Capítulo 2

Mesmo que o Grill fosse o trabalho da Elena, isso não impedia que a noite das garotas fossem no estabelecimento mais conhecido entre os jovens do famoso East High School. Sempre estava cheio e cheirava a bebida e puberdade. A maioria dos estudantes tinham entre dezesseis e dezoito anos, ansiosos para arrumar algum tipo de confusão ou levar uma garota para o carro. Portanto Esmeralda, Elena e Isa não estavam preocupadas com nenhuma dessas coisas, muito menos em se envolver com um dos garotos da East (que horror!) são tão prepotentes e egocêntricos que era impossível manter um diálogo de cinco minutos sem eles falarem uma asneira. Esmeralda por diversas vezes já se questionou se eles teriam cérebro. Nem todos eram iguais, na verdade, Stefano Fontana é um dos garotos de ouro. Sussurravam entre os corredores sobre o escândalo sobre o seu término com Elena, a pobre órfã. Ninguém poderia culpá-la, aliás, Pietro a ovelha negra da família, que largou Oxford, era a tentação na Terra. E talvez fosse coincidência, destino ou o universo querendo um pouco de confusão, mas acabará de cruzar a porta o mais novo Fontana, acompanhado do seu irmão mais velho e pivô de sua separação Pietro Fontana, em seguida o solteiro mais cobiçado da East High, Sebastian Hunter. Os três com uma beleza intrigante cruzam a porta da entrada e a presença não passa despercebida, nunca passa, principalmente quando um Hunter está entre eles.

Isabella é rápida ao notar eles chegaram, contudo, os passos do Sebas são mais rápidos até a mesa. Ele caminha de um jeito seguro e um pouco bruto, mais ainda sim divertido. Mesmo que negasse a si mesma por tantos anos, Isabella ainda sentia um formigamento no corpo toda vez que o Hunter se aproximava, e ela guardava isso dentro dos seus inúmeros livros de Romance, já que na sua realidade, jamais se encaixaria no mundo do Sebastian. E talvez seja essa atração que a fez ser lenta ao dizer as amigas sobre a presença, quando abriu a boca para pronunciar o nome, o Hunter já estava apoiado na mesa. O seu sorriso se esticou ao olhar para Esmeralda, provocativo.

— Senhorita Gonzáles, como vai? Devo chamá-la assim, certo?

Elena pescoça para ver um Stefano irritado e ainda magoado passar direto para o bar, e também a infeliz visão do Pietro, seu maior pecado, com uma mulher grudada em seu pescoço.

— O que quer, Hunter?

— Apenas dar boas-vindas.

— Guarde-as para quando as portas do inferno forem abertas e eu passar por elas. Ainda não estou nas suas garras, presumo, nunca estarei.

— Hum, seria uma honra tê-la em meus aposentos, senhorita. Poderia me visitar quando estivesse de folga. Se bem que, Charlotte não lhe concederá essa honra.

Os olhos verdes e intens de Sebastian recaem na morena silenciosa ao seu lado, quase não percebeu que seu braço estava próximo demais do rosto da garota e recuou educadamente. Sebas era educado e gentil, o que o tornava extremamente charmoso.

— Desculpe... Isa, não é?

As meninas não saberiam ao certo se foi algum engasgo ou uma falha risada, mas aquele som que fez com a garganta foi extremamente anormal vindo de Isabella.

— Sim. - Afirmou em voz baixa.

Sebas lhe joga um sorrisinho malicioso e jovial antes de se retirar.

— Isso, jogue-se no charme do Hunter – Elena observa – Ele vai adorar colocá-la na sua coleção de amantes.

— Por qual motivo eles falam de uma forma tão, hum, como se eu me sentisse em um filme antigo? - Esmeralda questiona, como se o teu pensamento saísse mais alto do que gostaria.

— Thomas Hunter. É o irmão mais velho deles, minha tia contou o quanto ele é influente e um cavalheiro, muito viajado. Para sua sorte, ele fala menos do que o Sebastian. Na realidade, quase nunca está em casa, é um homem bem reservado.

A testa da Esmeralda franze pensativa, afinal, quem era o homem do qual ela nunca viu? É como um mistério, mesmo antes de pisar na mansão ela já tentava imaginar como seria o seu futuro patrão. Isabella e Elena estavam ocupadas demais contando com quantas garotas Sebastian já havia se deitado, provavelmente perderiam as contas e se Isa não se cuidasse, talvez, seria a próxima.