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PROLOGO

PRÓLOGO

CARIOCA NARRANDO

Eu olho para essa cela imunda que eu estou junto de HY e Tenório, para muitos isso aqui é o fim do mundo mas para mim, isso é passageiro.

Eu nunca fui preso na minha vida e olha que já são dez anos comandando o morro da Maré na maior responsabilidade, minha identidade nunca tinha vazado porque os moradores já imagina, que se vazarem a minha identidade o negocio ia ferrar para o lado deles, eu não estava nem ai se eles tinha medo de mim, eu queria isso ser temido e respeitado ao mesmo tempo e quando eu voltar para o morro da Maré as coisas vão ficar ainda mais rígida por lá.

— Banho de sol – um carcereiro passa batendo com o cassete pelas grades e abrindo elas.

A gente se levanta e sai em fila indiana, é nessas horas que eu lembro o que o meu pai sempre me disse.

‘’ Escuta seu velho pai Carioca, se um dia você cair na gaiola você vai dar ainda mais valor a tua liberdade e ao teu morro, porque o único que você vai ter liberdade é dentro da Maré, porque fora da Maré, você sempre vai ser marcado.’’

E ele tinha razão, eu só me sentia livre e com gosto de liberdade dentro do morro, fora dele eu era que nem um cão com coleira.

— Esperem – a fila para.

— O que será que aconteceu? – Tenorio pergunta

— E as mulheres estão indo para ala feminina – Hy fala.

— É aqui perto? – eu pergunto

— Sim – ele fala

Os homens começam a falar um monte de merda para aquelas mulheres que passam bem perto de nós bem dizer ao nosso lado, e é quando eu vejo de longe a garota que eu vi quando cheguei na penitenciaria, a mesma que me avisou da morte da Jessica na operação comandada por aquele filho da puta do Antonio.

Flash black onn

Eu já tinha chegado na penitenciaria e tinha passado pela revista, estava esperando pelos guardas que iriam me levar lá para dentro, já tinha colocado o uniforme e estava sentaod em uma cadeira dura cheio de policial em minha volta, aguardando para assinar uns malditos papeis.

Na minha frente tinha uma garota que parecia ser detenta, ela não tirava os olhos de mim e eu a encarava estreitando os olhos.

— Os papeis estão prontos – ela fala

— Anda – o policial fala me pegando

— Calma ai – eu olho – eu sei andar sozinho ainda.

— Ainda – o policial fala

— É uma ameaça? – eu pergunto sorrindo – não deveria me ameaçar sabe o destino que o seu amigo teve.

— Cala boca seu filho da puta e assina o papel de uma vez – ele me empurra contra a bancada.

A garota coloca os papeis na minha frente e me entrega a caneta, lentamente ela aponta para um recado que tinha no começo dele e eu olho rapidamente.

‘’ A Jéssica está morta, um agente mandou avisar.’’

Eu olho para garota e olho para o papel, minhas mãos tremiam na hora de assinar o papel e quase nem tenho ação, até que sou lembraod pelo policial para assinar logo.

Flash black off

Ela passa no meu lado e eu seguro o seu braço, os nossos olhares se encontram e ela me olha.

— Me solta – ela fala firme

— Quem é você? – eu pergunto – e como sabia que a Jessica morreu?

— Larga a garota cara – uma mulher atrás fala – o carcereiro.

Eu a largo e ela me dar a ultima encarada, a fila volta a caminhar e eu olho para trás e ela me olha também.

— O que foi isso Carioca? – Hy pergunta

— Preciso chegar naquela garota durante a madrugada – eu falo – arruma isso para mim.

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