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Colin Monaghan (II)

Pensei em fazer algo diferente, que pudesse deixá-lo mais excitado. Puxei-o pela mão novamente, seguindo até o final do corredor. Abri a porta do quarto dos meus pais e corri para a cama gigantesca, me jogando sobre ela.

- O que... Você está fazendo? – ele arqueou a sobrancelha – Este é o quarto dos seus pais.

- Exatamente... – abri as pernas e o chamei com meu dedo indicador – Quero fazer sexo na cama dos meus pais, futuro marido.

Ele riu:

- Isso é brincadeira, não é mesmo? – olhou para os lados, procurando algo que eu não identifiquei o que era – É um teste do seu pai?

- Relaxa, Colin. Papai não voltou de viagem. Se preferir, tranco a porta, assim ficamos mais a vontade.

- Você só pode estar louca, Sabrina!

- Colin, se não fizermos isso hoje nunca mais faremos. É nosso último dia de namorados, noivos ou seja lá o que podemos chamar isso. Vamos fazer um sexo diferente... E arriscado.

- Isso é... De uma infantilidade sem tamanho da sua parte.

Deitei a cabeça no centro da cama, olhando para o teto de onde pendia um lustre de cristal vindo de outro país, mandado ser confeccionado especialmente para o meu pai, sendo presente de um cantor nacionalmente reconhecido.

Se eu tinha desejo de transar com meu namorado na cama dos meus pais? Não tenho certeza. Só quis inovar e fazer algo diferente.

- Eu acabei de fazer dezoito anos. Sinto muito se não estou de acordo com o que você espera... Talvez devesse casar com uma mulher de verdade, mais madura. – Não olhei na cara dele, me sentindo ofendida e rejeitada.

- Meu amor... Eu não quis dizer isso. Só falei com relação à sua atitude. É o quarto onde dormem os seus pais. Se J.R decide voltar mais cedo da viagem e nos encontra fazendo sexo na cama dele?

Levantei e fui até a porta, trancando-a com duas voltas de chave. Retirei meu roupão e fiquei completamente nua:

- Sem desculpas... Uma porta trancada e uma mulher nua. – Sorri, satisfeita.

- E se ele bater na porta? Saberá que tem alguém do lado de dentro.

- E se ele bater e souber que estamos aqui e nem se importar? Você sabe que meu pai ama você... Mais do que eu, inclusive.

Ele me encarou:

- Como assim?

- Eu quis dizer que sendo “com você”, estou autorizada a fazer sexo em qualquer lugar que quisermos. Mas enfim... Você é adepto de uma cama e quatro paredes... Ok. Já estou sentindo que não vamos inaugurar a mesa de madeira nobre, nem mesmo os mármores dos balcões da cozinha...

- Transar na cozinha é... Nojento! Sem contar que é uma completa falta de higiene.

Ok, dá pra voltar no tempo e apagar o fogo com o cantor de voz de anjo e olhar de demônio? Ele iria transar comigo no banheiro do bar... Ou acho que qualquer lugar que desse para fazer.

Por que Colin tinha que ser tão certinho e centrado?

Ele veio na minha direção e tocou meus seios, enquanto analisava meu corpo nu:

- Você é tão linda, Sabrina!

- Obrigada... – Consegui abrir outro botão da camisa dele.

- Perfeita... A mulher perfeita para mim.

- Eu não quero ser perfeita, Colin. Eu quero ser o que você precisa... E o que quer.

- Eu quero você... – A mão dele deslizou pela minha barriga, chegando a minha intimidade latejante.

- Tudo bem... A gente fazer aqui? – Perguntei, abrindo ainda mais as pernas.

- Sim... Tudo bem. – Ele concordou.

- Então me pegue no colo... E leve-me até a cama.

- Mas... Eu já vou fazer isso à noite. Você já deve imaginar isso, não é mesmo?

Afastei-o um pouco e disse:

- Colin, se você não quer transar, tudo bem.

- Eu quero...

Senti meu fogo se apagar instantaneamente, como se um balde de água fria tivesse sido jogado sobre mim. Ele ajoelhou-se e abriu meus grandes lábios com os dedos, desajeitadamente e começou a lamber-me. Me senti incomodada com o gesto mecânico e disse:

- Eu... Estou um pouco desconfortável com isso, Colin.

- Mas... Você gosta disso... Sempre gostou.

Sim, sempre gostei. Mas achei que “você também gostasse”. Me parecia agora que fez por obrigação, por saber que me deixava satisfeita e fazia-me gozar mais rápido.

- Vamos deixar para a noite de núpcias... – Dei um sorriso sem graça.

- Jura? – ele levantou – Tudo bem para você?

Não... Não está tudo bem, Colin. Fui até a cama e pus-me de quatro, de costas para ele, que ficou sem ação, me encarando.

- Não está tudo bem... Quero você agora...

Ele veio na minha direção imediatamente e passeou as mãos nas minhas nádegas. Abaixou a calça, junto da cueca e percebi que ficou duro imediatamente. Sorri, feliz por ter deixado meu futuro marido excitado. Afinal, ele era muito jovem para não ficar de pau duro para mim e negar sexo porque não era a “hora certa” ou por certos pudores sem sentido.

Senti seu pau na minha entrada e já fiquei molhada novamente. Ele tocou meus seios de forma leve. Olhei na sua direção, percebendo que ele estava sim com vontade de fazer sexo ali, naquele momento, daquela forma, mesmo indo contra tudo que ele realmente gostava, que era o tradicional.

- Vamos, Colin... Eu quero você...

- Eu... Não tenho preservativo, meu amor. Você tem no seu quarto?

- Não, eu não tenho. Nem tenho certeza se há na bolsa. Creio que tenhamos usado na última vez que saímos.

- Que raiva! Vamos ter que parar por aqui.

- Colin, nós vamos casar dentro de horas. Fizemos exames, conforme decidimos por vontade própria e sabemos que ambos não temos doenças sexualmente transmissíveis. Você foi o primeiro e único homem com quem transei na vida. E eu não me importo... Porque creio que não vamos usar preservativo todas as vezes... Depois do casamento... Estou certa?

- Meu amor, você não toma anticoncepcional.

- Colin, eu não reajo bem aos hormônios e você sabe disso.

- Tem a questão da gravidez.

- Vai ser... Só uma vez... Você pode gozar fora.

- A questão é que somos jovens para ter filhos e...

E empurrei com força e sai da cama, indo pegar minha vestimenta.

- Meu amor, não se sinta ofendida... Eu não quis, juro.

- Esquece, Colin. Está tudo bem. – Abri a porta e saí.

Colin veio atrás de mim. Abri a porta do meu quarto e antes que ele entrasse, pus meu corpo na frente dele:

- Vá para casa, Colin. Tome um banho, tire o cheiro e o gosto de suor do seu corpo e durma. Se você não funcionar à noite, eu juro que devolvo você para sua família – levantei o dedo na sua direção e alterei a voz – Eu não vou fazer sexo o resto da vida usando uma borracha de látex porque você tem medo de eu engravidar. E se eu engravidar e formos jovens, azar... Decidimos casar sabendo que eu tinha dezoito anos e você vinte e três. Se eu quero ter um filho? Não, eu não quero. Mas também não vou morrer sem experimentar sexo sem camisinha ou passar a vida transando numa cama, entre quatro paredes, porque você tem medo de se aventurar e fazer algo diferente.

Sai e bati a porta com força, andando pelo corredor nua, até meu quarto. Tranquei a porta, para não correr o risco de ele vir pedir desculpas.

Fui para o closet, que era um espaço gigantesco, quase do tamanho do meu dormitório. De lá eu não conseguiria sequer ouvir a voz de Colin, caso ele viesse atrás de mim.

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