outra vez.

Então eu precisava de um plano certeiro para poder sair dali estava ali naquele cativeiro analisando todas as possibilidades para tentar fugir então comecei a procurar alternativas olhando para todo aquele cativeiro sujo e nojento foi aí que eu olhei um pedaço de madeira no chão eu sabia que ele estava por mim então loquei o ouvido sobre a porta para escutar o que eles estavam dizendo e eles ainda discutiam um com o outro para ver quem ia me matar e ficaram nesse impasse por horas foi o que me deu tempo para eu raciocinar como que eu vou fugir daqui.

-Não posso morrer assim - digo para mim pois preciso proteger meu bebê.

então escutei um deles dizer que um ficaria na porta e o outro iria concretizar o que eles vieram fazer então fiquei bem encostada ao lado da porta e quando ele abriu a mesma eu desferir a paulada na cabeça dele e o mesmo caiu desmaiado no chão com rapidez tranquei a porta novamente.

Enquanto o outro tentava arrombar fiquei desesperada não sabia o que fazer foi tudo tão rápido não pensei no resto e a qualquer momento ele ia abrir aquela porta e poderia me matar então peguei a mesma madeira e quebrei o vidro da janela porém escutei. Passos correndo para o fundo da casa então eu vi que ele ia para o fundo pelo barulho da janela sendo quebrada me certifiquei que ele estava indo até lá então abri a porta com cuidado e vi que ele já não estava mais lá e eu corri com todas as minhas forças do mundo para sair dali entrei mata a dentro desnorteada sem saber para onde ia sinto meu rosto arder com os cortes dos galhos e meus pés doem.

Paro um pouco me escorando em uma árvore segurando minha barriga e tentando recuperar o fôlego até que escuto gritos.

Xxx: sua vagabunda eu vou te achar.

Xxx: Desgraçada eu vou descontar essa paulada – Falou gritando.

Eles gritavam e meu coração quase para só de pensar em o que aconteceria comigo se eles me acharem.

Olho em volta e me vejo sem opção então corro novamente acho que 20 minutos correndo até que tropeço em um galho e sinto meu pé doer olho novamente em volta e vejo um buraco meio escondido entro dentro dele e coloco alguns galhos por cima.

Me encolho fechando os olhos rezando e pedindo a Deus para que nada aconteça comigo e com meu bebê até que escuto uma conversa eram eles.

Xxx- Perdemos elas.

Xxx- e agora ?.

Xxx-deixa pra lá provavelmente vai morrer aqui é mata fechada ela não vai sobreviver - eles vão se distanciando mas eu não consigo criar coragem para sair de onde estou então adormeço ali mesmo.

Acordo sentindo meu bebê chutar ele está muito agitado me fazendo sentir um pouco de dor - Calma filhinho - falo alisando a barriga e suspirando.

Ando por horas sinto meu estômago doer de fome não vou morrer desse jeito depois de tudo que fiz ao entardecer chego em uma árvore de manga minhas esperanças se fortalecem - Deus está ao meu lado – penso.

Pego uma manga e não perco tempo como em minutos estava morrendo de fome ando e já está noite não tendo opção a não ser dormir no relento então procuro algumas folhas grandes e deito fico olhando para o céu lembrando de tudo que aconteceu me fazendo chegar nesse ponto.

Só me passa uma coisa na cabeça "Vingança" sei que é errado mas não consigo pensar que eles estavam se passando por uma linda e feliz família enquanto eu estava sofrendo.

Quem será meu pai? - me pergunto me perco em meus pensamentos e acabo adormecendo.

Acordo com uma leve dor nas costas resultado de ter dormido assim mas isso é melhor que aquele quarto de merd@.

Ai mãezinha me da um sinal me ajuda e me protege - penso reunindo forças para levantar pensando no que faria não poderia ficar no mato por muito tempo tenho que me alimentar melhor não quero que meu bebê fique mal.

Começo a andar até que escuto um barulho de tiro fico apavorada minhas pernas tremem caio de joelhos no chão fiquei uns cinco minutos me tremendo com medo que algo acontecesse.

E então tive um choque de realidade comecei a correr sem rumo nem pensei em mim apenas queria proteger meu bebê até que chego perto de uma pista corro na direção da mesma paro no meio e sinto uma fisgada na barriga me apoio em meus joelhos e nem percebo um carro se aproximar até que sinto o impacto e meu corpo ser jogado para longe.

-MEU BEBÊ- grito sentindo dor sinto algo entre minhas pernas passo a mão e quando olho para a mesma vejo sangue.

-Olho em direção ao carro e três homens correram até mim um deles se ajoelha ao meu lado -Por favor salva meu filho – falo pegando a mão dele e sentindo as lágrimas pelo meu rosto e a escuridão toma conta.

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