Querendo fogo
WhatsApp on
“Oi gostoso! Tou com saudades, vamos se ver hoje?”
WhatsApp off
Não respondi, guardei o meu celular no bolso, peguei as minhas chaves em cima da mesa e fui para minha casa.
Ao chegar na minha casa, subi para o meu quarto, fui tomar um banho. Ao sair me assustei com a Estela sentada na minha cama, ela estava olhando um retrato do dia do nosso casamento. Ela e eu, dormíamos em quartos separados por isso eu me assustei ao vê-la no meu quarto.
— Você vai sair? — perguntou toda boba olhando para o meu corpo semi nu, enrolado na toalha.
— Sim. — respondi sério indo até o guarda roupas.
Abri a gaveta e peguei uma cueca box, me desenrolei da toalha e vesti. Pelo espelho do guarda roupas vi a Estela me olhando com desejo, ela se aproximou de mim, me abraçou por trás. Senti um choque. Que porra é essa? Estela, sempre tentou tirar uma casquinha de mim, mas nunca conseguiu nada. Já fazia alguns dias que ela não tentava, deve ta querendo fogo, mas aqui, essa maldita não arruma nada.
— Estela, sai do meu quarto!— falei tirando as mãos dela da minha cintura.
— Por que você me trata assim Joni? O que eu lhe fiz? — fiquei calado enquanto vestia a minha calça jeans.
— Você sabe muito bem, o porque.
— Joni, não fui eu que lhe obriguei a se casar comigo. — falou já com lágrimas nos olhos, me irritando ainda mais.
— Sai do meu quarto caramba!
— Por que não faz uma força para nos darmos bem, Joni?
— Não me interessa me dar bem com você, Estela! Para de se iludir caramba! Não fica tentando alimentar essa farsa de casamento. — eu disse enquanto vestia a minha camisa.
Em seguida saí do quarto.
Já dentro do meu carro, eu peguei o meu celular e mandei uma mensagem para a Natália, falando que estava indo até a casa dela, Natália visualizou na mesma hora, devia estar ansiosa esperando a minha resposta. Ao chegar na casa dela, dei duas buzinadas, ela saiu toda sorridente, entrou no meu carro e me deu um selinho segurando o meu mastro. Seguimos para a boate.
Mariana
Trabalhei o dia todo sem parar, mesmo com a minha cabeça explodindo de dor, consegui terminar todo o designer para o casal, creio que segunda-feira eles venham a empresa. Saio da minha sala e no caminho para a saída da empresa encontrei a minha amiga de trabalho a Nelsa.
— Gatinha. — era como ela me chamava.
— Oi nelsinha?
— Tá sabendo que o pessoal vai se encontrar, mais tarde na boate Sensação?
— Não, mas se o idiota do Otávio for, não me interessa estar no mesmo lugar que aquele escroto.
— Acho que ele não vai.
— Ah amiga, eu estou tão cansada, com uma dor de cabeça horrível. — falei passando a mão na minha testa.
— Vamos, gatinha, vai ser divertido.
— Vou pensar.
— Vou passar na sua casa as nove.
— Tá bom amiga.
Me despedi da Nelsa e continuei andando em direção a porta de saída, no caminho me lembrei que a minha moto estava no concerto, já havia me esquecido, saio pela porta pegando o meu celular na bolsa, olhei para rua e vi a minha moto estacionada, fui até o rapaz que ficava responsável pelo estacionamento, ele me disse que haviam deixado a moto a poucos minutos, ele me entregou a chave. Fui para casa. Ao chegar encontrei a minha irmã Brenda chorando, e meu pai super bravo.
— O que está acontecendo aqui? — perguntei olhando para os dois.
— Essa vagabunda da sua irmã está grávida.
Quase caio para trás.
— Também não precisa falar desse jeito pai.
— Essas suas irmãs, só me trazem vergonha, por que elas não seguem o seu exemplo.
— Vamos ter calma. Seu namorado já está sabendo, Brenda? — minha irmã ficou em silêncio — Responde Brenda?
— Ele disse que não é dele. — respondeu com lágrimas nos olhos.
— Caramba Brenda! Os conselhos que eu lhe dava, não serviram para nada. — ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas. E foi para o seu quarto chorando
Me sentei ao lado do meu pai e o abracei.
— Vai ficar tudo bem. — falei dando um beijo nele.
— Você é meu maior orgulho, filha. — eu dei um sorriso.