Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ ⁰²
"Viver não é esperar a tempestade passar. É aprender a dançar na chuva."
─━━━━━━ • 言 • ━━━━━━─
11:00 AM | sexta-feira
— Bom dia! Jessie. — levantei o olhar para encarar meu patrão que não está com uma fisionomia muito boa — ... Por favor, compareça à minha sala.
Concordei e devagar saio da minha mesa bem estreita que após dois anos trabalhando aqui consegui pegar o jeito de passar com minha cadeira de rodas sem machucar minhas mãos.
Assim que saí da minha zona de conforto notei que o sumiço do infeliz. Sem ter muito o que fazer com relação à sua falta de empatia visto que estamos em total privacidade e poderia ter falado comigo aqui mesmo, porque nesse lado da cobertura só tem a sala de reuniões...
Respirei profundamente e decidi seguir logo até sua sala para saber o que esse idiota quer! Ao entrar notei sua inquietação, andava de um lado ao outro com os punhos fechados diante do corpo.
— Sim, senhor Diego em que posso ajudar? — Usei meu tom mais passivo, mas se pudesse mandava tomar no meio da bunda velha dele.
— Acabei de ser demitido! — a informação gelou minha espinha — Venho lhe comunicar que infelizmente era o único que a mantinha aqui por conta da vaga de deficiente físico.
— ... Isso significa? — Questionei temerosa.
— Pelas regras do novo dono você será a próxima, então aconselho que limpe sua mesa e comece a se adiantar, pois, seu trabalho se encontra no fio da navalha. — Respirei fundo contendo minha vontade de chorar.
— Obrigada por me avisar... — estava saindo de ré quando tornou a falar.
— O desgraçado olho puxado é um filho da puta, me demitiu por telefone nem esperou para chutar minha bunda na segunda com os demais. — bradou me assustando — Jessie esse chinês pé no saco se acha o dono do universo fez questão dele mesmo ligar para me desligar das minhas funções... ACREDITA NISSO! — Gritou socando a mesa.
Seu jeito explosivo estava realmente me assustando, a fim de sair daqui tornei a girar as rodas da minha cadeira de modo a chorar em paz na minha mesa minúscula já que só tenho meu namorado que mora com o pai deixando muito claro que se não arrumar um novo emprego rápido terei que voltar para minha cidade.
— Mesmo sendo cadeirante tenho que confessar, é uma excelente funcionária e farei uma carta de recomendação para tentar lhe ajudar embora... creio ser difícil para você arrumar outro emprego.
— Obrigada, senhor, algo mais? — negou com a cabeça, e saí dali o mais rápido que consegui — Que droga! O que farei agora?
Decidida a não trabalhar mais comecei limpando minha mesa e guardei os meus pertences para que na segunda os leve para casa visto que não tenho muita coisa. Ao finalizar peguei meu celular que nem ao menos terminei de pagar e mandei uma mensagem para o Den avisando do ocorrido.
" Fui demitida! ... Comprarei um vinho para relaxar vem dormir comigo hoje... preciso de você! "
Aguardei a resposta que não veio, decidi matar o tempo e olhei alguns endereços eletrônicos e lá estava a bomba.
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CAIXA DE ENTRADA.
Ramalcomunicativo @tecno...
De: tecnomundial@empresa.com
Para: jessiebatts@empresa.com
Data: 22 de abril de 2022 / 10:00 AM
?Criptografia padrão (TLS). Ver detalhes de segurança...
Venho através desse correio eletrônico fazer um comunicado importante a todos os funcionários que no dia 25 de abril (próxima segunda-feira) o novo Diretor-executivo da TECMUNDIAL fará uma reunião presencial para conhecerem o novo CEO e ficarem cientes das novas diretrizes da empresa.
Se você recebeu esse e-mail à sua presença é de extrema importância!
Horário (08:00) AM.
Tenham um ótimo dia de trabalho!
Atenciosamente.: Ricardo - Diretoria geral...
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Aí não teve jeito, chorei feito uma menina de 11 anos.
— O que farei agora! Conseguir emprego na minha profissão já é extremamente difícil, imagina sendo negra e cadeirante! — Estressada limpei minha caixa de e-mail e decidi finalizar meu dia, embora saiba que dado as circunstâncias, serei demitida.
Peguei todas as coisas que levaria somente na segunda e as joguei na bolsa, verifiquei mais uma vez o telefone e nenhuma mensagem chegou.
— O plantão deve estar lotado já que nem se deu ao trabalho de me responder. — olhando em volta percebi que ainda era bem cedo — Não quero saber mais de nada, vou embora!
Peguei minha bolsa joguei sobre o colo e com cuidado saí do cubículo que pagava minhas contas que são muitas, na verdade, sem falar que mando dinheiro para minha avó, embora não peça mesmo assim ajudo como posso.
Próximo ao elevador dei de cara com Ricardo o Diretor-geral, um dos poucos que me ajudam nesse lugar.
— Vai aonde? — perguntou seriamente — Está tudo bem? Que carinha triste é essa, Jazz? — Se agachou para me olhar nos olhos.
Respirei fundo contendo minha vontade de chorar e senti minha cadeira ganhar velocidade. Permiti o choro me tomar de tal forma que meu nariz estava escorrendo.
— Calma Jazz o que aconteceu? Por favor, conversa comigo. — Notei estar na sua sala e um copo com água parou na minha frente.
— Serei demitida! O Sr. Diego me informou agora há pouco. — Peguei meu lenço para conter meu nariz.
" Nariz filho da puta! "
— ... Sinto muito. Não posso comentar muita coisa, porém se recebeu o e-mail tem uma chance Jessie se acalma.
— Sou sozinha, Ricardo, meu namorado ainda mora com o pai isso significa que terei que voltar para minha cidade. — tornei a me desesperar e lá está meu nariz chorando juntinho comigo — Amo Nova York não quero voltar para o Arizona.
— Será uma demissão em massa Jazz, venha segunda que farei de tudo para manter seu emprego, nem que você vire minha assistente. — incrédula olhei para ele — Como falei não posso dar muitos detalhes, mas peço que fique tranquila.
— Jura? — confirmou e o puxei para um abraço de gratidão e suponho que sujei de coriza sua camisa. Disfarcei enxugando meu nariz antes que ele perceba — Muito obrigada! Não posso ficar desempregada.
— Imagina, e se depender de mim não vai! Sabe que gosto do seu trabalho, você é muito eficiente e a única que cumpre horário aqui. Tenho certeza que o senhor Jae manterá seu emprego. — sorri parcialmente aliviada já que não é nada concreto — Agora me conta estava indo aonde?
— Vou para casa! Não tenho nada para fazer aqui meu chefe foi demitido! — Informei dos meus planos.
— Tudo bem, até segunda e tenta não surtar está me ouvindo? — concordei sendo empurrada para o elevador da diretoria e junto a ele, fui para o subsolo — Vai com cuidado! Matteo cuida bem dela para mim.
— Pode deixar Diretor! — Com rapidez me colocou no banco de trás.
— Sério Jazz não surta! — mais uma vez Ricardo exigiu com a cabeça quase para dentro da janela do carro — Até segunda.
— Não prometo nada, mas posso tentar não pirar — em um dos carros particulares da empresa respirei devagar —, até segunda Ricardo.
Nos despedimos e fomos direto para minha casa.
— Jazz! — encarei Matteo que me admira do retrovisor — O que está acontecendo?
— Acredito que serei demitida... não quero falar sobre isso ou meu nariz vai escorrer. — Informei.
— Tudo bem... — Voltou a focar somente nas ruas de Nova York.
Como moro perto do trabalho logo estávamos perto do prédio que além de ótimo é no centro, próximo à empresa e por ser cadeirante minha casa não tem paredes internas me dando livre mobilidade.
Com muito sacrifício comprei um grande estúdio em um prédio de oito andares e o meu é no terceiro. É tudo muito bem arejado; janelões de aço enferrujado, paredes de tijolos de alvenarias com revestimento e acabamento em ferro pintado de preto. Tudo é adaptado para minhas necessidades, então não passo muito sufoco.
— Tchau! Jazz bom fim de semana. — Me despedi e subi para meu lar doce lar.
Segui para o banheiro troquei rapidamente para a cadeira adequada de banho, peguei meu depilador, pois hoje nem que eu tenha que dar na cara do Den serei penetrada e com muita força!
" Preciso de um sexo bem gostoso, não aguento mais suas desculpas."
Realizei minha higiene deixei minha boceta lisinha para ele fazer o que pensa que sabe. — Mesmo que nunca tenha tido outro homem na cama sei que nem de longe meu namorado sabe chupar uma boceta com gosto.
Até pensei ter nojo, porém ele é assim com outras também sendo que fizemos ménage algumas vezes com uma amiga minha de faculdade que era louca para me chupar e tenho quase certeza que Den era doido para trepar com ela devido à iniciativa ter vindo dele.
Lembro como se fosse hoje dormíamos no mesmo quarto e em uma noite de bebedeira ela compartilhou comigo sua vontade de me arreganhar e passar a língua quente dela, no meio da minha boceta e eu ingênua comentei com Den que na semana seguinte já tinha armando tudo.
Enfim posso dizer que foi bom sendo que ela chupa melhor que ele, e dias depois me confidenciou que ele chupa mal, coisa que sei muito bem!
Aproveitei estar no banheiro subi minha perna para o apoio e coloquei meu chuveirinho no máximo disposta a começar o aquecimento dessa noite.
— Quero ser fodida e se não saciar a minha fome Nova York hoje terá um terremoto... — declarei ofegante sentindo o jato de água quente maltratar meu pequeno clitóris...