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CAPÍTULO 5 # MARTINA TEM RAZÃO!

Todos começaram a cochichar em simultâneo, ao observar o quanto ela era jovem. Ela notou também o quão vermelho Alberto ficou, e aparentemente seus colegas, ficaram tirando brincadeiras com ele, o deixando ainda mais envergonhado, por isso Anita continuou:

— Sim, sou professora, e gostaria de poder me dar muito bem com todos, afinal esse é o meu primeiro ano aqui, então vamos começar assim, gostaria de perguntar o nome e a idade de cada um, tá ok?

Uma das adolescentes levantou as mãos e Anita deu-lhe a palavra dizendo:

—Hã... qual é o seu nome mesmo?

— Patricia Martins tenho 14 anos, mais me desculpe lhe perguntar, mas como realmente vamos acreditar em você? Qual é a sua idade? Me parece tão jovem para ser uma professora, pode muito bem ser uma aluna fazendo uma piada com a nossa cara? E se for mesmo nossa professora, tem como provar?

— Patrícia entendo as suas dúvidas, eu tenho atualmente 25 anos, e sou PHD em história, formei-me aos 21 anos, e sim tenho como provar, que sou realmente a sua professora.

Novamente ouve um coro de exclamações na sala, porém Anita continuou:

— Eu sei que sou muito jovem, porém essa realmente é a verdade, poderia ter-me tornado uma historiadora, no entanto, preferi essa área por motivos pessoais, e para provar que realmente sou sua professora, tenho aqui todo o conteúdo do que precisarei passar esse ano!

Ela então falou exatamente tudo o que anotou na sua agenda, e depois das apresentações, eles realmente começaram a acreditar nela, então outro aluno de nome Gustavo Moura que disse ter 15 anos, comentou:

— Professora Anita, a senhora é muito bonita e tem um sotaque muito sexy e fofo, a senhora é japonesa? Anita ficou corada diante as palavras do garoto e pensou:

— Meu Deus como esses jovens são ousados hoje em dia? Porém sorrindo lhe respondeu:

— Não! Tenho descendência coreana, meu pai era coreano e minha mãe brasileira.

Depois disso ela começou a dar a sua aula, todos os jovens adoraram a forma engraçada, e até mesmo um pouco atrapalhada, de como ela dava as aulas, os prendendo em pontos específico da história, com prazer, com o tempo os alunos falaram ser impossível não aprender história da forma como ela explicava as coisas.

Depois que acabou aquela primeira aula todos os alunos agradeceram a ela e saíram, para o corredor inclusive Alberto, mas não antes de se desculpar com ela, por tentar lhe cantar, ela riu e disse:

— Tudo bem Alberto não foi desrespeitoso, além disso, não sabia que eu era a sua professora, porém espero que agora que sabe, continue a tratar-me como tal, dessa forma nos daremos muito bem!

Disse Anita levantando o polegar, ele sorrindo disse que assim seria, e também levantou o polegar.

          Atualmente porém...

Após ter passado as provas Anita percebeu que Alberto, chegou na sala quinze minutos depois, e ainda estava muito inquieto, e foi o quarto a entregar-lhe a prova, o que Anita estranhou muito, visto que ele geralmente era o primeiro, no entanto, quando Anita começou a ler o teste franziu o cenho totalmente, decepcionada.

Ao terminal de passar a sua prova, ela foi para a lanchonete da escola, e sentada numa cadeira, saboreava o seu lanche enquanto observa as provas. Anita tinha muito orgulho da maioria dos seus alunos, pois demonstravam ter entendido muito bem as aulas. Porém, com respeito a Alberto, Anita não entendia o porque, afinal das dez perguntas, Alberto só acertou quatro.

Por isso assim que viu Gael, o seu melhor amigo o chamou até a sua mesa com a mão, ele aproximou-se com o cenho franzido também, parecia apreensivo e quando falou foi que Anita entendeu o porque:

— O que houve professora, fui muito mal na minha prova? Ela sorriu de forma consoladora e falou:

— Não se preocupe, você foi bem, mas vai saber melhor amanhã, entregarei a todos os resultados, porém o que quero saber, é se você viu o Alberto? Gostaria de falar com ele, mas ainda não o vi por aqui.

— Eu vi o Beto lá no portão do colégio, conversando com uns caras aí e…

— E o que?! — Perguntou Anita com as sombrancelhas levantadas, ele porém desconversou.

— E... Esquece professora! Não é nada demais, mas não se preocupe daqui a pouquinho ele entra, visto que ainda teremos prova da professora Angela de biologia!

— Tudo bem então, depois eu falo com ele!

Anita percebeu que o rapaz queria falar algo, porém nada mais falou, e após pedir licença saiu deixando-a com os seus pensamentos confusos, tinha certeza que Gustavo sabia algo do amigo, porém não tinha coragem de falar. Depois disso, Anita não consegui mais falar com ele, pois já havia, acabado o horário das suas aulas.

Ao cair a tarde ela conheceu as suas novas turmas, após isso o tempo passou rápido, quando Anita observou o seu relógio no pulso, já eram seis e meia, ela então se despediu dos seus colegas, e saiu do colégio ficou feliz por não ver mais Carlos durante o resto do dia. Parece que ele realmente ficou assustado como as suas ameaças, e enquanto ela esperava no ponto de ônibus, conversava animadamente com Marlene, a senhora da lanchonete, porém depois que a senhora pegou o seu ônibus, ela ficou sozinha. Mas ao olhar para o outro lado da rua, Anita observou ao longe Alberto, então se perguntou:

— Nosso Alberto aqui, nesse horário? Ele já não devia estar em sua casa uma hora dessas?

Ela então notou que, ele estava conversando, com dois outros rapazes, que pareciam está alterados, então pegaram o braço dele e o colocaram dentro de um carro com rudeza, praticamente com a força, ela então em desespero chamou por ele, mas ele não a ouviu.

Anita vendo aquilo chamou um táxi e pediu para ele seguir o carro, ela observou que eles estavam seguindo para a Barra da Tijuca, eles levaram cerca de uma hora e meia, então pararam em frente a uma casa muito bonita. Porém, não entraram pela frente e sim pelos fundos da casa, e ele entrou com eles, ao observar ter muitas câmeras por alí, ela abaixou-se e escondeu-se atrás de um arbusto. Já havia se passado cerca de uma hora, e ele ainda estava lá dentro, Anita então pensou:

— O que Alberto faz aqui? Com esses homens tão esquisitos? Droga e porque estou seguindo ele, de repente podem ser simplesmente amigos dele! Já pensou se ele me encontra aqui seguindo-o, ficarei com muita vergonha, no fim Martina tem razão eu sempre estou me metade em situações vergonhosas e desastrosas mesmo! Que saber vou embora?!

Determinada Anita levantou-se bem devagarinho para não ser vista por ninguém, porém o que observou a seguir deixou-a temporariamente estática e nervosa, não sabia o que fazer nem como agir, no entanto naquele momento sabia que tinha que fazer algo...

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