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Capítulo 2.

Não pense que ele tirou o dele do corpo, não tem um miniarmário no escritório onde estamos agora. Estou andando pelo escritório abotoando minha blusa, mangas até os cotovelos. Os três patetas estão sentados olhando para mim. Pietro é como se eu fosse um animal, Matteo tem um olhar esperançoso, Valentina ainda me olha com um olhar com aquele brilho nos olhos e Lorenzo bom, está com expressão neutra como sempre - Você quer que eu trabalhe para você? — perguntei rindo, mas foi um deboche.

- Não está funcionando para nós, está conosco - disse Matteo. Sempre ouvindo que ele era o mais sábio de todos. — Mas porque diabos você não me chamou de pessoa normal. Eles tiveram que montar todo esse circo só para conseguir um minuto da minha preciosa atenção - eu disse andando gesticulando com as mãos para eles, que estavam atentos a cada passo que eu dava, como se a qualquer momento eu jogasse uma bomba aqui dentro... até que não seria uma má ideia...

-Se eu te chamasse como uma pessoa normal você viria? — perguntou Matteo com a mão esquerda levantada.

-Não - respondi simples.

-Ver? Essa foi a única maneira - Matteo completou me fazendo parar de colocar a mão na cintura e jogar a cabeça para o lado como um cachorro. Ele está certo de que esse era o único caminho.

-Deixe-nos em paz - Lorenzo falou pela primeira vez desde que entramos nesta sala. Todos saíram me dando um último olhar, o último saiu foi a Valentina que me deu um sorriso enorme. Eu franzi a testa e apertei minha boca em linha reta sentado imediatamente com os pés sobre a mesa. Lorenzo

se levantou e foi até o frigobar que fica nos fundos do escritório servindo uísque minha boca chegou a salivar.

-Você aceita? — perguntou levantando o copo. Rapidamente acenei positivamente. Quando vi que ele colocaria o uísque no copo revirei os olhos e rapidamente me levantei indo até ele tirando a garrafa da mão e voltando para sentar bebendo o líquido âmbar direto da garrafa. Lorenzo levantou as duas sobrancelhas grossas e muito bem-feitas para mim. Voltei para colocar os pés na mesa vendo o Deus grego sentar-se à minha frente bebendo sua bebida na maior calma do mundo.

-Então? Convença-me -Eu disse dando mais um grande gole da minha bebida favorita no mundo... Eu simplesmente amo uísque.

-Não estamos te chamando por desespero. Como você sabe que estamos em guerra, todo mundo sabe da sua fama que nunca erra e eu sei que você realmente não erra, eu sei que você é muito habilidoso e me mostrou isso duas vezes. Eu não quero que você trabalhe conosco para tomar decisões comigo e meus primos, tenho certeza de que você será de grande ajuda para nós. -Ele falou com calma me analisando. Lorenzo sentou-se à mesa, mas por minha supervisão deixei cair um pouco de bebida em sua camisa.

Eu disse pegando a garrafa quando ela caiu na mesa. -Tudo bem - falou Lorenzo levantando-se e tirando a camisa. Foder! Perdi tudo... As tatuagens contrastavam com meus olhos azuis e cabelos pretos como a noite. Assim que a camisa saiu completamente do corpo dele tive que fazer um minuto de silêncio em homenagem à minha sanidade mental que morreu. Sua calça jeans estava abaixo do quadril com a calcinha CK aparecendo, ele não estava fazendo isso de propósito sua camisa estava molhada desde que eu larguei bebida nela. Ele nem estava prestando atenção em mim babando por ele.

-Então? O que você diz? -Perguntou ainda de costas tirando uma blusa nova em seu miniarmário.

Virei as costas para ele na cadeira giratória para poder pensar melhor, já que é impossível pensar olhando para aquela beleza sem camisa, e pensei nos prós e contras e fiz uma lista na minha cabeça.

Prós: Dinheiro... Mais o quê? Acho que é isso.

Contra: Podem me matar, já que minha cabeça está no mercado. Fiz muitos inimigos ao longo dos anos, muita gente querendo me matar por aí e nunca fiz questão de esconder meu rosto. Vem pensar nisso, tem mais profissionais a família Ricci é a família mais fluente do mundo tanto para o mundo lícito quanto para o ilícito então automaticamente com eles ao meu lado eu estarei protegido. Não que eu não possa me proteger porque posso, mas nada melhor do que colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente.

Falei me virando de costas virando a garrafa na boca dele vendo que ele já tinha colocado outra camisa.

-O que te fez aceitar? -Ele perguntou, mas eu vi que ele não estava tão interessado.

Falei revirando os olhos. -Mas há uma condição - eu disse levantei o dedo cruzando os braços.

Ele cruzou os braços também. Delicioso!

-Já que vou ter que ficar aqui até que nosso trabalho termine -Dei uma pausa vendo seu questionamento nos meus olhos -Vou ter que trazer meu filho -Assim que a frase saiu da minha boca, a arte de Van Gogh na minha frente se engasgou com a própria tosse descontroladamente. Dei a volta à mesa. -Reúna-se homem - eu disse batendo em suas encostas. Aos poucos, foi se recompondo.

-Você tem um filho? -Perguntou assustado.

Respondi sorrindo bobo lembrando do meu bebê.

Certo -ele massageou suas têmporas ainda desacreditando -Pode trazer seu filho aqui -Disse finalmente e eu dei um sorriso.

-Quantos seguranças você quer que eu vá com você?

-Lorenzo perguntando andando pelos corredores da mansão comigo ao seu alcance.

Simplifiquei fazendo com que parasse no meio do corredor e me virasse com uma sobrancelha arqueada.

-Você não pode sair por aí sem proteção -Ele disse me fazendo revirar os olhos.

-Eu sou minha própria proteção -Falei finalmente passando ele pelas escadas com ele logo atrás de mim bufando.

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