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##### capítulo 2

Bongavielle, é uma cidade pequena, possui uma atmosfera peculiar, mas era fácil ganhar a vida,

o dinheiro que tenho nessa única conta minha ativa vai dar para sobreviver até que eu me recupere. Eles bloquearam as minhas contas principais, se apoderaram rde tudo o que me pertencia, até mesmo da minha vida.

houveram bons momentos, que eu julgava que era a felicidade para mim até que os meus olhos abriram e o meu coração começou a pedir por mais, e decidi abdicar do poder e cause perder a minha vida para buscar um propósito.

Me estabelecer não fora nada difícil, entre as sacolas que o príncipe charme deu ontem colocara uma quantia de dinheiro usei para pagar um apartamento condigno e seguro. a noite passada fora tão difícil para mim pegar no sono, ainda estou afectada com tudo. a unica coisa que parece estar a sarrar é a minha ferida na perna.

Decido caminhar pelas ruas na busca de pão para o meu café, e alguns vegetais para o meu almoço. sou parada por um anúncio que me chama atenção pela quantia de dinheiro envolvida, uma vaga para ser garçonete em um casino.

Então arranquei o Anúncio, guardei no meu bolso da calça que o príncipe charme comprou para mim. Entro na padaria, o ambiente é mais acolhedor. O sino da porta tilinta suavemente quando entro. O cheiro de pão recém-saído do forno é reconfortante. As paredes caiadas de branco refletem a luz suave que entra pelas janelas. Conversas sussurradas entre os clientes criam uma sensação de intimidade. Às vezes, um riso ou um suspiro escapa, como se as paredes guardassem segredos.

Passo do mercado, há um frenesi constante. Conversas animadas se misturam ao barulho de carrinhos sendo empurrados e caixas sendo abertas. O aroma de frutas frescas e especiarias flutua no ar, criando uma sinfonia sensorial. Os vendedores gritam ofertas, competindo pela atenção dos clientes. É um lugar de movimento, cores e vida. Levo vegetais e algumas frutas.

Volto para o meu modesto apartamento em Floranopéles, e a sensação de tranquilidade me envolve. A sala é pequena, mas aconchegante. A luz do dia entra pelas cortinas, criando padrões suaves no chão de madeira. O sofá de veludo desgastado é meu refúgio, e as almofadas coloridas trazem um toque de alegria. A janela aberta deixa entrar uma brisa fresca, e o som da rua chega até mim: risadas distantes, o tilintar de talheres em um café próximo e o ocasional buzinar de um carro.

Sirvo o pão quentinho e o chocolate quente, saboreando cada mordida, um bálsamo para a alma. A simplicidade desse momento me acalma. Os detalhes do anúncio estão impressos em minha mente: os requisitos, as expectativas. Decido que é um bom lugar para começar, uma oportunidade de encontrar paz e propósito.

Anseio por esta paz, uma vida serena, onde as preocupações se dissolvem. Por isso, abandonei tudo, em busca da minha paz interior.

Decido me arrumar para a entrevista, visto uma roupa discreta como gosto, mas que realça minhas curvas. As calças pretas abraçam minhas pernas, e a blusa castanha parece ter sido feita sob medida.

Saio e percebo que o tempo mudou desde a manhã. Felizmente, trouxe um casaco, e a brisa agora é mais cortante. Com a ajuda do Google Maps, localizo o cassino, cuja fachada brilha como uma promessa de sorte.

Ao entrar, sou deslumbrada pela decoração extravagante. As luzes cintilantes dançam nos tapetes luxuosos, e o som das máquinas de caça-níqueis cria uma sinfonia eletrizante. É como se o próprio ar estivesse carregado de possibilidades, e meu coração bate mais rápido

E curiosamente fico a saber que somos apenas duas candidatas, vejo a outra moça alta de pele caucasiana muito jovem, parece nervosa.

"Então como são apenas duas vou entrevista-las em simultâneo ". Disse um senhor vestido de um fato brilhante da cor de ouro. "Sigam me por este corredor". Disse ele e seguimos. Nos conduz por um corredor estreito, cujas paredes parecem absorver os murmúrios da sorte e do risco. A luz suave que emana das luminárias cria sombras dançantes no chão de mármore. Atravessamos uma porta pesada, e o ambiente se transforma.

Estamos dentro do próprio coração do cassino. As máquinas de caça-níqueis piscam e tocam melodias eletrônicas, como sereias sedutoras. Mesas de pôquer e roleta estão dispostas em um salão amplo, onde jogadores sérios e aventureiros casuais se misturam. O ar é impregnado com o aroma de cigarros e perfumes caros.

Volto a ver novamente o anúncio alguma coisa eu deixei de lado para não haver tantos concorrentes. E lá está, ocupa todo o dia, praticamente é como se a pessoa passasse a residir no casino.

"Vamos começar", diz ele, sua voz suave e autoritária. "Este cargo exige dedicação total. Quem quer que o ocupe deve estar disposto a mergulhar de cabeça neste mundo de apostas e intrigas. Vocês estão prontas?"

Eu assinto, meu coração acelerando. A outra candidata também parece determinada.

"Aneth o que a motiva trabalha aqui?" Ele pergunta-me fiquei um bom tempo em silêncio porque não lembrava do nome que usei para a candidatura.

"Bem, é um dos melhores da cidade, e acredito que irei aprender muito". Digo e ele me olha como se estivesse me inspecionando.

"Já alguma vez trabalhou num bar ou casino?" Perguntou novamente.

"Sim, e eu estou preparada para qualquer tipo de desafio, sei muito bem que nem todos ps clientes gostam de um certo de atenção enquanto que uns preferem grudar mais". Respondo e vejo ele a ficar animado.

E depois olhou para a moça ao meu lado que tremia feito uma criança, acredito que deve ser a primeira vez e deve estar aflita para arrumar um emprego.

"Muito bem, Aneth irá trabalhar na área, vip, a Zulmira vai te mostrar como tudo funciona, e você lindinha, no balcão". Disse ele e vejo uma mulher muito sensual a aproximar.

"Aneth venha comigo ". Diz ela, e lhe sigo. Entramos por um corredor onde as lâmpadas foram programadas para acender com a presença da pessoa, entramos no elevador.

"Eu não sei o que Robert viu em você para lhe mandar para a área vip, geralmente é para pessoas que sabem lidar com trabalho braçal" comenta ela olhando para mim de cima para baixo.

"E eu estou acostumada a trabalho braçal". Lhe respondo e vejo ela a amarrar o rosto.

Nesse andar era tudo tão sofisticado, o papel de parede assim como a alcatifa era de veludo um vermelho que ativava os sentidos.

Ela mostrou-me o bar, explicou-me que apartir das 4h da tarde ele deve estar pronto para abrir, e depois levou-me para o hall onde os clientes vip tinham acesso ao prazer, e depois a sala de jogo.

Explicou também que a regra é que o cliente é quem tem prioridade, os nossos desejos e sentimentos terminam no elevador nós apenas servimos ao nosso cliente.

E depois apresentou-me o uniforme, fiquei aliviada quando mostrou-me o meu uniforme pensei que seria langerie com a das outras moças, mas é basicamente um conjunto de calça e blusa preta, ambos em couro.

"Numa primeira fase ficas no balcão, caso o cliente achar que deseja ser servido por você ai te liberamos". Ela explica-me.

"Certo entendi tudo". Eu respondo.

"Começa amanhã não atrase". Ela diz e confirmo.

O tempo realmente havia mudado quando saí do cassino. As nuvens, antes dispersas, agora se agrupavam ameaçadoramente no céu. O vento soprava com uma intensidade que fazia as folhas das árvores dançarem em uma coreografia frenética. As pessoas apressadas na rua, com casacos apertados e cachecóis, buscavam abrigo contra o frio cortante.

Olho para os lados para ter a certeza que não estou sendo seguida, ainda há um medo enorme dentro de mim, não sou cristã muito menos religiosa, mas esses ultimos dias fui obrigada a orar para que ninguém descubra minha nova localização

Minhas mãos tremiam enquanto eu caminhava. A adrenalina da entrevista ainda pulsava em minhas veias, mas agora era substituída por uma sensação de vulnerabilidade. Eu não era mais a mesma pessoa que havia entrado no cassino horas atrás. Agora, eu carregava a responsabilidade de um novo emprego, uma nova identidade.

Meu apartamento ficava a apenas duas ruas dali. Ao chegar, a chave girou na fechadura com um som reconfortante. Aquele pequeno espaço era meu refúgio, meu esconderijo. Aqueci água para o chá, sentindo o vapor acolhedor envolver meu rosto. O aroma das ervas me trouxe um alívio momentâneo.

Sentei-me no pequeno sofá, e o cansaço se abateu sobre mim. Fechei os olhos, e o sono me envolveu como um cobertor.

"Cíntia, achou que eu não fosse te encontrar?", disse Gabro com sua voz áspera. Senti o ar gelado da noite e vi seus olhos escuros fixos em mim. Ele se aproximou, seu corpo imponente quase me sufocando. Suas mãos, fortes e cruéis, envolveram meu pescoço, apertando, cortando minha respiração. Tentei implorar por clemência, mas ele me ignorou, como se eu fosse apenas um inseto insignificante.

E então, como um raio, percebi que era um sonho. Meu pescoço não estava sendo esmagado por mãos cruéis; estava apenas torcido por causa da posição inadequada em que dormi. Levantei-me, desliguei a chaleira que fervia o chá há muito tempo, e respirei aliviada. O pesadelo havia passado, mas a sensação de opressão ainda me acompanhava. O mundo real era estranho e confuso, mas pelo menos eu estava viva.

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