Capítulo 6 *ASSASSINATO*
BELLA • N A R R A N D O
Protejo meus olhos das luzes vermelhas. Há várias viaturas em frente a casa do senhor Clayton e da senhora Berenice, ela estava em choque sentada na cadeira onde ontem me sentei, depois de ter tido a conversa no carro de Marco. É estranho pronunciar esse nome.
Na noite anterior o senhor Clayton foi brutalmente assassinado, ainda não há pista de nada, quem fez isso foi com certeza um profissional que não deixou rastros.
Agora nesse momento vejo o delegado que soube ser irmão de um homem fora da lei que deseja me ter na sua cama. Seus olhos me avaliam, ele está do outro lado da rua.
— O cara cortou o pau dele, e o fez engolir, resumindo ele morreu engasgado com próprio pau, tenho que parabenizar a pessoa que fez isso.
Roberta sussurra para mim, nossos tios estão próximos por esse motivo faz assim.
Ignoro sua animação contando sobre isso.
— Pensei que ele estivesse viajando.
— Somente Berenice havia saído da cidade, o estuprador ficou em casa, por isso avisei você quando estava lá.
Ela não mostra um pouco de humanidade, a gente os conhecia desde quando ainda éramos pequenas. Ele sempre cuidava das flores em frente a sua casa, gostava de ficar vendo-o cuidar delas.
— Roberta, não injúrie o homem.
— Bella, mortes desse tipo é mais que claro.
— Como sabe que fizeram engolir parte de si mesmo?
Disse num tom mais baixo possível, queria esganar Roh por suas loucuras.
— Estupradores morrem desse jeito, Bella. Por que acha que a filha deles nunca mais permitiu depois daquela noite de escândalo que Clayton visse a neta?
Aquela noite foi espantosa, os gritos, a filha acusando o pai de ter tocado na neta. Mas, tudo foi resolvido e não se ouviu falar no assunto.
— Se tocou na neta porque não foi preso?
— Rum, aquele delegado não me desce.
Por falar nele, o indivíduo vinha atravessando a rua, se aproximando de nós. Tia Jenna apertou meu ombro, olhei para ela que tinha os olhos grudados nele.
— Vou precisar interrogar vocês.
Observei ele que estava vestido semelhante a Marco , tirando o sobretudo, somente usava uma blusa preta com o colete.
— Não vimos nada — Jenna se apressou.
Puxou a mim e Roberta colocando uma distância de nós com ele. Sua sobrancelha ergueu-se, indiferente ao nervosismo que a tia Jenna sentia.
— Você, Bella, viu alguma coisa estranha?
— Não vi nada, dormi cedo.
Contava a verdade.
— Claro que dormiu — usou a ironia.
— Duvido que vá resolver esse caso, Hector.
Roberta saiu do limite estabelecido por tia Jenna, e aproximou-se do Delegado, que a encarou secamente.
— Não teve capacidade de prender uns vândalos que estupraram uma menina, imagino que não consiga pegar um assassino. A não ser que não queira resolver nenhum desses dois crimes.
O confrontou, o jeito que o delegado olhava para Roberta era como se ela fosse um pedaço de carne exposto no açougue, numa promoção irresistível para ser comida.
— Roberta, talvez devesse me ajudar a desvendar cada crime. Você é curiosa, gosta de investigar a vida das pessoas, isso é um talento indispensável, mas também perigoso.
Suas palavras tiveram um duplo sentido, o que fez meu coração disparar.
— Adoro o perigo, Hector.
— Excelente, vai ser minha ajudante.
— Parceira!
— Parceira, como quiser.
Essa palavrinha não me trás boas recordações.
— Chega disso Roberta , você não vai ajudar em nada. Delegado queira nos deixar, já dissemos que não vimos nada.
Tio Teodoro quis se livrar dele, mostrando desagrado pela conversa que engatou com sua sobrinha.
— Não Teodoro, sua sobrinha vai me ajudar, ou vou prendê-la por estar fazendo coisas ilícitas.
Dessa vez Roberta tremeu, vi pela forma que apertou suas mãos.
— O que seria essas coisas ilícitas?
Quis tio Teodoro saber.
— Não revelarei, a menos que Roberta queira.
Qual era o jogo dele? De repente queria ser bonzinho? Poderia ferrar agora com Roberta.
— Vou trabalhar com ele, em troca ele vai dar segurança a Bella.
— Você disse que os polícias da cidade vizinha estavam se encarregando, Roberta.
Questionou Jenna.
— Quando mais é melhor, e o inimigo sempre tem que ficar perto — disse ela.
Hector mostrou um pequeno sorriso, se o delegado estava interessado em ter Roberta por perto, iria aceitar essa parte que ela falou.
— Estou resolvendo essa questão da Bella , nada vai acontecer com ela, ela não contou para vocês que fez um acordo?
Olhei assustada para ele, o acordo feito ontem. Marco contou para ele? Claro, são irmãos.
— Não sabemos de acordo nenhum.
Os dois responsáveis por mim, me olharam confusos.
— Não sei do que ele está falando.
Me fiz de desentendida.
— Não se aproxime de nenhuma das minhas filhas Hector , se não vou..
Tia Jenna de repente pareceu fora de controle, mostrando seu lado agressivo.
— Se não o que, Jenna? Lembre que somente meu pai gosta de você, isso não inclui eu e meus irmãos. Veja como fala comigo, para te matar é questão de segundos.
Todos ficamos embasbacados por esse momento surpreendentemente ruim. Tia Jenna piscou diversas vezes.
— Que assunto é esse, Hector?
Alterou-se tio Teodoro, querendo atacar o delegado que se manteve com olhar frio enquanto encarava a tia Jenna, ele não teve problema em se mostrar perigoso para nós. Porque tal liberdade com ela? O que tem haver com o pai dele ?
— Você sabe Teodoro — encarou ele. — Para mais detalhes, pergunte para sua mulher.
Jogou para cima dela.
— Amanhã vou passar por aqui Roberta , quero conhecer mais de suas habilidades, além de pular muro em perfeita harmonia.
O delegado elegantemente saiu da nossa frente voltando para seu trabalho, nos deixando com sérias dúvidas em relação a todos nós, bem, escapando somente tio Teodoro.
— Não quero vocês com nenhum Fox — tia Jenna falou ameaçadora. — Sou capaz de interná- las.
— O que é isso Jenna ?
— Só estou alertando para o bem da nossa família, Teodoro.
Entrou apressada para dentro de casa.
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Nunca havia acontecido em nossa casa tão silenciosa como está agora, depois do encontro com o delegado. Sinto-me estar num círculo, onde a cada volta feita uma caixa desagravel é aberta nos deixando na curiosidade para entender as coisas.
— Pensando numa resposta convincente para me dar?
Continuo olhando através da janela a casa do senhor Clayton, estou na sala. Roberta quer falar sobre ontem quando foi ao meu quarto atrapalhar Marco .
— Não estou pensando em nada.
— Àquele cheiro diferente no seu quarto.
— Não sentir cheiro algum, a não ser o meu.
— Tinha alguém no quarto com você, e mesmo não me contando, sei que era o irmão de Hector .
Tudo isso ela já sabe, mas, o que Roberta não sabe?
— Você sabe de tudo, Roh. Mas mesmo assim fica me enchendo de perguntas.
À falta de humor está acabando comigo, não gosto de ser assim. O que me tranquiliza é Roberta me conhecer, e não levar em consideração.
— Acho que o irmão de Hector matou o Clayton.
Diz convicta, se jogando no sofá.
— Marco? Acha que ele fez aquilo?
— Porque não? Ele foi para seu quarto, pode ter passado antes na casa do Clayton.
Isso faz sentido, a maneira pela qual estava vestido, aquelas luvas, não deixaria digital alguma para ser descoberto.
— Acho que ele é um tipo de justiceiro, e isso é irado, Bella .
Lá vem ela com suas loucuras, vê muito filme da DC.
— Mas, porque matar o senhor Clayton? Quando podia fazer isso com os homens conhecidos por ele que abusaram da menina.
Roberta abaixou seus olhos e mexeu nos fios de seu cabelo, isso não é um hábito.
— O que você sabe? Ah, e aproveitando que história é aquela de estar fazendo coisas ilegais?
À confronto, a fim de saber de tudo.
— Ontem pela noite fui até o bar..
— O QUÊ?
— Fala baixo, quer piorar as coisas aqui?
— Me explica isso.
— Disse que ia investigar, e tive vontade de ir ao Bar, mas deu errado porque o Hector me viu, e tive que correr.
Diz irritada, batendo no sofá como se ele tivesse culpa.
— Você é louca!!
— Eu sei disso.
— Roberta , você está se arriscando muito.
— Ele não fez nada comigo.
— Mas, pode fazer..
— Acho que eles só matam pessoas que fazem o mal.
Tento acompanhar seu raciocínio, mas não tenho sucesso.
— Eles são assassinos, Roberta .
— Não tenho prova disso, mas, tudo indica que sim.
Diz radiante como se estivesse abrindo um presente pela qual sempre quis ganhar.
— Já sei! Vamos lá na casa!
— Que casa?
— Do Clayton.
— Fazer o que Roberta ?
— Buscar provas!
Saiu do sofá e começou a fazer alongamento.
— Você não é normal!
— Vou sozinha, então.
— Vá então, já tenho problemas demais.
— Se eu morrer vai ser culpa sua.
Fez drama. Desgostosa levantei para ir com ela, sou ainda menos normal por seguir Roberta em suas aventuras perigosas.
~●~●~●~
A residência estava rodeada de faixas amarelas. Sinto calafrio ao passar pelo cercado, sou muito medrosa, o que não parece muito por estar seguindo Roberta , mas o que não fazemos por uma irmã?.
— Ah claro, tá trancado. Vamos voltar!
— Vamos pelo lado, eles nunca consertaram a janela deles.
Insistiu em continuar. Deviam ter consertado, talvez assim teria evitado que o assassino entrasse, não consigo acreditar que o senhor Clayton era um homem ruim.
— Vou entrar primeiro, depois você.
À janela estava aberta, o quão fácil isso está sendo para a gente entrar aqui?
— Já que insiste, vá primeiro.
Fui irônica, é claro. Ela subiu nos paus que estavam encostados na parede da casa, ela é alta ou a gente que é baixa demais?. Ao tomar impulso, ela voltou rapidamente para baixo novamente.
— Que foi?
— O delegado..
— O que tem ele?
— Está aqui!
Arregalei os olhos. Ela continuou ali olhando para dentro, curiosa, subir também nos paus e o vir, ele tinha um álbum nas mãos.
— Vamos embora Roberta antes que ele nos veja aqui.
Desci rapidamente, para evitar qualquer encontro desagradável. Fiquei cutucando ela para que viesse comigo. Ôh mulher difícil.
— Roberta, vamos!
A puxei com mais força para ver se me atendia. Reclamando ela desceu.
— Ops! Tarde demais.
Seguir sua atenção para frente, vendo Marco parado nos olhando, próximo às plantas secas da frente da casa.
Meu corpo travou. Com passos mansos dados, mostrando total tranquilidade, veio se aproximando da gente, agarrei o braço de Roberta , como se ela fosse minha salvadora.
— É bom vê-la aqui, Bella !
Seus lábios formou-me uma linha fina. Seus olhos percorreram todo meu corpo, como na noite passada, e senti os mesmos efeitos de antes.
— É .. nós .. não..
Gaguejei enquanto tentei formular uma frase.
— Você quem matou o Clayton?
Roberta foi direta, cheia de interesse nisso. Não sei porque ainda insistia em tentar me comunicar pelo olhar com ela.
Ao contrário dele, que não se mostrou interessado em responder sua pergunta.
— Sai daqui Roberta, vá conversar com Hector, ele gosta da sua curiosidade.
Roberta prontamente começou a andar para longe de mim, fiquei a olhando espantada, ela vai me deixar sozinha? Sussurrei para ela, mas acho que não ouviu, vou pensar dessa forma.
— Enfim sozinhos, Bella. Pena que não num lugar privado, para fazer o que desejo.
Não percebi até o momento que ele tinha nas mãos um pano junto de umas fotos, os quais guardou no bolso da calça cinza. A blusa verde de manga longa com uns botões próximos ao pescoço, deu o vislumbre de um rapazinho indefeso. Ele não tinha a face de um demônio, ou assassino, e sim de um homem bonito somente isso, não me arrisco a dizer um príncipe, pois ele me assusta não me encanta.
— Eu e Roberta queríamos saber…
— Saber ou descobrir?
— Descobrir, eu simpatizava com Clayton.
Sua cabeça abaixou, balançando de um lado para o outro, tirou de sua calça o pano com as fotos que segundos atrás havia guardado, e ficou às olhando uma por uma.
— Ele também simpatizava muito com você, Bella .
Esticou seu braço, olhei para sua mão onde havia as fotos, com cuidado levei minha mão para pegá-lo. Mas ao tocar nas fotos, fui puxada para junto de seu corpo, assustada olhei para ele que segurava agora minha mão.
— Veja!
Soltou minha mão, mas me fez ficar perto dele. Ele ajeitou as fotos na minha frente, olhei horrorizada para quem estava nela, era eu indo para escola, na varanda do meu quarto…
— Como conseguiu tirar essa ..
Numa estava nua, somente aparecia eu de costas,e a outra somente minhas nádegas.
— Como não percebi isso ..
— Você era a próxima vítima.
Aturdida fiquei, sem compreender, ele sempre foi tão gentil, nunca vi maldade alguma nele.
— Você quem matou ele?
— Ele teve a chance de se redimir. Não soube aproveitar, agora tá queimando no inferno.
Guardou as fotos, e ficou me encarando. Ele queria algum mérito por isso? O que esse homem realmente é? Roberta tem razão ao dizer que é um justiceiro? não, não tem como ser.
— Você é uma espécie de …
Me interrompeu, chegando perto demais de mim.
— Sou um tipo de "espécie" faminta.
— Faminta?
Empurrou-me contra parede da casa e recostou suas mãos em volta do meu corpo.
— Quero você essa noite.
Sibilou, puxando meu queixo para si.
— Olhe para mim enquanto falo, Bella .
Mantive minha cabeça para cima, correspondendo ao olhar dele, mas isso cansava. Minhas pernas tremiam.
— Você é muito baixa. Isso deixa as coisas melhores.
Desceu seu rosto para meu pescoço, percebia o quão grande distância seu corpo ficava do meu, quando aproximo fez esse movimento.
— Caralho .. .. — murmurou.
Eu estava ofegante por sua ousadia em passar seus lábios junto de sua língua por meu pescoço.
— Você não parece uma vadia….
— Porque não sou uma.
— Vou descobrir isso, Bella .
Me virou, ficando agora ele encostado na parede, me assustei quando me ergueu do chão, carregando-me pegando em minhas costas, amassando minhas anadegas. Nada acostumada a ser tocada daquela forma, meu coração faltou sair pela boca.
— Minha tia ela .. pode aparecer..
Apelei para sair dos braços dele. Estava tão apavorada por um desconhecido estar me agarrando e também por meus tios que estavam na caso do outro lado da rua.
— Isso facilitaria meus planos.
— Planos?
— A mataria logo..
— Temos um acordo.
— Esse que você não parece querer cumprir.
— Não, eu quero, faço o que quiser.
Suas mãos foram rumo a minhas pernas, passeando com elas para baixo de minha saia. Sua cabeça tombou para frente encontrando meu pescoço, por esta em seus braços a altura agora não era problema.
— O que quer que eu faça?
— Que mova esses lábios para saciar os meus.
Esbaforida encarei seu rosto, mirei sua boca rosada, deixei que o pequeno desejo que sentia no meu corpo, tomasse conta da minha mente para ter coragem e fazer o que ele queria.
Passei minhas mãos por seu pescoço, e devagar aproximei nossas bocas, as unindo, fechei meus olhos, me entregando aquele momento. Seus lábios moveram-se devagar, fazendo-me gostar de tê-los grudados nos meus. Quando sua língua invadiu minha boca, o fogo aqueceu dentro de mim, e aconteceu o mesmo com ele, pela mudança rápida de suas mãos tocando meu corpo
O beijo arrebatador fez-me esquecer o porquê de estar com esse homem, fazendo o que ele quer. Queria só que aquilo durasse por esse momento, a sequência de amassadas em minhas nádegas, começava a fazer meu ventre mover-se dentro de mim, como estivesse despertando trazendo sensações que nunca senti. Ele desgrudou nossos lábios e me colocou no chão fazendo com que eu recuperasse um pouco da sanidade.
— Isso não é o suficiente.
Me puxou novamente, colando-me contra a parede, abriu minhas pernas e se meteu no meio delas, tomando meus lábios com selvageria, de forma que nem eu conseguia acompanhar.
Deixando minha boca de lado, ele focou nos meus pequenos seios, onde apertou com os dedos, aquilo fez meu corpo retesar entrando em nervosismo.
— Quero vê-los — puxou minha blusa para baixo, os expondo para seus olhos.
Abri a boca para protestar, mas o que saiu foi de longe um protesto, pareceu mais com um som de um gato quando recebe carinho. Surpresa por gostar do que a sugada dada pela boca dele me proporcionou, quis que ele fizesse mais daquilo.
À cabeça dele inclinou-se para o lado, e vi que havia gente em frente da minha casa.
— Preciso que me desça — pedir num fio de voz.
— Ainda não terminamos..
Ignorou meu pedido. Abrir a boca, quando senti uma dor desagradável entre minhas pernas, meu corpo começou a mexer e a dor tomou conta de todo meu corpo, se transformando aos poucos num comichão gostoso. Ele tinha seu sexo colado no meu, causando toda aquela confusão dentro de mim. Minha garganta insistia em grunhir baixo feito um animal agoniado.
— Marco … tem que parar ..
Falei seu nome pela primeira vez. Recusando meu pedido, ele acelerou seus movimentos que afrontavam meu sexo.
— Assim, vou acabar fudendo você, Bella.
Disse ao pé do meu ouvido, sem querer estava a gemer em sua boca. Merda, o que estou fazendo aqui? Que louco desejo é esse que estou sentindo? No momento em que corro o risco de ser vista por minha família num ato tão vergonhoso.
— Bella, acho melhor a gente ir para casa.
À voz de Roberta fez-se presente, fechei os olhos constrangida, recuperando total consciência.
— Estou indo!
Sussurrei, encarando Marco .
— Me deixe ir, agora. Eu preciso.
Seus olhos mostraram relutância, assim como suas mãos que me apertavam. Devagar ele me pôs no chão.
— Deixa que eu te ajudo, Bella .
Veio Roberta me acudir.
— Pratique exercícios Bella, vai precisar!
Se afastou ao dar seu "concelho"
~●~●~●~
Tivemos que dar a volta, pela rua atrás da casa do Clayton. Quando pulei o muro quase morri ao cair no chão, quanta vergonha sinto, olha que foi Roberta quem me viu daquela forma com Marco .
— É normal Bella , não se martirize.
— Eu estou fodida, Roberta .
— Você está falando essa palavra que acha tão feia?
Suspirei, sentindo minha parte íntima reclamar enquanto ando.
— Sou fraca, Roberta , não garanto essas coisas. Com apenas uns amassos fiquei dessa maneira, imagine quando esse homem entrar em mim.
Começava a me desesperar, imaginando isso.
— Você não tem que fazer isso.
— Tenho sim, não sei qual relação da tia Jenna com eles, o que sei é que se eu vacilar, Marco vai matá-la.
Não havia escapatória.
— Tá, vou preparar você, dentro de uns dias você vai se sair bem com aquele homem exagerado de grande.
Tentou me animar.
— Consegue me preparar para essa noite?
— Essa noite?
— Ele me quer hoje.
Roh arregalou os olhos.
— Bella, é como andar de bicicleta.
— É, Você se quebra todinha depois é que aprende.
Que exemplo!
— Tá, não foi um bom exemplo. Pense que está apaixonada por ele, que vai se sentir bem.
— O cara parece que tem uma mangueira no meio das pernas, não tenho fogo suficiente para que ele apague sem me afogar.
— Que parábola estranha.
— Ah Roberta !
— Vou dar um jeito nisso, prometo.
— Não faça nada, se ele quer isso, vou dar para dele, quem sabe ele me deixe depois de saber que sou virgem e que não tenho experiência em nada.
Vou me agarrar nisso. Talvez ele tenha querido a mim como sua companheira por pensar que sou uma vadia. Mesmo isso não sendo bom, ele pode mudar de ideia.
Espero por isso.