Capítulo 2
Fernanda:
- Juramos perante a Lua cheia nesta sexta-feira que nós três seremos melhores amigas para sempre - Bia emita uma voz de criancinha, mas ela conseguiu foi se parecer com um gato engasgado.
- Por que vocês têm de ser tão palhaças? Parem um pouco - seguro-as - fiquem em silêncio - elas me encaram sérias - olhem para o céu, não sentem uma paz dentro de seus corações vindo da lua?
Elas olham para o céu sorrindo serenamente. E tudo está tão calmo e bom...
- Ta legal, você exagerou na tequila com limão Fer - e as duas caem na gargalhada.
- Que falta de sensibilidade de vocês, meninas... sabem muito bem que eu não estou bêbada - fecho a cara emburrada.
- A culpa é dos sonhos né - Bia está puxando nós pelos braços para que continuamos a andar.
- São apenas sonhos e realmente estou arrependida de contar para vocês, e Bia se você der uma bola fora igual a que você deu hoje - ameaço com uma cara de má - nunca mais meu irmão vai falar com você!
- O quê? Isso é maldade! Eu concordo não vou mais tocar no assunto dos seus sonhos romântico com o cara do rosto escondido, mas não ouse fofocar sobre mim com o seu irmão... Até porque estou quase conquistando ele.
- hahahaha - eu e a Juliana caímos na risada.
- Desde a sexta serie você está quase conquistando o William, Bia! estou começando a duvidar de seus encantos - Juliana zomba.
- Chega de falar sobre o meu irmão, e sobre meus sonhos.
Fecho a cara e seguimos em silêncio até a casa de Juliana.
Chegando na casa dela nós conversamos um pouco, brigamos, rimos e fomos dormir.
(...)
Eu estou caminhando no escuro, uma escuridão de cegar completamente a ponto de ser mais preto que o vazio... Um frio esfaqueia a minha espinha e subitamente me viro para trás mas tudo o que vejo é a escuridão.
Esse caminho parece não ter fim e, eu não sei qual é o meu destino.
A ansiedade toma conta do meu peito e eu começo a apressar os passos, quando percebo que quanto mas eu ando menos chego a lugar algum, eu então começo a correr desesperadamente.
E de repente ele está lá, o ser mais deslumbrante e tão Belo que não poderia existir. Um homem alto usando um sobretudo social preto aberto, revelando a camisa de baixo preta também, usando uma calça jeans igualmente preta, e o par de sapato social brilha, porém também é preto. O homem de preto está há uns cem metros de mim, e eu posso vê-lo claramente graças a imensa e linda lua que está atrás de suas costas, como se fosse um trono, porém a única coisa que eu consego distinguir além de suas vestes, é o seu muito bem penteado cabelo dourado escuro. Na necessidade de tocá-lo e vê-lo melhor, eu corro em sua direção em passos mais rápidos na esperança de que desta vez eu possa alcançar ele. Eu estava prestes a contemplar a sua face quando de repente:
- Feeer! - acordo com a Juliana e a Bia me sacudindo.
- Nãaaao! Me deixem ver! eu preciso ver! - levanto da cama e vou até o banheiro lavar meu rosto para tentar me livrar desta angustia que se apoderou de mim.
Por que nunca consigo ver seu rosto? Quem é esse ser? Como posso achá-lo tão lindo se nem o vejo por completo?
Vou ficar muito louca se esses sonhos não pararem, são terríveis e angustiantes... Sem falar que eu fico parecendo uma tonta, nervosa por causa de sonhos.