Capítulo 4
Samuel narrando.
A ideia inicial era pedir Fernanda em noivado hoje, diante da minha família e dá sua, em um jantar tradicional para alegria dos meus sogros. Mas, minha digníssima noiva acabou achando a caixinha de veludo no porta luvas do carro e acabou por estragar toda a surpresa.
O que resultou em apenas fazer o pedido formal sem utilizar do objeto especial, ou seja? o anel porque Fernanda já estaria usando. Digo estaria, porque ao meu ver ocorreu um acidente e minha noiva perdeu a única coisa que ela não deveria ter perdido, o bendito Anel! Espero que isso não seja algum tipo de sinal oculto vindo dos céus.
Fui compreensível, porque no decorrer da historía descobri que Fernanda não teve culpa no cartório. E sim uma certa pessoa que não esperava reencontrar tão rápido depois de tanto tempo. Marina, ou furacão Marina como meu irmão mais novo costumava chama-la, apelido a qual faz jus a pessoa dela, minha testa que o diga.
Estou acedendo a churrasqueira concentrado, quando meu irmão vem na minha direção vestido de forma elegante para o culto de hoje a noite.
__Quem diria! Samuel o filho prodígo vai finalmente formar uma família e se amarrar em uma mulher. - Zombou caminhando na minha direção.
__Esperava que você fizesse isso primeiro. Mas já que continua encalhado, não me resta outra alternativa se não honrar o nome da nossa família. - O olhei sorrindo.
__Estou feliz por você. Por ter recomeçado e retornado aos braços do Pai e encontrado a mulher que ama. - Colocou a mão sobre meu ombro me olhando com admiração.
__Também irmão . Fiz o mesmo gesto com ele. __ E você quando vai encontrar sua amada? Quebrei o clima tenso ao relembrar os piores anos da minha vida, não que venha ao caso, mas eu fiquei muitos anos afastado de Deus e quase morri em um acidente de moto por estar dirigindo de forma ilegal. Por um milagre estou vivo, e devo tudo a Deus pelo grande livramento.
__Corta essa, sem pressão Samuel. O noivo da vez é você, Deus ainda não trouxe a mulher certa para mim. Estou muito focado na empresa e nos negócios do nosso pai.
__Nosso pai tem grandes sonhos que envolve você. Não apenas na empresa, principalmente na vida sentimental. Ele sempre se gaba o quanto parecido é dele, as vezes fico até com um pouco de ciúmes.
__ Eu sei disso, e quando chegar minha vez vou realiza-los. E não fique, ele te ama tanto quanto a mim, ele tem esperanças que ira assumir a empresa novamente. - Nego com a cabeça.
__Não vai acontecer Alex. Sabe que meu sonho nunca foi esse, fiz pela insistência do nosso pai ,agora sou como um homem das cavernas, não quero me apegar a algo fútil como dinheiro. Essa coisa de poder e dinheiro não é mais para mim , aquele Samuel foi sepultado naquele acidente.
__Me diga? como um homem das cavernas como você, foi se apaixonar justo por uma mulher elegante como a Fernanda? Isso vai mesmo dar certo irmão?
__Irmão, sei que realmente somos opostos, Fernanda tem mudado muito depois que a conheci. Ela sabe minhas exigências, minha fé, e meu modo de vida. Só pediu um pouco de paciência para se adaptar. E a Marina? - Mudo de assunto.
__ O que tem a Marina?
__Não sente nada por ela? Se não me lembro eram bem próximos quando pequenos. - Cruzo os braços sugestivo.
__Ainda Somos, mas não sei, é que bom, nunca vi Marina dessa forma. Ela é como minha irmãzinha.
__Se você diz, quem sou eu para discordar. - Ergo os braços em rendição.
__Contudo, devo dizer que ela está linda, se a visse certamente não a reconheceria.
__Serío? Aquela pirralha de cabelo curto que ficou igual a um garoto?
__ Devo lembrar quem foi o responsável por derrubar o chiclete no cabelo dela ? - Abri um sorriso de lado.
__Tem razão. Coitada da bichinha! recordo-me de pegar muito no pé dela, para minha defesa tentei arrancar o chiclete e grudou ainda mais, não foi intencional.
__ Na sua testa está a prova maninho. - Deu um tapinha no meu braço e ri.
__Esse dia foi louco! Passei a mão na cicatriz colocando o cabelo para trás.
__Posso saber o que tanto conversam? - Fernanda agarrou meu braço sorrindo.
__ Coisas do passado.
__Ah que ótimo! Meus país já chegaram. Você também vai a igreja Alex?
__Sim, mas vou cumprimenta-los antes. Fiquem a vontade. - Se retirou formalmente.
Entrei para dentro com a Fernanda e vi meus pais conversando com meus futuros sogros.
Outro problema que tinha que lidar, os pais da Fernanda não gostavam muito de mim, além de não serem cristãos, gostariam que eu fosse mais focado no trabalho, para não dizer que comandasse a empresa do meu pai ao invés de ser um simples faz tudo. Como posso dizer, não tenho um trabalho fixo, sou formado em varias coisas, tenho alguns diplomas e outros talentos que consegui adquirir com o tempo. Consigo muito bem tirar meu sustento e me adaptar em qualquer trabalho que me colocarem.
Só que para eles, isso não é suficiente.
__Relaxa Amor, quem tem que gostar de você sou eu. E sabe que te Amo. - Beija meu rosto entrelaçando nossas mãos.
__Boa noite, que bom que vieram. - Estendo a mão para seu pai que se levanta me cumprimentando.
__Boa noite Samuel. Vejo que não mudou nada da ultima vez que nos vimos. Ainda está se comportando como um garoto selvagem. - Olhou para minhas roupas e percebo que sem querer minha camisa branca sujou de carvão.
__Me diga filha? Já compraram a casa que vão morar? Ou vai ser na caverna, especificamente no meio do mato? - Sua mãe a olha debochada.
Lancei um olhar para meu pai, que olhou discretamente dando sinal para ignorar o comentário provocativo . Todavia, não consigo me calar.
__ Ainda não decidimos, mas se assim for, fica tranquila vou me precaver e mandar o nome da floresta para senhora, lá tem muitas cobras se sentirá em casa. - Ela fecha expressão.
__Claro. - Ignora minha provocação.
__Seu pai estava dizendo o quanto Alex é um homem focado nos negócios. Você deveria pensar em ser como ele, Samuel essa é minha sugestão.
__Desculpa Senhor, não me lembro de ter pedido sugestões. E também não costumo ouvi-las . - Ele piscou os olhos surpreso.
__Com licença. O clima parece um pouco pesado aqui. Vamos para igreja pai. Samuel vai recepcionar os senhores e logo estaremos de volta. - Alex dá um simpático sorriso e vem até mim.
__Pega leve. Lembre-se, cadê o Samuel carismático e gentil esqueceu ? Sussurra no meu ouvido.
__Sou carismático, não palhaço. Fica tranquilo está tudo sobe controle. - Dou tapinhas em seu peito lançando um leve sorriso. Em seguida voltei a minha expressão seria.
__Querida, ainda não vi sua aliança. Deixe-me ver. - Sua mãe pegou sua mão.
__Ah! sobre isso, ouve um contratempo. - Sorrio sem graça.
Enquanto Fernanda explicava o acontecimento por trás do sumiço do anel. Retornei para churrasqueira tentando me manter ocupado. Acendi o fogo, e comecei abanar com a tampa da panela para aumentar.
__ Achei que essa historia de liberdade, era coisa de jovem solteiro. Mas se realmente pensa em continuar com essa vida depois de casado, confesso que como pai estou preocupado.
Direcionei meu olhar de relance para sua expressão triunfante, percebendo meu humor azedar novamente.
__Pois esteja certo que sua filha está em boas mãos. - Rebati seriamente.
___ Não estou certo disso.
__ O que sua filha pensa disso? Ela acha que vou ser um bom marido? - retomei minha pose encarando o homem na minha frente.
__ O que ela acha não importa. O que importa é o que penso.
__ Não me lembro de pedir o Senhor em casamento. Ela é minha futura esposa, e só a decisão dela importa.
Ele ficou em silêncio alguns segundos, talvez pensando na forma certa de me responder.
__ Fernanda é uma mulher fina e elegante, não vai conseguir seguir a vida que pretende dar a ela. Não se importa de não dar a vida digna que a mulher que ama merece? Ou acha que Fernanda vai lavar pratos? Limpar a casa, e cuidar das crianças enquanto você brinca de tarzan?
__Ela é compreensiva, e garanto que vai ser acostumar com a vida de esposa. Sorri frio. __Mas se quer falar sobre isso, vamos falar sobre como aparentemente sua filha está sacrificando tudo para ficar comigo. - Aumento o tom de voz e puxo a cadeira me sentando de forma contraria com as pernas do lado e apoiando os braços no encosto.
__Fernanda é uma grande nutricionista, e vai continuar trabalhando com isso aonde estiver comigo, vamos viajar sim para vários lugares pobres, para fazer o papel que Deus me designou e ajudar os aflitos. Mas teremos nossa casa própria, onde passaremos a maior parte do tempo. Pode ser até na cidade se ela preferir. Vou trabalhar e dar todo o suporte que sua filha merece, ela não vai ter a vida de luxo que com certeza o senhor sonhou para ela. Mas garanto ela será muito feliz ao meu lado. Porque vai estar com o homem que ama e jamais vai troca-la por qualquer outra mulher. E isso deveria ser a única coisa que deveria importar ao Senhor. Mas não, ao invés disso está mais preocupado com fato dela não se casar com o diretor de uma empresa importante, para que assim o senhor venha se gabar. Vamos ser sinceros! aqui entre nós dois, a única coisa que te importa é o dinheiro não é mesmo? O que deseja? trabalho? empréstimo? não precisa ter vergonha de pedir. Não sou o dono da empresa, mas sou filho do dono, posso arrumar para o senhor. - Ele me olhou com as sobrancelhas levemente franzidas em seguida sorrio.
__ Você é mais esperto do que imaginava. Já que está me dando a opção de escolha, vou reconsiderar sua oferta. Quero trabalhar sim na empresa do seu pai. Pense como um agradecimento por aceitar esse casamento e deixar vocês em paz.
__Com certeza vou pensar. - Assenti com a mandíbula travada o vendo se retirar com ar de vitorioso.
Ele que vai pensando que consegue me manipular . Vou lhe dar um trabalho sim, mas será exatamente no cargo que ele merece. Servindo café para aprender ser mais humilde.
No dia seguinte, levantei cedo e vesti meu macacão azul, amarrei meu cabelo pegando minha caixa de ferramentas. Resolvi resgatar o anel para minha digníssima noiva, com certeza ira amar a surpresa.
Antes de sair, resolvo coar um café, como acordei cedo, não iria incomodar a empregada com algo que posso fazer sem problema algum.
___Espera? Vamos ter alguma festa a fantasia e não fui convidado? - Alex encostou no balcão me olhando.
__Sente- se moleque, vou te servir um café quentinho. Você disse que o anel da Fernanda está em um restaurante perto daqui? Resolvi resgata-lo, me passa o endereço. - Tiro o celular do bolso deslizando no balcão.
__Tudo isso é tedio de viver na cidade? Se quiser pode vir comigo trabalhar na empresa. O olho de forma repreensiva. __ Estou brincando .. Pausou _ Ou talvez não.
Tomamos café juntos como nos velhos tempos, Alex foi se arrumar para ir na empresa, peguei a chave da caminhonete e os óculos escuros. Desci para garagem ao mesmo tempo que meu irmão. Coloquei a caixa de ferramentas e dei a volta entrando , pús o cinto, porém quando fui dar partida ela não ligou.
__Algum problema? Perguntou me observando.
__Comigo não, com a caminhonete talvez.
__Vamos, te dou uma carona. - Gesticula com a mão.
__Andar nesse seu carro de luxo, que corre não sei quantos por horas? Estou honrado, mas prefiro o velho e bom ônibus é bem mais seguro, sem contar que estou afim de ter contato com a população daqui novamente. - Desci da caminhonete e bato no capô.
__Já disse que você é estranho?
__Varias vezes. Também sou o mais bonito e inteligente. - Emendo sorrindo.
__E o mais convencido. Bom se não quer andar nessa belezura aqui. Quem está perdendo é você, agora já vou, não posso chegar atrasado na empresa.
O que não esperava era reencontrar Marina de uma forma bem peculiar, Como Alex mesmo tinha dito, não a reconheci no primeiro momento, não posso acreditar que essa mulher na minha frente é a mesma pirralha de anos atrás. Porém, bastou algumas horas ao seu lado e tive certeza que sim, era a Marina, porque não existia mulher no mundo capaz de ser tão desastrada quanto. Incrível que ela não mudou nada com o passar dos anos.
Não revelei quem era no primeiro momento, pelo simples fato que Marina não tem boas lembranças de mim. Não quero intimidar a garota, então usei meu apelido e pareceu funcionar bem.
Depois de uma pequena discussão com a Fernanda sobre o Anel retornei para casa. Sabia que era arriscado deixar aquela joia na mão da Marina, mas de qualquer forma ninguém melhor que ela para entregar a Fernanda. Afinal, foi ela quem foi a responsável pelo incidente.
A noite chegou rapidamente, e levei Faísca para passear, para quem não sabe, Faísca é meu fiel escudeiro um cachorro de porte grande. Ele não é acostumado com o barulho da cidade e não gosta de ficar preso em casa, isso o deixa agitado facilmente, então todas as noites saiu com ele para praia aqui perto, para tranquiliza-lo.
Fico sentado na areia apreciando a brisa fresca e o barulho das aguas movimentadas. Quando escuto Faísca latir olhando para meu lado esquerdo, giro o pescoço lentamente e a vejo. Marina está com um vestido branco comprido e os pés descalços. Ela tem algo nas mãos que ao me ver parece o celular, olha para os lados e desvio o olhar para o lado o oposto, para dessa maneira não me reconhecer.
Depois de alguns segundos certificando se estava a observando. Ela pegou o celular colocando em uma musica. Começou a dançar no meio da praia com os olhos fechados segurando o vestido, parecia que estava apreciando a canção lenta , enquanto rodava no ritmo da canção sorrindo como uma mariposa em seu habitat natural, um sorriso se formou em meus lábios. Fiquei hipnotizado olhando sua graciosidade. Minutos depois ela foi para beira do mar molhando os pés, quando a onda vinha se afastava rindo. Poderia ficar horas vendo sua ingenuidade e pureza, sempre soube que Marina tinha algo diferente das outras meninas. Mas nunca imaginei que ela continuaria assim, mesmo depois de adulta.
O tempo de paz interior a vendo dançar lindamente foi tomado pelo pavor ao ver um homem a observando um pouco distante , ele estava vestido todo de preto e tinha uma toca na cabeça, Marina estava tão concentrada em seu mundo que se quer percebeu que alguém além de mim a assistia. Ele deu um passo na sua direção e me levantei imediatamente com o Faísca.
Incrível como nenhuma mulher consegue ter um minuto de paz nesse mundo! Como notei que ele não iria desistir facilmente, e estava disposto a ir atrás dela, me movimentei rapidamente e apressei-me com Faísca na sua direção.
Ele estava muito perto, porém quando viu o celular acender na areia mudou de ideía e correu para pega-lo, no exato momento que abaixou para se apoderar do aparelho o agarrando firme, cheguei de forma imperceptível colocando a mão no seu ombro pela suas costas.
__ O que pensa que está fazendo, se apoderando de algo que não é seu? - Percebi seu corpo ficar tenso e soltou o celular subtamente, depois de me medir de cima em baixo, me olhou assustado. Faísca começou a Latir imediatamente.
__ Desculpa Senhor, acho que está havendo um mal entendido. - Riu nervoso dando passos para trás. Enquanto mantinha minha mão firme em seu ombro.
__Senhor Sam? O que está fazendo aqui? - Marina perguntou sem ter noção do perigo que estava passando.
__Mal entendido? Está me dizendo que é algum conhecido dessa mulher?
Eu a olhei seriamente...
__Marina, conhece esse homem? Ela nega com a cabeça, então vejo seus olhos esbugalharem e colocar a mão na boca apavorada.
__Ela disse que não te conhece. Me diga você? O que devo fazer com que acabei de presenciar? Não estava tentando rouba-la ou pensando em fazer algo quem nem quero imaginar para evitar de fazer uma besteira. De qualquer forma, não vai ser a mim que vai ter que se explicar, Marina pega seu celular e liga para a polícia. Vamos descobrir quantos crimes como esse já cometeu, quem sabe assim não se arrependa, e pense duas vezes antes de agir dessa forma.
__Jamais vou ir para cadeia seu maldito! Tenta acertar um soco no meu rosto. Mas sou mais rápido, desvio do seu golpe a tempo de ser atingido. Com um único movimento, dou uma rasteira nele e o derrubo sentado no chão. Coloco seus braços para trás e apoio meu joelho na suas costas.
__Anda Marina! Percebo que ela está tremendo. - Liga para a polícia trêmula enquanto mantenho o cara imóvel.
Não demora muito a polícia chega, e finalmente o libero. Converso com os policiais sobre o que testemunhei.
__ Amanhã o Senhor terá que ir a delegacia testemunhar o que viu. Ele é conhecido por essas bandas é procurado por furtos e por tentativas de estrupo. - Marina começou a chorar assustada e a olhei preocupado.
__A senhorita está bem? Ela assentiu segurando o choro contido.
__ Ela só está nervosa com o estresse da situação. Fui até ela e envolvo nos meus braços a tranquilizando. - Me abraçou apertado e percebo que está tremendo.
__Compreendi. É mesmo muita sorte o Senhor estar por perto. Aconselho a senhorita não ficar a noite por essas bandas sozinha novamente.
__Ela não vai ficar. - Respondi firme.
__Ótimo. Se me der licença Samuel. - Dá um fraco sorriso na direção da Marina.
__Se não fosse você.. eu.. não quero nem pensar. - Afundou o rosto em meu peito agarrando minha jaqueta.
__Shii! não pensa nisso agora. Foi Deus que me trouxe aqui. Ele que te livrou dessa tragédia. Passei minha mão na suas costas a confortando, ergueu seu rosto lentamente me fitando um pouco vermelha.
__Senhor Sam, posso te fazer uma pergunta? - Comenta com uma expressão envergonhada.
__Diga Marina.
__Você também é cristão?
__Sou. - Tento conter um sorriso.
__Sua noiva é uma mulher de sorte. - Se afasta imediatamente respirando fundo.
Sorri, negando com a cabeça.
__ Eu que sou um homem de sorte por ter ela na minha vida. - Cruzo os braços sincero.
__Deu para perceber que a ama muito . Deve ser maravilhoso amar alguém assim, e ser amado da mesma forma, espero um dia ter essa sensação.
Marina permaneceu me olhando em silencio alguns segundos, antes de deixar um sorriso fraco tomar espaço em seu rosto.
Desviou o olhar limpando uma lagrima solitaría que escorreu em seu rosto.
__ Um dia você saberá. Confie em Deus Marina, os propositos deles são melhores que os nossos, vai por mim.
__Obrigada por tudo Senhor Sam. - Resmungou chorosa. Caminhou se afastando e indo colocar os chinelos que estavam na areia, os chaqualhou para tirar o excesso e colocou novamente no chão calçando.
Porém antes dela sair, a alcancei e segurei seu braço.
__Espera! Vou te acompanhar até sua casa, não vou dormir em paz se não souber que chegou em segurança. - Piscou os olhos surpresa, em seguida olhou para seu braço onde estava segurando.