CAPÍTULO 6
ZAFIRA — NARRANDO
Josefina..
Vê-la tão debilitada em cima desta cama hospitalar, abate meu coração, a culpa preenche meu interior.
Seguro sua mão pedindo perdão por tê-la envolvido no que desrespeitava somente a mim. Lorenzo é um monstro, quase me ajoelhei implorando para vir vê-la uma última vez, não me aproximaria dela mesmo que Lorenzo permitisse.
Converso com o médico que me assegura que ela está fora de qualquer risco. O alívio me trás um pouco de paz pela vida dela.
— Terminou seu tempo, Zafira.
Lorenzo fez questão de me acompanhar, ele passa seus braços pela minha cintura, encara o médico intimidando o mesmo que fica nervoso, e logo sai sem conseguir dizer mais nada.
— Concedi que somente visse Josefina, não para também conversar com o médico — reclama puxando-me para fora do hospital.
— Apenas queria saber mais sobre ela.
— Josefina não é problema seu!
Abaixo a cabeça sem respondê-lo mais. Lorenzo abriu a porta do carro e entrei, mas subitamente sair dele aproveitando quando Lorenzo dava a volta para se sentar.
— Porra, Zafira! — bradou odioso pela minha atitude.
— Espere, por favor — peço antes que me pegue e leve novamente para o carro. — Eu preciso respirar longe de você.
Descanso repousando minhas mãos nos joelhos, sentindo pontadas agudas ao pé da barriga. Ontem não foi um dia fácil, pela noite servir de todo jeito que Lorenzo queria, cheguei ao ponto de vomitar quando fui tomar banho.
Lorenzo não me espancou, porém suas palavras me humilharam.
— Terminou porrra?
Fui puxada violentamente de volta para o carro, limpei as lágrimas que desciam pelo meu rosto.
— Desculpa — pedi, encarando minhas mãos.
Lorenzo me encarou enquanto dirigia, Lael estava na casa de Tânia.
— Hoje estou de bom humor, Zafira, graças a minha linda esposa tive a melhor noite. Espero por mais assim, para não ter que espanca-la por suas infantilidades.
Apertou minha perna, mantendo sua mão na minha coxa.
— Há uma doçaria próxima a praça, estou pensando em levar você e Lael, uma tarde em família — diz, meu coração palpitou dentro do peito, Lorenzo não sabia quem era a dona. — Zafira?
Bateu em minha coxa chamando minha atenção.
— Quero ficar em casa — digo.
Lorenzo nada disse, olhava para ele pelo canto do olho, sempre temerosa.
— Você me deu uma excelente ideia — diz, assustada olhei diretamente para ele. — Lael passará o dia com Tânia, e nós dois ficaremos juntinhos sozinhos, aproveitando um ao outro.
Cravei minhas unhas em minha pele, segurando o grito de terror que era ficar a sós com Lorenzo. Sua aparência não causava repulsa, pelo contrário era formoso por demais, nenhum homem a qual vir se comprava a ele. O problema era seu jeito tão cruel.
— Gostou da ideia, Zafira? — perguntou.
— Sim, Lorenzo — respondi seca.
Alguns minutos depois …
Pouco instantes depois de colocar o pé dentro da casa, Lorenzo já foi se livrando das minhas roupas, despindo-me para seu olhar que faiscavam de desejo.
— De joelhos — ordenou.
Ciente do que aconteceria, amarrei meu cabelo, respirando fundo. Lorenzo desabotoou sua calça tirando seu membro para fora da cueca, ereto e duro, ele de pé, se aproximou salivando.
Segurando com minhas mãos macias, segundos depois o coloquei em minha boca, chupando devagar para não perder o controle, e manter minha respiração regular.
Seu pau preenchia minha boca, incomodava muito tê-lo. Lorenzo estava tão duro e excitado que segurou meu cabelo, puxando minha cabeça para frente o engolindo mais, fazendo movimentos, passando do meu limite. Lagrimei sufocada.
Quando Lorenzo se sentiu satisfeito, livrou minha boca do seu pau, sentei no chão afastando-me dele, tossindo.
— Não gozei — diz, ontem não agiu como hoje forçando a aceitá-lo até minha garganta.
Ainda inconsolável por quase morrer engasgada. Lorenzo se despiu completamente, ele me pegou pelos braços, beijou meus lábios, levando-me para nosso quarto.
Lorenzo me colocou na posição de quatro na cama, minhas pernas tremiam.
— Está muito tensa, precisa relaxar — diz.
— Não consigo — sussurro trêmula.
Irritado, Lorenzo atingiu minhas coxas com tapas, subindo até minha bunda, esses toleráveis.
Quase desfaleci quando Lorenzo passou sua língua em minha vagina, interiormente surpresa, tensa e confusa. Ele me chupou ali até que meu corpo sem meu consentimento aliviasse, enfraquecida pelo o pequeno momento, meus joelhos fraquejavam permitindo-me deitar.
Lorenzo me puxou, virou-me para ele e abriu minhas pernas logo entrando em minha vagina, movimentando seus quadris, enfiando-se mais fundo, segurando meus braços para não o impedir de continuar.
— Devagar — tive que dizer, sentia que estava machucada por dentro e ter novamente relações com ele piorava as dores.
— É do jeito que quero, Zafira!
Aumentou seu ritmo, apertando meu rosto.
— Não quero ter que olhá-la enquanto a fodo, irei gozar mais rápido e não quero — rosnou, retirando-se de dentro de mim, colando novamente de quarto. — Empina direito!
Deitei meu rosto na colcha, fechei os olhos.
— AHhhh — não conseguir conter o grito desesperado, Lorenzo introduziu seus dedos em meu ânus, inclinou sentir melado. E depois forçou seu pênis.
— Apertada! — urrou.
Agarrei a colcha, mordi o pano engolindo gritos, senti dor e queimação dentro daquele canal que não deveria ser penetrado.
— Não reprima seus gritos, Zafira, adoro sua voz — agarrou minha nuca, fazendo assim meu corpo levantar até ao encontro dele.
Bombando com mais força dentro de mim, tentei empurrá-lo com minhas mãos em seu abdômen, mas estando de costas para ele, não tinha chances de me livrar.
Soltando-me desabei na cama puxando o travesseiro e enterrei meu rosto, guardando minha dor e desespero.
Alguns minutos depois…
Mordo meus lábios enquanto a água quente caía sobre meu corpo, Lorenzo acabou de sair, finalmente dando-me um pouco de paz.
Minha vagina arde assim como meu ânus, preciso de uma consulta médica, por mais que deseje desesperadamente acabar com a minha vida, tenho Lael que precisa de mim, tenho que me cuidar.
— Sente aqui, Zafira!
Lorenzo diz ao me ver saindo do banheiro, não estou andando normal por mais que tente a dor é incomoda demais.
Sentei em seu colo.
— Está doendo muito? — ele pergunta.
— Não, não está — digo, mentindo. — Eu aguento, Lorenzo.
Seus olhos azuis encaravam os meus profundamente, Lorenzo sorriu enigmático.
— Se importa mais com a vida dos outros que com a sua, Zafira — diz observador. — Não sei se a considero estúpida, ou se a admiro.
— Você é meu marido, somente eu tenho que aguentar sua crueldade — digo.
— Você apronta, e eu que sou cruel? — diz rindo sem humor. — Zafira, se não fosse mãe do meu filho, já estaria morta.
Não fico surpreso em ouví-lo dizer isso.
— Porque voltou para Aguazul? — pergunto, ajeitando-me em cima de suas pernas compridas. — As coisas não estavam bem onde estava?
— Estavam excelentes, Zafira — diz, terminando sua bebida, colando o copo em cima da mesinha próxima a nós. — Mas tive que voltar por ter responsabilidades aqui.
— Quais, Lorenzo?
— Você, e inesperadamente meu filho.
— Estávamos bem sem você — digo, Lorenzo encarou-me. — Você pode voltar para seu lugar…
Sugerir esperançosa, mesmo correndo risco.
— Deixá-la para outro homem fode-la?
— Não, claro que não, Lorenzo.
— Por qual motivo voltaria para lá? Sem você e meu filho?
Lorenzo começava a se alterar.
— Você só veio por ter responsabilidades, estar nesta cidade onde não combina com sua fortuna — digo tentando ser convincente. — Me dê o divórcio, e não terá mais qualquer obrigação aqui em Aguazul.
Lorenzo passou uns segundos me encarando indecifrável, de repente me tirou do seu colo e me empurrou em cima da cama. Gemi pelo desconforto que senti no meu corpo.
Com medo do seu repente, me encostei na cabeceira, abraçando minhas pernas, apenas olhando-o.
— Fizemos um juramento — se aproximou do meu corpo, agarrando pelo meu pescoço, me tirou da cama. — Até que a morte nos separe, é só isso que pode fazê-la se livrar de mim, Zafira.
Apertou suas mãos em meu pescoço.
— É um prazer estar em Aguazul com minha esposa perfeita e meu filho, aqui é nosso lugar onde tudo começou — diz. — Entendeu, Zafira?
— S-i-m — digo com dificuldade.
— Espero mesmo que tenha.
Beijou minha boca, e lentamente soltou meu pescoço.
Algum tempo depois …
Vesti uma roupa confortável, por mais que meu corpo desejasse a cama para descansar, estava querendo meu filho, Lorenzo se trancou no escritório.
Liguei para Tônia para saber de Lael, o mesmo estava dormindo, e informou que Lorenzo a avisou que não era para trazê-lo se por acaso eu pedisse.
O som da campainha chamou minha atenção, a empregada pela qual não sabia que tinha foi atender.
— Senhora — olhei para a empregada. — Tem uma mulher lá fora procurando pelo o sr Almonte.
— Não precisa chamá-lo — digo para que não incomode ele, está bom demais não tê-lo perto de mim.
A empregada se retirou, receosa caminhei até a porta, tento meus olhos a visão de uma mulher, ela usava uma calça colada que destacava perfeitamente o tamanho da sua vagina. A individua estava concentrada em seu celular.
— Oi — digo hostil.
A mulher prestou atenção em mim.
— Ah, oi, você só pode ser a Zafira! — diz alegre aparentemente em me ver.
— Sim, sou eu — afirmo desconfiada.
— Meu nome é Sophia.
Se apresentou espontânea, observei que havia duas malas do seu lado.
— O que você quer, Sophia? — perguntei.
— Lorenzo não lhe contou? — neguei, ele me fala nada que não seja referente a mim mesma. — Vim morar com vocês!
Passou por mim sem que eu permitisse. Fechei a porta, ouvindo-a o chamado de um jeito íntimo. Em minha garganta deu um nó, Lorenzo seria tão perverso ao ponto de trazer a própria amante para dentro de casa?