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Capítulo 5

— Ah, você sabe, hoje pensei em preparar pimentões para ela porque sei que é o prato preferido dela, e como você e Mestre Nata voltaram hoje de Londres pensei que ela iria gostar de comê-los esta noite. -

Reviro os olhos quando a ouço falar, embora o que ela disse me faça sorrir. —Quantas vezes eu já disse para você me chamar de família? Da próxima vez que eu ouvir você me chamar ou a um dos caras de "lei", vou pegar um abacaxi e enfiar na sua boca, eu juro. -

—Irmãzinha, não adianta insistir, ele vai continuar te chamando de “lei”. — A voz do meu irmão chega aos meus ouvidos e sua figura fica na minha frente junto com Luca, enquanto este rouba o pirulito da minha boca e o mordisca.

—Esse foi o meu tipo de idiota! -

— Que educação, você é muito rude. — Responde o ladrão ofendido.

—E você é um ladrão! -

“Vocês parecem duas crianças brigando por um brinquedo novo”, meu irmão intervém, revirando os olhos e fazendo a mulher no fogão rir, antes de se sentar ao meu lado no balcão da cozinha.

Luca se aproxima de Camilla e passa o braço em seu pescoço, depois deixa um beijo em sua bochecha e sorri para ela. — Camilla, me defenda desse monstro, você sabe que sempre te amei! -

— Sim, só porque eu fiz sanduíches para você quando éramos pequenos, seu miserável e chutador de bunda que você é! — Jogo o pano bem na cara dele.

— Manesca! — Ele se aproxima do meu rosto e morde meu nariz.

- Vocês são dois idiotas! — Davide ri junto com Camilla olhando para nós.

O telefone da casa toca e, ao meu lado, pego o fone e atendo. - Preparar? Casa Smith, sou a alegria da família, quem tem a honra de falar comigo? -

- Você está feliz? Mas chega! — Meu pai diz do outro lado da linha, me fazendo sorrir. —Se falarmos da Fex que acabou de acordar então podemos dizer com segurança que ela é mais a psicopata da família, visto que anda pela casa procurando alguém para matar. —O homem continua rindo.

Reviro os olhos enquanto meus dedos apertam meu lábio inferior e tento conter o riso, mas não adianta. — Olá pai, onde estão você e a mãe? -

— Por aí, voltaremos em breve. —Ele me explica com um suspiro. Tenho cem por cento de certeza de que agora meu pai está parado no meio das ruas de Milão e olhando em volta com raiva, com mil sacolas na mão e minha mãe dentro sabe-se lá em que loja. Sair com ela é assim, tem que sair cedo senão vai ficar em casa, principalmente se tiver que ir ao supermercado fazer compras. Mamãe é a clássica mulher que seleciona os produtos nas prateleiras e ainda lê o preço do quilo para ver qual é o melhor para ela colocar no carrinho de compras. Quando você vai às compras com ela você sai de manhã e volta. .quando estiver bom, pare ., e à tarde se sair às , pode esquecer de ver o sofá antes. —Escute, Camilla está aí? -

A voz do meu pai me traz de volta à realidade e balanço a cabeça ao notar que Luca levanta a tampa da panela e rouba uma pimenta, depois divide em duas e me dá um pedaço. — Sim, ele está preparando o jantar, por quê? -

— Você poderia fazer a gentileza de me dar isso? -

— Imediatamente Chefe — eu respondo. Cubro o receptor com a mão e aponto o wireless para Camilla - Camilla, papai quer falar com você. -

Ela se vira e enxuga as mãos no avental, depois pega o telefone e o coloca no ouvido enquanto continua refogando os legumes. — Olá Sr. Smith... não, não tem problema, não se preocupe. Diga-me.. -

Enquanto isso, observo o movimento de suas mãos ágeis e experientes e continuo balançando as pernas no balcão, enquanto meu irmão e Luca me fazem companhia enquanto bebem uma cerveja.

—Quantos você disse, três? Ah, sim, certamente não há problema. -

— Essa mulher deveria ir ao Masterchef. - afirma Davide

Luca e eu assentimos ao mesmo tempo e então suspirei. —O que é coala? Você não está satisfeito com sua viagem? -

- Como? Luca, que perguntas você está me fazendo? Claro que estou satisfeito! Nata me lembrou porque adoro viajar e agora também tenho lembranças felizes de Londres. Passe-me uma cerveja Davide, por favor. -

— Senhores, poderiam me ajudar a pôr a mesa? Aparentemente haverá muitos de vocês no jantar esta noite! -

- Quem mais está vindo? —ele perguntou curioso e franzindo a testa.

“Amigos da família”, ela responde.

— Amigos da família... além dos pais de Luca, que já estavam vindo, só há... — Davide para no meio da frase e se vira, fazendo seu olhar passar de Luca para mim.

— Ah, não... — Luca balança a cabeça e faz o mesmo movimento de Davide.

—Seus pais me contaram sobre Simona e sua família. -

— Camilla, me diga que você está brincando... — Fico completamente pálido e pulo do balcão, vendo meus nós dos dedos ficarem brancos enquanto pego a garrafa de cerveja em minhas mãos.

—Meu Deus, me desculpe senhorita Fex, não lembrei de você. -

Pego meu telefone no bolso do short, mas antes que eu possa ligar para minha mãe, ela e meu pai entram na cozinha.

— Olá pessoal, Camila! - Papai diz.

—Como você pôde fazer isso comigo, mãe? - ele perguntou com a voz trêmula. — Você sabe o que aconteceu entre ela e eu e o que você está fazendo? Você a está convidando para jantar? Muito obrigado! - gritou ele.

— Não se preocupe Fex, não seja tão criança, se você teve problemas com ela não é da minha conta. Simone e eu somos amigas há anos, não consigo parar de falar com ela só porque você discutiu com a filha dela. Eles chegarão em meia hora, venha se vestir. -

—Se você entrar por aquela porta, eu irei embora. -

— Não se atreva a fazer isso Fex, porque vou fazer você se arrepender. -

— Não me desafie mãe, você sabe que sim. -

- Já estou fazendo isso. -

— Elisabetta, pare com isso, acho que você está exagerando. —Meu pai intervém, aproximando-se de mim.

— Pai, por favor me diga que não é verdade.. — Meu olhar vacila e minhas mãos descansam nos ombros de papai, enquanto ele pega meu rosto entre as mãos e acaricia ternamente minhas bochechas.

Ele olha para baixo e suspira, depois olha nos meus olhos. — Serão apenas algumas horas Fex, e depois do jantar você quis sair, certo? -

— Claro, e vou manter esse na coleira, só para deixar a mamãe feliz. — deixo escapar, me afastando do meu pai e cruzando os braços sobre o peito.

— Esse é o nome dele, Fex! — Reviro os olhos com a declaração de minha mãe e bufo alto, mordendo o lábio com força para não mandá-la para o inferno imediatamente.

— Como se fosse possível tirá-la de casa. — Davide fala na minha frente e olha protetoramente para nossa mãe. Então ele se vira para Luca e o examina. —Vocês dois não deveriam ficar sozinhos, ok? -

Luca balança a cabeça e eu balanço a cabeça enquanto a raiva rasga minha alma. — Vai para o inferno mãe, se acontecer alguma coisa você vai me ter na consciência, lembre-se disso. — Thunder, não conseguindo mais me conter.

Subo as escadas correndo, entro no quarto e bato a porta com violência. Eu me apoio nele e deslizo para o chão.

O que fazemos agora?

Precisávamos de você para concluir o trabalho. Mas quem você acha que é? Talvez uma bruxa?

Você ouviu nossa mãe, não podemos fazer coisas estúpidas.

Não farei isso, embora uma ajudinha para manter a calma não seria ruim.

Que ajuda? Oh não, sua voz não é um bom presságio.

Cale-se.

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