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Capítulo 3

O ponto de vista de Daniela

— Oh Deus, estou atrasada de novo. —

Eram 10 da manhã. Levantei-me rapidamente e fui ao banheiro. Ao sair, vi Divya passando batom.

Depois de me ver, ele disse dramaticamente: – Oh, minha princesa já acordou? –

– Ei, por que você não me acordou? – perguntei, mantendo as mãos na cintura.

– Di (irmã), sério? Estou tentando acordar você há vinte minutos, mas você estava sonhando com seu príncipe encantado – disse ela com sarcasmo.

“Cala a boca, eu não estava sonhando com meu príncipe encantado”, disse eu, olhando fixamente para ela. “E agora, cala a boca, quero me arrumar.”

—Sim, sim, eu sei. A propósito, já terminei. Tchau, Di (irmã mais velha), eu te amo —disse ela, me abraçando.

Eu a abracei de volta — tchau, também te amo —

Ela está fazendo mestrado. Sonha em ser uma boa professora. Sou a única que ganha dinheiro nesta casa. Após a morte do meu pai, minha mãe trabalhou duro para nos criar. Terminei a faculdade trabalhando meio período. Depois de terminar a faculdade, comecei a trabalhar como garçonete no restaurante Royal, de propriedade de um amigo do meu pai. Minha mãe tem câncer. Estou trabalhando duro para poder operá-la. Não sei por que Deus se tornou tão cruel comigo. Primeiro tirou meu pai, agora minha mãe.

Ontem vi um anúncio no jornal dizendo que a empresa SK estava procurando um contador. Amanhã irei a uma entrevista. Só espero que tudo dê certo. Sequei as lágrimas, vesti minha blusa vermelha e minha saia preta e desci para tomar café da manhã. Quando olhei para o relógio, eram : da manhã.

Meu Deus, acho que vou ter que pular o café da manhã hoje.

—Bom dia, mamãe. Mamãe, vou pular o café da manhã porque estou atrasada —disse enquanto beijava a bochecha da minha mãe e pegava minha garrafa de água às pressas.

Daniela. Pelo menos tome um chá. Você também não jantou ontem à noite.

Sim, à noite não jantei porque cheguei tarde do trabalho, então estava tão cansado que dormi sem comer.

—Desculpe, mãe, mas estou ficando atrasada. Tenho que ir, senão o tio Patel vai me expulsar do restaurante —disse com sarcasmo—. Tchau, mãe. Por favor, tome seu remédio na hora certa. Amo você.

— Tudo bem, minha filha, adeus, cuide-se — disse minha mãe, sorrindo para mim.

Assim que saí, o sol da manhã beijou minhas bochechas.

Parei um táxi às pressas e entrei. Meu Deus, já está na hora!

– Senhor, você poderia dirigir um pouco mais rápido, por favor? Estou atrasada para o trabalho — perguntei ao motorista.

“Claro”, disse ele e aumentou a velocidade.

Finalmente consegui.

Oh Deus, estou alguns minutos atrasado.

Entrei rapidamente no restaurante. No caminho, encontrei o tio Patel, dono do restaurante e meu gerente.

– Bom dia, tio – cumprimentei.

—Bom dia, Daniela. Você está alguns minutos atrasada —disse ele, olhando para mim com uma expressão de raiva fingida.

“Desculpe, tio, da próxima vez chegarei na hora”, disse com olhos de cachorrinho.

Ele disse que estava tudo bem e entrou sorrindo.

Entrei e encontrei minha amiga Nitya. Ela também trabalha comigo.

“Então você finalmente chegou.”

—Bom dia, querida —cumprimentei-a, deixando minha bolsa sobre a mesa. Ela apenas revirou os olhos.

Por que você está atrasada hoje? Encontrou seu príncipe encantado no caminho?

Não sei por que Divya e Nitya estão atrás do meu príncipe encantado.

Eu a fulminava com o olhar. — Acordei tarde. Por isso estou atrasada — respondi brevemente e comecei a trabalhar.

Nitya e eu nos conhecemos na faculdade. Ainda me lembro daquele dia em que Nitya deu um tapa naqueles dois garotos que estavam zombando de mim enquanto eu ia para casa. Fiquei totalmente chocado ao ver esse lado de Nitya.

Ela sempre esteve ao meu lado nos momentos bons e ruins. É uma garota muito simpática, mas também tem mau feitio.

Ela odeia Ritik porque ele sempre a irrita. Eles não se toleram, mas me protegem muito.

Ritik trabalha em Nova York para uma empresa de RA.

Sinto muita falta dele.

—Ei, senhora, em que você está sonhando? —Nitya me perguntou em tom zombeteiro.

Suspirei. — Nada, estou com saudades do Ritik —

— Não diga o nome desse idiota. Você é apenas meu amigo, não dele — disse ela, cerrando os dentes.

— Nitya, ele também é meu melhor amigo e meu irmão, e eu amo os dois igualmente. —

— Mas eu o odeio.

Meu Deus, essa garota.

–Você também vai adorar ele – eu disse, piscando para ela.

—Você é um idiota.

Naquele momento, alguém nos chamou. Eu me virei. Havia dois homens na casa dos vinte anos. O que vestia um terno azul nos chamava.

– Daniela, vai você – disse Nitya.

Aproximei-me da mesa deles. —Olá, senhor, bem-vindo ao nosso Restaurante Real. O que deseja tomar, senhor? —perguntei educadamente.

—Um café, por favor —pediu o que vestia o terno azul, sorrindo para mim.

O outro, que vestia um terno preto, estava ocupado com seu celular: – Senhor, o que o senhor deseja? – perguntei.

— Um café preto — disse ele, sem me olhar.

—Tudo bem, senhor, volto em dois minutos com seus pedidos —disse sorrindo.

O cara de terno azul sorriu para mim.

Voltei com dois POVs de Roberto

Rahul chamou uma garçonete e eu estava ao telefone respondendo às mensagens da minha namorada Samaira, quando ouvi uma voz doce. Tirei os olhos do celular para ver a dona daquela voz. Era uma garota bonita, de olhos castanhos, cílios longos e escuros e cabelos negros até a cintura, presos em um rabo de cavalo. Ela usava batom vermelho e tinha um corpo perfeito que encantaria qualquer homem. Ela conversava com Rahul com um sorriso lindo.

—Chega, Roberto, ela é apenas uma garçonete aqui —disse meu subconsciente, e rapidamente desviei o olhar dela.

Então ela me perguntou gentilmente o que eu queria pedir. Ouvir ela falar comigo fez meu coração bater mais forte. Pedi um café sem olhar para ela.

Depois, ela veio até a nossa mesa com nossos cafés. Enquanto os segurava, ela derramou café no meu terno. Que descarada!

Meu sangue ferveu de raiva porque essas garotas estúpidas são capazes de qualquer coisa para chamar a atenção de um homem rico.

—Que diabos! Você está cega? É assim que você atende seus clientes? —gritei e me levantei da cadeira.

— Desculpe, senhor — ela gaguejou, e lágrimas se formaram em seus belos olhos.

Lindos? Cale a boca, Roberto!

— Garota idiota, se você não sabe atender seus clientes, então por que não deixa seu emprego? — eu disse irritada, seus olhos se arregalaram com minha pergunta.

O ponto de vista de Daniela

Fiquei em choque, como ele pode gritar comigo assim?

–Roberto, acalme-se, ela não fez isso de propósito – tentou acalmá-lo o outro rapaz, que vestia um terno azul.

– Sinto muito, senhor. Não foi de propósito – pedi desculpas mais uma vez pelo meu erro, com lágrimas rolando pelo meu rosto.

Até hoje, ninguém tinha falado comigo assim.

“Desculpe” é a única palavra que você conhece — disse ele, cerrando os dentes.

– Garota barata, – murmurou baixinho, mas foi bem audível para todos.

Como alguém pode ser tão cruel? Ele usa essas palavras só porque eu derramei café no terno dele sem querer.

Uma pessoa sem coração.

Nitya, o tio Patel e outros funcionários também estavam reunidos ali, e todos os clientes nos olhavam fixamente. Senti-me humilhado diante de todos. Minha cabeça estava girando novamente, e Nitya se aproximou de mim.

—Deixe isso, Roberto. Não faça escândalo, vamos embora — disse o outro a Roberto.

— Peço desculpas em nome da minha equipe, senhor Gonzales — desculpou-se o tio Patel.

“Se ela não sabe trabalhar, por que você não a demite?”, disse ele em tom frio, e o tio apenas inclinou a cabeça.

Tudo isso aconteceu por minha culpa. Por minha culpa, o tio Patel pede desculpas a esse homem sem coração.

Dói muito ver meu tio assim.

Comecei a me sentir tonta, mas antes de perder o equilíbrio, Nitya segurou meu braço. —Daniela, você está bem? —ela perguntou preocupada.

Eu acenei com a cabeça.

—Roberto, vamos embora —o homem de terno azul tirou Roberto dali. Roberto me olhou com aquele olhar nojento, como se eu fosse lixo.

Comecei a me sentir fraca, perdi o equilíbrio e, aos poucos, a escuridão me consumiu.

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