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♥CAPÍTULO DOIS♥ Se eu tivesse saído cedo da faculdade, eu nunca estaria nesse lugar.

Alex.

08:20 ― Centro de Detenção Provisória II Guarulhos ― São Paulo ― Brasil.

Eu estava tão confortável na cama, quando do nada eu sentir alguém me balançando.

― Está na hora de acordar, amor. Não vai querer ser estuprado, vai?

Somente de ouvir isso, as lembranças de ontem veio na minha mente tão rápido, isso me fez se sentar na cama rapidamente, isso o fez rir da minha cara assustada.

― As celas vão se abrir daqui a cinco minutos, então pensei que seria melhor acordá-lo.

― Obrigado. ― Ele sorriu.

― Não tem de quer, amor. Agora levante, nós iremos tomar um banho agora.

― T-Todo mundo? ― Ele negou com a cabeça.

― Não, somente nós afeminados, você tem um jeito de gay. ― Falou me fazendo negar com a cabeça.

― Eu sou hétero. ― Ele gargalhou.

― I-Isso foi muito engraçado, querido. Ninguém dessa cadeia é hétero, acho muito bom você lembrar disso. Se não quiser morrer aqui, como outros jovens que tiveram um fim trágico, é melhor obedecer.

― O diretor dessa cadeia não faz nada não? ― Ele riu.

― Ah, queridinho. O diretor não manda aqui e sim o diabo. ― Olhei para ele sem entender.

― Quem? ― Ele deu de ombro.

― Enfim, eu era como você antes, todo assustado e medroso, mas o Baby me ajudou a ser quem eu sou agora. ― Franzo a testa muito confuso.

― Baby? Quem é Baby? ― Perguntei sem entender.

― O amante do diabo. Ele me ajudou muito a me enturmar e o diabo tirou a minha virgindade de um jeito calmo, o Baby pediu a ele para fazer isso, já que os outros presos não irião ser tão carinhoso assim na hora do sexo, foi muito bom, ele fode com tanta vontade.

Ele soltou um suspiro.

― Pena que não podemos transar novamente, o Baby é muito ciumento;

Essas informações estão me deixando com vontade de chorar.

― Q-Quer dizer que eu vou ter que perder a minha virgindade com esse homem? ― Ele riu.

― Não, queridinho. O Baby não vai permitir isso novamente, ele é muito ciumento com o seu Daddy.

Faço uma careta de nojo.

― Agora fique de frente para a cela. ― Falou ficando de frente para a cela e colocou as mãos na cabeça.

Soltei um suspiro e fiquei ao seu lado colocando as mãos na cabeça também.

― Depois do banho iremos para o refeitório comer, vou ser sincero com você, com certeza vai ter muitos homens em cima de você.

― Isso não me ajudou a ficar calmo.

― Não falei para você ficar calmo, estou te avisando para ficar atento, aqui não é um lugar bom, isso você sabe. Aqui dentro não tem regras ou leis, irei te explicar tudo mais tarde.

Tomei um susto quando a cela abriu-se sozinha e ele saiu, segui ele ainda com as mãos na cabeça, percebi que algumas celas tinham sido abertas e outras não, vejo alguns policiais armados se aproximando.

― Andem!! ― Gritou e a bonequinha andou sem dizer nenhuma palavra, andei também sem dizer nada.

Soltei um suspiro de nervoso ao ser observado por aquele negrão de ontem.

― Ei anjinho!! ― Gritou me assustando. ― Você vai ser meu!! ― Falou e logo riu em seguida.

Puta merda!

― Ignore ele. ― A bonequinha sussurrou só para eu ouvir. ― Ele gosta de assustar os novatos.

Segui ele e os outros prisioneiros até um grande banheiro.

― Sejam rápidos!! ― O policial gritou.

Tinha um policial na porta do banheiro entregando toalhas e sabonetes para todos, ele me entregou e entrei no banheiro.

O banheiro é bastante grande, as cores da parede é cinza e tem no total de vinte chuveiros, tem algumas cabides, no máximo são cinco.

― Vem. ― A bonequinha me puxou para um chuveiro vazio. ― Temos que ser rápidos, eles não gostam muito de esperar.

Acenei com a cabeça e retirei esse macacão laranja e colocamos em cima da pia, percebi que todo mundo estava tomando banho bem rápido.

― Não pense, só seja rápido, é capaz deles abrirem a cela dos outros presos e isso aqui se tornar uma grande festa de sexo.

Comecei rapidamente a tomar banho, lavei o meu corpo tão rápido que só escutei a risada dele. ― Lavei os meus cabelos, lavei as minhas axilas, meu pau e o meu cu, soltei um suspiro com isso.

― Terminou? ― Perguntou desligando o seu chuveiro.

― Sim.

― Bom, vamos!

Começamos a se enxugar e logo depois vestimos novamente o macacão laranja.

― Entregamos as toalhas e os sabonetes novamente para eles. ― Falou no meu ouvido.

Entregamos as toalhas e os sabonetes para o policial que estava nos entregando, colocamos novamente as mãos na cabeça e voltamos para a cela. ― Paramos em frente a nossa cela.

― Podemos ir para o refeitório. ― O policial mau humorado falou ríspido.

― Certo, senhor mau humorado. ― Bonequinha falou para ele.

― Fica quieto, bonequinha. ― Ele riu.

― Sim, senhor.

― Agora vaza.

Bonequinha pegou o meu pulso e foi me puxando para longe dele.

― Irei te explicar as coisas depois da nossa refeição, também vou te apresentar as outras bichas da cadeia. ― Falou e descemos os degraus de ferro que é de frente para o refeitório.

― Porque? ― Perguntei sem entender.

― Porque o que? ― Questionou sem entender.

― Porque está sendo tão legal comigo? ― Ele parou de andar e virou-se para mim.

― Lindinho, nem todo mundo na prisão é ruim, quer dizer, eu não sou. ― Ele riu de si mesmo. ― Eu já passei um grande inferno nessa cadeia e isso eu não desejo isso para ninguém. Eu já estou sem esperança de sair daqui, eu não vou ser mau com você, até porque, eu fui com a sua cara. Sinto que iremos ser grandes amigos aqui.

Piscou para mim

. ― Agora vamos comer, eu estou muito faminto, antes de você chegar, eu transei na sua cama. ― Riu da minha cara de choque.

― Que porra!

Ele gargalhou.

Que merda! Eu sinto que a minha vida só vai piorar nesse lugar, porque isso só acontece comigo?

Soltei um suspiro e segui ele até a fila do refeitório.

Se eu tivesse saído cedo da faculdade, eu nunca estaria nesse lugar.

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