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Macho escroto

Já na minha sala, continuei a trabalhar no projeto para o designer que estava preparando para um casal de clientes com o sobrenome Herreiro. Era especificamente a esposa que estava querendo dar uma repaginada na decoração, nas cores e na iluminação da casa. Vou dar o meu melhor, assim como o meu chefe me pediu, quem sabe não ganho pontos com ele, se eu conseguir impressionar esse casal de clientes importantes. Enquanto estava focada fazendo no meu projeto, o idiota do Otávio entrou na minha sala.

— Quem era aquele otario que te trouxe pra empresa? — perguntou com as duas mãos apoiadas sobre a minha mesa.

— Isso não lhe interessa. — falei com o meu olhar focado na tela do notebook.

— Você não me provoca. — disse fechando o meu notebook.

— Otávio, eu estou trabalhando, caramba! — me levantei batendo as minhas mãos na mesa.

Otávio se aproximou de mim.

— Você não vem esfregar outro macho na minha cara, sua vadia! Se não eu não sei o que sou capaz de fazer. — disse enquanto me segurava pelo queixo.

— Me solta Otávio! Sai daqui! Eu preciso trabalhar. — Falei já bastante irritada.

— Você não vai ser de ninguém, você me entendeu?

— Você tá louco! Sai da minha sala, Otávio.

Agora eu realmente estou com medo desse filho da puta. Ele se aproximou de mim e voltou a segurar o meu queixo.

— Presta atenção vadia... você é minha, você me entendeu? Guarda bem o que te falei. — ele soltou o meu queixo com força, depois me deu as costas, indo em direção a porta.

— Seu macho escroto! — gritei antes dele sair pela porta.

Otávio me olhou e deu uma piscadinha, seguida por um sorriso sacana.

Desgraçado! Me arrependo tanto de ter me envolvido com esse macho escroto, o pior de tudo é que eu já tinha ouvido boatos de que ele era esse tipo de homem, mesmo assim eu ainda fui me envolver com essa peste. Bufei de ódio massageando as minhas têmporas já sentindo um começo de dor de cabeça, respirei fundo e voltei a fazer o meu projeto.

Nick Joni

Após deixar a Mariana na empresa, fui para a minha casa. Ao chegar, deixei o carro na porta de casa, pois pretendia tomar um banho rápido e ir para a loja. Entrei em casa e vi a Estela no sofá, mexendo no celular.

— Onde você estava, Joni? — perguntou se levantando do sofá, olhando na minha direção.

— Você sabe muito bem onde eu estava, Estela. — falei parado próximo no início da escada, que levava aos quartos.

— Já que você não me respeita como esposa, acho bom você respeitar os horários da minha loja. — disse com aquele ar dela de superior, que eu odeio.

— Primeiro, você não é a minha esposa, porque eu não escolhi me casar com você, então eu não te devo respeito, segundo, não estou nem aí com horário, achou ruim? Começa a tocar a loja, aí sim você cumpre o horário certinho, porque eu, vou chegar e sair daquela bosta quando eu bem entender! — falei enquanto subia as escadas.

— Você é um idiota Joni. — dei de ombros.

Entrei no meu quarto, tirei as minhas roupas, depois fui para a minha suíte, tomei um banho quente, me troquei, vesti um terno preto, e fui para a loja. Assim que entrei na minha sala, chamei pelo telefone o funcionário que eu havia pedido para ir buscar a moto da Mariana.

Ligação on

— Oi patrão, bom dia!

— Bom dia! Você pode vim na minha sala?

— Claro patrão, eu já estou indo.

Ligação off

Após alguns minutos, ele veio até a minha sala.

— Patrão? — disse da porta.

— Pode entrar, senhor?...

— Alessandro. — falou entrando na minha sala.

— Entra senhor, Alessandro. Vocês já resolveram o problema na CG 160?

— Não mexemos nela ainda não patrão.

— Por que não?

— Tem muitos outros serviços na frente patrão.

— Pode começar a ver a moto, esse concerto tem que ficar pronto hoje.

— Você que manda patrão.

— Depois você leva a moto lá na empresa DMdeco, deixa a chave com o rapaz do estacionamento, fala que a moto é da Mariana.

— Pode deixar patrão. — disse saindo.

Mais tarde o Alessandro voltou na minha sala, avisando que já havia levado a moto da Mariana. O funcionário disse que era um problema simples na moto, parece que um frio estava solto, agradeci à ele. Olhei para o relógio que ficava na parede da minha sala, e passava das 19:30, peguei o meu celular e vi uma mensagem da Natália, uma das minhas peguetes, fazia tempo que eu não saía com ela.

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