Sinopse
INTRODUÇÃO:
No livro Minha Redenção, você conhecerá uma história marcante, cheia de drama e muita ação. Marcos Antônio se tornará Alex para fugir da sua raiz pecamisosa e tentar ser uma pessoa melhor. Porém, uma garota surgirá em sua vida e ele será obrigado a se sujar de sangue outra vez, apenas para resgatar aquela que foi capaz de lhe devolver a sua luz. O livro contém algumas cenas fortes, porém não fugirá ao gênero romance. Espero que gostem de mais essa obra.
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A vida é feita de escolhas… Alguém me disse isso uma vez. Mas, o que fazer quando você ainda é apenas um garoto e não te dão esse direto de escolher? Às vezes é mais fácil fechar os olhos e julgar, ou apontar aquele garoto sujo nas ruas, vendendo drogas para sobreviver e não estou falando do dinheiro, e sim de vida. Da minha vida, onde eu não tive muitas escolhas. Era matar ou morrer. Mergulhar de cabeça no submundo e abraçar sua escuridão, ou ser engolido por ela. Esse é o meu jeito de viver agora.
Chamo-me Antônio Carlos Ferraz e quando eu tinha dez anos, vi os meus pais serem assassinos pelo homem que fez de mim um assassino frio e cruel. Me tornei um homem sem alma, insensível e implacável… até vê-la pela primeira vez. Jasmine era a rachadura em minha armadura de ferro, um pequeno foco de luz em minha escuridão. Uma garota simples, com um olhar de menina e um rosto angelical, que fazia o meu dia brilhar diferente. O simples fato de vê-la, mesmo que de longe era um afago para a minha alma dolorida, mas era tudo o que eu podia ter dela no momento.
Quem vive uma vida de crimes, o melhor é que não se envolva amorosamente. Esse amor seria a sua fraqueza e a sua destruição, assim como foi com a vida do meu pai. Eu e minha mãe éramos a sua fraqueza e fomos a sua queda também. Por isso, e somente por isso, me mantenho distante dela.
Olho ao meu redor. Estou dentro de um imenso galpão, pois é o dia da entrega dos pacotes. Tem muitos homens armados nesse lugar. Na entrada da comunidade, os figuinhas - os garotos armados que vigiam - determinam quem entra e quem sai. Cicatriz, nosso chefe está em seu escritório fazendo a contabilidade com os provedores. Em algumas horas terei que sair e fazer a outra parte do meu trabalho, aquela parte que fui forçado a gostar: apagar alguns arquivos e pressionar alguns devoradores.
Não vou negar, é um mundo atrativo, te rende muito dinheiro, te oferece muito conforto, mas confesso que daria a minha vida para sentir um pouco de paz. Em alguns momentos, penso o quão a minha mãe me queria longe tudo isso, que ela apostava nos meus estudos e me mantinha sempre ocupado.
Como seria a minha vida hoje se meus pais ainda estivessem vivos?
— Está na hora, Marrento. — O aviso me é dado.
Assinto encarando o gerente das finanças e saio do galpão sem contestá-lo. Quando entro no carro, sinto a costumeira adrenalina percorrer as minhas veias e o gosto de sangue vem a minha boca. É como se o meu coração parasse nessa hora e no mesmo instante, torno-me um homem frio e calculista. Para o que preciso fazer agora, não pode haver sentimentos e nem culpa, muito menos remorsos. Tiro a pistola do cós da calça jeans, verifico o seu tambor e o giro, o colocando de volta no lugar.
Meu alvo?
Um homem de 34 anos, um delator. Ele é um traidor e não perdoamos traidores aqui.
Meu nome é Marrento, e eu sou o mensageiro da morte.