Capítulo 2
Como ele chegou lá antes de mim?
Entrei na sala e me sentei no sofá vazio em frente aos noivos, os pais de Cielo estão sentados à minha esquerda e o idiota está de pé.
- Nós já nos conhecemos. - Nate explicou. - Mas eu não me apresentei direito. - Ele disse com um sorriso irritante no rosto. - Por favor, meu nome é Hans. - Ele estendeu a mão.
- Alicia", eu disse, apertando a mão dele.
O resto do dia foi passado tentando me afastar de Hans, que...... é um homem lindo, de ombros largos, olhos claros, cabelos pretos ondulados, punho forte, reto, estômago duro. A lista é enorme.
- Olá, não posso atender sua ligação agora, deixe uma mensagem e entrarei em contato com você assim que possível. - A secretária eletrônica de Ian tocou novamente.
Ian é um advogado muito competente, ele deve estar trabalhando. Estamos juntos há seis meses. Adormeci assim que me deitei na cama.
Chegou a manhã do casamento, a casa estava uma bagunça, desci para tomar café e encontrei várias mulheres conversando ao mesmo tempo.
- Bom dia. - eu disse pegando uma xícara.
- Essa é a irmã do Oliver. - explicou Cielo.
Fui apresentado a tias, primos, tios, cunhados e avós.
Uma enorme tenda foi montada no jardim para a cerimônia, que ocorrerá em algumas horas. Cielo terá cinco madrinhas, amigas de infância, e eu sou uma delas. Nossos vestidos são os mesmos, azul royal, longo com detalhes em renda.
Os Nataeloy contrataram maquiadores e cabeleireiros que fizeram a minha maquiagem da cabeça aos pés.
Eu estava irreconhecível, não que eu seja feia. Meu cabelo é ruivo natural, meus olhos são de um verde cristalino, tenho algumas sardas no rosto. Minha beleza foi realçada.
- Está na hora. - alguém gritou.
Seguimos em fila até a entrada da tenda, eu sou a primeira da fila. A marcha nupcial começou a tocar, indicando que era hora de entrar. Caminhei lentamente pelo corredor e parei atrás de meu irmão. Todos fizeram o mesmo.
- Vai dar tudo certo", sussurrei para Oliver. - Sussurrei para Oliver. - Eu amo você.
- Eu também amo você, Ana. - Seus olhos se encheram de lágrimas. - Nunca se esqueça disso.
A dama de honra entrou jogando pétalas de rosas no chão, depois Cielo entrou com seu pai.
- Cuide bem dela. - pediu o Sr. Nataeloy.
Cielo me entregou o buquê e se ajoelhou ao lado de Oliver.
Não prestei muita atenção ao que o padre estava dizendo, só conseguia pensar em tudo o que passamos juntos. Meus pais estavam sentados na primeira fila, sorrindo, orgulhosos de seu filho. Os noivos se viraram para sair da tenda e só então me dei conta de quem era meu par no altar.
- Você tem se escondido de mim, Alicia? - ele perguntou em meu ouvido.
Nate colocou o braço em volta de mim e seguiu os noivos, ele cheirava tão bem, loção pós-barba misturada com um perfume forte.
- Pare de agir como uma adolescente. - Eu me censurei.
Espero que não haja muitas festas de família.
Hans sorriu para mim, aquele sorriso de "molhar a calcinha", eu estava perdida.
Hans_ _
Você está convidada para a festa de terceiro aniversário de casamento de Cielo e Oliver Anne.
O convite havia chegado naquela manhã, mas eu já sabia da festa, a Cielo havia passado semanas enviando e-mails e lembretes para que eu não marcasse nenhum compromisso para o Primeiro de Maio.
Como se eu tivesse esquecido!!!!
- Volte para a cama, gatinha. - Sophia abraçou meu pescoço e passou as mãos pelo meu peito nu.
- Estarei lá, querida, tenho alguns assuntos da empresa para resolver, talvez eu tenha que ir lá. - Eu disse, concentrando-me no computador.
- Por que você não tira um dia de folga? - Ela perguntou abrindo o roupão.
- Eu queria passar o dia com você, mas os problemas não esperam.
Fui ao banheiro, peguei a loção pós-barba e me barbeei enquanto tomava banho. Quando ela saiu, enrolada em uma toalha, Sophia já estava vestida e passando batom vermelho nos lábios.
- Ligue para mim se precisar de companhia. - Ela deu um beijo no ar e desceu as escadas.
Fui ao guarda-roupa para pegar uma camisa branca, vesti um terno preto e uma gravata cinza.
Desci as escadas, apreciando a luz do sol que entrava pelas enormes janelas de vidro. Comprei esta casa há dois anos só por causa da vista, é toda de vidro, com cinco quartos, sete banheiros, sala de estar, sala de jantar, academia, cozinha, piscina e garagem. Essa última é a mais importante para mim, afinal nela cabem todos os meus brinquedos.
- Bom dia Naná. - Eu disse sentando-me à mesa onde o café já estava colocado.
- Bom dia, Sr. Nataeloy. - Ela respondeu sorrindo.
- Quando você vai me chamar de Nate ou Nathanael? - perguntei pela centésima vez.
Nana ou Nancy trabalhava para os antigos proprietários da casa e, quando fechei o negócio, ela ficou sem emprego. Eu não podia deixar essa senhora de sorriso fácil com uma mão na frente e outra atrás, que mora com o marido e quatro filhos em uma parte perigosa da cidade. Como ela já conhecia o serviço, achei que seria melhor mantê-la, afinal eu mesmo teria que contratar alguém.
- Quando eu não trabalhar mais para você. - Ela respondeu, enchendo minha xícara de café e meu prato com panquecas e torradas.
- Aí eu vou engordar. - De brincadeira, cortei um pedaço de panqueca e o levei aos lábios. - Mmmm deliciosa.