Capítulo 4
Gustavo Assis
Filho de uma psicóloga e um engenheiro, desde cedo sempre quis ser médico e esse se tornou meu objetivo de vida. Passei 6 longos anos na faculdade e metade do curso eu vivia pra farra, isso depois da minha primeira desilusão amorosa. Me formei e fui direto para residência em pediatria, era como minha vocação, nenhuma área me despertou tanto interesse quanto essa.
E durante os 3 anos de residência conheci uma menina que acreditei ser o amor da minha vida, ficamos noivos e eu me sentia realizado até descobrir todas as suas traições uma semana antes do casamento e aí resolvi me fechar para o mundo. Tudo o que me importava era trabalhar e assim fiz, eu queria ser bem sucedido na minha carreira e durante três anos vivi para trabalhar, até o furação Melissa passar pela minha porta com o filho nos braços e me dá um esporro daqueles sobre receitar um medicamento sem olhar para a criança e isso me fez repensar sobre minhas ações e ela nem sabe o quão sou grato por isso, na mesma noite quase levei um paciente a óbito por não ter me atentado aos sinais e as queixas do mesmo.
Eu esperava ansioso para vê-la todas as segundas feiras nem que fosse por míseros minutos entre um paciente e outro ou quando ela ia xingar minha letra por não entender o que estava receitado. Depois dela ter me deixado de cara no café eu queria desistir mais a mulher parecia uma caixinha de surpresa e eu resolvi insistir mais um pouco, no sábado Giovana me liga abalada com Pedro tendo um caso de alergia e lá vamos nós correr para o hospital. Mas ao chegar lá e ver a intimidade entre Melissa e Rafael o clínico geral e meu amigo nem preciso dizer a raiva que senti, acabei terminando a noite sem nem a olhar nos olhos mais, porém o destino parecia gostar de mim pois no dia seguinte vi nas redes sociais uma foto de Rafael com uma mulher e uma declaração enorme em baixo me levando a pensar que agi como um idiota com Mel então usei todo o meu carisma para melhorar as coisas na segunda.
Depois de me ajudar com o Henrique e jogar a indireta mais direta da minha vida pra ela vir trabalhar comigo na pediatria decidi que estava na hora de agir e que faria o possível para ter aquela mulher na minha cama.
- Ei - falei assim que a vi saindo do vestiário
- Oi - disse me cumprimentando - meu plantão acabou, procura outra pra te ajudar.
- Na verdade eu estava te esperando - falei e a vi franzir o cenho - vem vou te levar pra casa.
- Qual interesse nisso tudo? - Questionou curiosa enquanto me seguia até o elevador
- Nenhum - menti e a vi sorrir e balançar a cabeça em negativo - O que foi?
- Nada Dr. Gustavo - Logo o elevador parou e descemos, ela entrou no carro e dei partida com ela colocando seu endereço no GPS - Bom cheguei em segurança, obrigada! - disse abrindo a porta e saindo.
-Nenhum beijo de agradecimento - Brinquei e a vi sorrir e meu pai, que sorriso era aquele - Tudo bem, na próxima vez!
Desde que voltei resolvi morar com minha avó, ela já era idosa e bem teimosa dona Tereza sempre inventava algo novo para deixar sua cuidadora de cabelos em pé. Éramos nós dois durante a semana e aos fins de semana Giovana e meus pais apareciam para uma visita rápida.
- No que está pensando - diz minha vó invadindo meu quarto
- Em nada - menti - O que aprontou enquanto estive fora? - Perguntei curioso.
- Eu sei quando você mente - disse me encarando - Quero conhece-lá depois - disse curiosa - Mas indo ao assunto, Maria e eu vamos sair um pouco, estamos cansadas de ficar dentro de casa - avisou saindo sem me dar tempo de questionar.
E sozinho novamente dormi o resto da manhã e quando acordei já passava das 14 hrs e nada das duas aventureiras, liguei e segundo dona Tereza havia encontrado uma velha amiga e estavam colocando o papo.
- Oi - disse Mel assim que atendeu no segundo toque - Aconteceu algo?
- Não - respondi tentando ver o que ela estava fazendo - O que está fazendo?
- Vamos comemorar o aniversário de Gabriel - Disse sorrindo
- De novo? - Questionei sem entender e ela assentiu
- Dessa vez com a minha família e alguns amigos próximos - respondeu enfiando um lápis no olho - Só um bolinho nada muito elaborado.
- Tem certeza? - Questionei a vendo se perfumar e ela murmurou um “uhum” .
- Então como estou? - Pergunta se posicionando na frente da câmera, ela estava com um vestido preto justo, cabelos lisos com cachos nas pontas e uma maquiagem que chamava atenção para sua boca com o batom vermelho em destaque.
- Bonita como sempre - respondi e a vi agradecer e se olhar no espelho e sorrir em aprovação - Não faço parte dos amigos próximos? - Questionei e ela sorriu.
- Tchau Dr. Gustavo, bom final de semana - Desligou sem me dar tempo de questionar alguma coisa.
Daria qualquer coisa para saber se havia alguém por trás de toda aquela produção e para não ficar criando merda na minha cabeça, decidi que iria pra um barzinho na orla. Tinha um movimento surpreendente por lá todo final de semana, geralmente muitos turistas se reuniam por ali e era ótimo para conhecer pessoas novas.
Liguei para Rodrigo que não perdia nada e Leoni resolveu nos acompanhar dessa vez, sentamos em uma das mesas bem localizadas do recinto e entre um copo e outro procurava a pessoa certa para sair dali e me proporcionar uma bela noite.
- Sabe a Melissa - começou Rodrigo me fazendo olhá-lo - aquela que trabalha no hospital.
- Sei, o que tem? - Questionei desconfiado
- Ela é bem gostosa sem aquele pijama de hospital - disse e bebeu mais um gole.
- Como você… - Nem terminei e ele apontou a cabeça para a entrada e lá vinha ela sorrindo com uma turma de pelo menos 10 pessoas.
- Não sabia que ela namorava - comenta Rodrigo.
- Cara de sorte - respondeu Leoni - a mulher é uma perfeição.
Minha noite já havia acabado depois de a ver entrando, eles sentaram em uma mesa no fundo e de onde estava sentado pude ver tudo o que acontecia lá. Ela estava sentada entre dois caras e sorria como se fosse a coisa mais normal do mundo, o que entrou segurando sua mão estava atracado com uma loira e os outros dois agiam como se estivessem em um trisal. Em um determinado momento a vi levantar e ir em direção ao banheiro e essa foi minha deixa para saber o que estava acontecendo.
- Então a comemoração de Gabriel acabou cedo - Questionei a pegando de surpresa.
- Você aqui - sorriu - infelizmente - respondeu indo em direção a saída me fazendo a segurando pela cintura.
- Quem são aqueles? - Questionei e a vi confusa.
- Minha turma da faculdade Gustavo - Disse tentando se soltar - Porque?
- Aqueles dois ao seu lado? - Questionei novamente.
- Meus amigos - respondeu me olhando
- E eu sou o que? - perguntei olhando para sua boca que ainda continuava com o mesmo batom.
- Meu colega de trabalho - levantou o olhar e me olhou profundamente, nossas respirações se aproximaram cada vez mais até que a distância entre nós por fim acabou em um beijo feroz e cheio de desejo, peguei-a no colo e a sentei na pia e ela envolveu suas pernas na minha cintura a fim de me puxar para mais perto. Meu amiguinho começou a dar sinal de vida e eu a queria ali naquele momento, mas eu também a queria na minha cama para aproveitar cada centímetro do seu corpo.
- Vamos pra casa? - Convidei e ela me olhou confusa mas mesmo assim me estendeu a mão para ajudá-la a descer.
- Eu vou pegar meu celular e me despedir - disse saindo
- Te espero no estacionamento - falei antes dela se afastar por completo.
No meio do caminho ela me disse que preferia no apartamento dela e sinceramente o tanto que eu queria aquela mulher sentando em mim, não me importava se seria na casa dela ou na minha, subimos nos agarrando no elevador e só paramos por que uma vizinha entrou. Já sem aguentar mais manter distância dela, finalmente entramos e saímos nos despindo pelo caminho até sua cama.
Joguei Melissa na cama e comecei a distribuir beijos pelo seu corpo, parando nos seus seios e os sugando um de cada vez enquanto meus dedos trabalhavam em sua intimidade fazendo soltar gemidos baixinhos e se contorcer nas minhas mãos.
- Preciso de você - sussurrou entre gemidos - Por favor - implorou.
- Calma baby - sorri maliciosamente colocando meus lábios em sua intimidade e a sugando - Gostosa, como imaginei - Torturei Melissa um pouco mais até ela anunciar que iria gozar e se contorcer inteira liberando todo aquele mel em minha boca.
- Sua vez de ser torturado - sorriu, travessa e se colocou entre minhas pernas puxando cuidadosamente minha box a vi se surpreender quando meu amiguinho saltou e depois se agachou e começou a devorá-lo, Melissa tinha uma boca e que boca aquela ela sugava e massageava minhas bolas ao mesmo tempo enquanto eu gemia sem o mínimo controle, anunciei que iria gozar e a danada não me largou por nada e assim como eu fez questão de beber tudinho sem deixar uma gota escapar - Maravilhoso! - exclamou soltando uma piscadela pra mim.
Ela me empurrou na cama e começou a me beijar de forma selvagem e com desejo, roçava lentamente sob meu amiguinho me fazendo soltar vários suspiros até ver que ele estava pronto pra ela.
- Onde… - começou e eu já sabia pelo que ela procurava.
- No bolso esquerdo da calça - rasgou a pequena embalagem a jogando sei lá onde e colocou a camisinha delicadamente e sentou devagar, era uma sensação indescritível, ficou parada por alguns segundos para se acostumar com o tamanho e começou a rebolar devagar me fazendo sentir cada pedacinho seu, gemiamos como loucos ela me deu suas mãos para se apoiar melhor e começou a intensificar a cavalgada e eu queria mais e com ela assim logo gozaria, invertemos a posição e Melissa colocou suas pernas em minha cintura me puxando para dentro dela ainda mais me fazendo intensificar as estocadas.
- Gustavo eu vou… - Começou e foi silenciada pelos próprios gemidos.
- Eu também baby - sussurrei - Vamos juntos - falei e assim explodimos juntos em um delicioso orgasmo.
Retirei a camisinha e me deitei ao seu lado a colocando em meu peito, logo a vi adormecer e adormeci junto.