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Capítulo 4

Stella acordou com o som irritante do despertador ecoando pelo quarto. Ela abriu os olhos lentamente, sentindo-se cansada e desanimada. Ainda sonolenta, ela olhou para o relógio ao lado da cama e viu que estava atrasada.

— Oh, não, mais um dia difícil pela frente. — ela pensou enquanto se espreguiçava preguiçosamente.

Levantando-se da cama, Stella percebeu que seu cabelo estava uma bagunça e seus olhos estavam inchados de tanto sono. Ela bocejou e arrastou os pés até o banheiro, onde tomou um banho rápido para despertar. Enquanto a água quente escorria pelo seu corpo, ela tentava se convencer de que o dia poderia ser melhor do que ela imaginava.

Após sair do chuveiro, Stella se olhou no espelho e suspirou. Ela sabia que não tinha muito tempo para se arrumar, mas ainda assim decidiu dar um jeito na sua aparência. Ela escovou os dentes e penteou o cabelo, tentando disfarçar a bagunça que estava. Depois, escolheu uma roupa simples e prática para o dia de trabalho.

Enquanto se arrumava, Stella estava tão distraída com seus pensamentos que mal percebeu o tempo passar. Quando finalmente terminou, deu uma olhada rápida no espelho e suspirou.

— Bem, é o que temos para hoje. — ela pensou, resignada.

Com um suspiro, Stella saiu de casa, impecavelmente arrumada e pronta para mais um dia de trabalho. Porém, ao fechar a porta de casa e se virar para a rua, ela surpreendeu-se ao ver seu chefe, Sr. Yıldız, parado próximo à porta, esperando por ela.

— Olá, Sr. Yıldız. O que o traz aqui tão cedo? — perguntou Stella, um tanto surpresa com a presença inesperada do chefe.

— Sinto muito por aparecer assim do nada, Stella. Eu estava passando por uma rua próxima daqui e pensei na nossa conversa de ontem, você falou que aqui não passa táxi e você tem que andar um pouco para pegar eles mais a frente, então pensei em oferecer uma carona. — respondeu ele com um sorriso cordial.

Stella hesitou. Ela não estava acostumada a aceitar favores de colegas de trabalho, especialmente de seu chefe. No entanto, ela sabia que o tempo valioso estava se esgotando e pegar um táxi naquela área da cidade poderia ser um desafio. Além disso, ele estava certo: o local onde ela pegava o táxi está a alguns quarteirões dali.

— Está bem, Sr. Yıldız. Obrigada pela gentileza. — disse ela, aceitando a oferta com alguma relutância.

Enquanto eles seguiam para o escritório, o Sr. Yıldız tratou de amenizar a situação, conversando sobre assuntos leves e tentando tranquilizá-la. No entanto, Stella não conseguia evitar o desconforto que sentia com a situação. Ela se perguntava se aceitar uma carona do chefe estava correto, se não seria considerado um comportamento inadequado.

Ao chegarem ao escritório, Stella desceu do carro e agradeceu ao chefe pela carona mais uma vez. Ela se sentia grata, mas, ao mesmo tempo, preocupada. Estaria agindo de forma profissional ao aceitar esse tipo de favor do chefe? Ela sabia que precisava refletir sobre essa situação e considerar suas consequências no ambiente de trabalho.

[...]

Stella chegou na sua mesa e logo se viu sobrecarregada de tarefas. Como secretária do chefe, ela tinha um dia agitado pela frente. Porém, uma parte dela não conseguia tirar da cabeça a carona da manhã e questionava se agira corretamente em aceitar o favor.

A manhã passou rapidamente, e Stella estava quase terminando de organizar a agenda do Sr. Yıldız quando ele saiu de sua sala. Ele cumprimentou Stella com um sorriso que ela conhecia muito bem. Ela havia notado algumas atitudes dele ultimamente que a deixavam nervosa. Ele era um homem charmoso e sempre encontrava uma desculpa para estar perto dela, tentando flertar sutilmente.

Stella tentava ao máximo evitar qualquer situação constrangedora. Ela não queria criar problemas, mas a atitude do Sr. Yıldız a fazia questionar suas intenções. No entanto, como sua secretária, era difícil evitar o contato frequente.

Durante o dia, Stella fez o possível para manter distância e terminar seu trabalho sem ter que enfrentar situações desconfortáveis. No entanto, o Sr. Yıldız parecia determinado a ser mais presente, encontrando desculpas para sair de sua sala e passar por Stella enquanto a olhava e sorria ou pedindo sua opinião sobre coisas que poderiam ser resolvidas por outros funcionários.

Stella tentava manter a compostura, mas por dentro estava angustiada. Ela não queria criar tensão no ambiente de trabalho, mas as investidas do chefe estavam se tornando insuportáveis.

Ao final do dia, Stella saiu do escritório, aliviada por finalmente estar longe do Sr. Yıldız. Ela sabia que teria que lidar com a situação delicada em breve. Mas, por ora, estava feliz por ter finalmente finalizado aquele dia e poder ir para casa.

[...]

Stella estava deitada em sua cama enquanto falava sua irmã Emma por videochamada. Elas estavam tendo uma conversa sobre os acontecimentos do dia.

— Você não vai acreditar no que papai disse hoje. — disse Emma com um olhar de preocupação.

Stella suspirou, apreensiva. Ela sabia que quando se tratava do pai delas, geralmente havia algo complicado.

— O que foi? — perguntou ela, tentando disfarçar sua ansiedade e raiva.

— Papai mencionou o Arthur. Parece que ele quer discutir sobre o assunto novamente.

O nome de Arthur ecoou na mente de Stella. Ele era filho de um sócio de negócios importante do pai. Havia algum tempo, seu pai vinha tentando convencê-la a aceitar um casamento arranjado com Arthur, que era rico e influente. Mas para Stella, a ideia era inaceitável. Ela se recusou a ser vendida como uma mercadoria nos arranjos comerciais do pai.

Stella revirou os olhos em exasperação.

— Meu Deus, sempre essa história. Por que ele não entende que eu não quero casar com Arthur?

— Eu sei, Stella. Papai insiste que seria uma oportunidade incrível para nós, mas ele não entende que você quer seguir seu próprio caminho. — Emma respondeu, mostrando apoio à irmã.

Stella suspirou profundamente. Ela estava determinada a construir sua própria vida, independente das decisões comerciais de seu pai.

— Eu não vou me casar com alguém por conveniência. Quero encontrar amor e construir minha própria história, não ser um peão nos negócios do papai. — disse ela, com determinação em sua voz.

As irmãs continuaram conversando, compartilhando suas frustrações com a situação. Apesar das pressões familiares, Stella estava firme em suas convicções, decidida a lutar por seu próprio destino.

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