Colin Monaghan
- Bom dia, meu amor.
Olhei para meu noivo, Colin Monaghan. Usava terno e a camisa branca por baixo estava com os primeiros botões abertos, mostrando parte do seu peito nu. Os cabelos estavam levemente despenteados, uma mecha caindo sobre a testa.
Colin era um homem bonito, inteligente e sexy. Moreno, não muito mais alto do que eu, pele clara, cabelos não muito curtos, que ele mantinha sempre bem penteados. Devido à malhação diária, tinha um belo corpo, especialmente o tórax, bíceps e abdômen, extremamente definidos. Os olhos eram âmbar e tinham um formato estreito e sedutor, finalizados com sobrancelhas grossas e escuras e cílios longos. Ele tinha um nariz bonito, que combinava com o rosto quadrado e os lábios finos. Era um homem que fazia questão de estar sempre bem barbeado.
- Ah, Colin... Oi.
- Você... Está tudo bem? Aconteceu algo? – A expressão dele pareceu de preocupação.
Respirei fundo e tentei dissipar os pensamentos que tentavam dominar minha mente e o abracei com força:
- Tudo bem, meu amor.
- Você pareceu... Decepcionada quando me viu.
- Eu? Não, claro que não. Impressão sua – Procurei Min-ji com o olhar, mas ela não estava mais ali.
Senti a respiração dele ir relaxando aos poucos e deixar de ficar ofegante.
- Tudo bem, Colin? São seis da manhã e vamos nos casar em poucas horas. O que... – me afastei dele e olhei em seus olhos, confusa – O que você faz aqui?
- Eu... Eu... Precisava vê-la... Só isso. – Deu um meio sorriso.
- Passou alguma dúvida sobre o casamento nesta cabecinha? – Toquei seus cabelos, arrumando a mecha que caía sobre a testa.
Colin pegou minhas mãos e encarou-me seriamente:
- Eu nunca tive dúvidas. Amo você e jamais deixarei de amar. E eu tive certeza de que você era a mulher da minha vida assim que botei os olhos em você pela primeira vez.
Colin, Colin... Eu poderia lhe dizer isso se fosse horas atrás. A questão é que você não imagina o quanto eu estou confusa desde que um par de olhos verdes claros passaram pela minha vida. Se eu amo você? Por Deus, juro que jamais questionei isso e achei que eu era a pessoa mais decidida e feliz com minhas escolhas. Mas agora, há dúvidas... Não com relação ao que eu vou fazer, mas sim sobre sentimentos. Eu o amo de verdade? Se realmente sentisse isso da forma como imaginei, me interessaria por um completo desconhecido que vi por alguns instantes? Eu seria capaz de deixar de gostar de você algum dia, mesmo jurando perante o padre que será eterno? Há eternidade com relação a sentimentos?
- Ei, você não tem dúvidas, não é mesmo? – Ele pegou meu queixo, fazendo-me encará-lo.
Aquele gesto fez eu sentir os dedos do cantor do bar de beira de estrada e quando meus olhos fitaram os de meu noivo, foi o par de esmeraldas brilhantes que vi no lugar do âmbar, preocupado e ansioso com a resposta.
Mesmo tendo tomado um longo banho, eu ainda sentia o toque da pele do desconhecido na minha, como se tivesse me impregnado com seu perfume e tomado conta da minha mente de forma que jamais eu conseguiria apagar. E eu não estava mais sob efeito da tequila.
- Dúvidas? Não... Claro que não. Planejamos nosso grande dia por quatro longos anos.
- Não vejo a hora de ficarmos sozinhos... Sem nada nem ninguém entre nós.
- Espero que tenhamos uma linda lua de mel, Colin. E que sejamos felizes com nossa escolha.
- Seremos, meu amor.
- Eu só não entendo o que o fez vir aqui esta hora... Você nunca me surpreendeu desta forma.
- Eu só precisava deixar claro que o que sinto por você é verdadeiro, Sabrina.
- Nunca duvidei disto, Colin.
Sim, eu confiava no meu noivo. E exatamente por isso não o traí naquela noite. Por mais interessada que eu tenha ficado em Charles, fidelidade era uma palavra que tinha um peso enorme para mim. Sentia-me culpada só de pensar no desconhecido na presença de Colin.
Ele alisou meu rosto e me deu um beijo. Foi doce e gentil, como sempre. E eu precisava me livrar dos pensamentos impuros e desejos que estavam a povoar minha mente. Pensamentos estes que eram com outro homem e não com meu noivo.
Segundo Min-ji, estávamos sozinhos. Peguei a mão dele, que estava sobre a minha cintura e a desci até minhas nádegas, exigindo que ele a apertasse.
- Sentiu minha falta esta noite ou alguma prostituta me substituiu? – Perguntei enquanto mordia o lábio dele, sentindo o desejo tomar conta do meu corpo.
Colin me encarou, confuso com a pergunta. O puxei para mais perto e apertei sua bunda, colando meu sexo ao dele.
- Eu... Não entendi...
- Não se faça de bobo, Colin! – Mordi novamente seu lábio inferior, trilhando beijos na sua face, descendo pelo pescoço, com gosto salgado de suor.
- Prostituta? Do que você está falando?
- Era só uma brincadeira, Colin.
- Brincadeira de mau gosto.
Suspirei, revirando os olhos. Ainda estava com o corpo junto do dele. Certamente havia vindo direto da noite da despedida e eu não tinha dúvida de que haviam mulheres, assim como houveram homens presentes na minha, embora não convidados e que tivéssemos saído completamente do planejado. Não tenho certeza se eu tinha ciúme de Colin, pois ele nunca deu motivos para isso. Também não sei se seria capaz de perdoá-lo caso ele tivesse dormido com outra mulher, visto que eu não deixava a desejar na questão do sexo, na maioria das vezes sendo mais viciada do que ele.
Puxei ele pela mão, indo em direção à escada.
- Onde vamos? – Ele perguntou.
- Aproveitar nossos últimos momentos de solteirice, Colin Monaghan.
- Como assim?
Comecei a rir e subi, trazendo-o junto de mim, confuso e curioso. Quando chegamos no corredor dos dormitórios, o empurrei sobre a porta do meu quarto, ainda fechada.
Comecei a abrir os botões da camisa dele, vagarosamente.
- Sabrina... Você quer... Agora?
- Eu quero! Eu exijo! Você precisa apagar meu fogo, futuro marido. – Sorri, passando o dedo sedutoramente no seu peito nu, descendo até alcançar o botão da calça, que abri.
Ele olhou para os lados, preocupado:
- Aqui não... – Tentou abrir a porta, que eu não permiti.
- Não tem ninguém em casa além dos empregados. Papai viajando, mamãe no day spa... Nem tenho certeza se Mariane voltou da noitada.
- Mas... Logo você tem compromisso... E vamos nos casar em seguida... E tem a lua de mel à noite e...
Me afastei um pouco e olhei nos seus olhos:
- Está dizendo que não quer fazer sexo comigo, Colin?
- Não, meu amor... Eu não disse isso... Sempre estou preparado para fazer sexo com você.
- A pergunta não foi se você estava preparado... E sim se você não queria.
- Quero, eu quero. – Ele pegou minha mão, colocando-a sobre seu pênis, que não deu sinal de vida, mesmo eu apertando.
O beijei, enfiando a língua dentro da boca dele, sendo correspondida e descendo a mão por dentro da calça, alcançando seu pau ainda no meio termo: nem mole nem duro. Eu estava dando o meu melhor... Eu precisava de sexo, naquele momento.