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Luiza narrando:
Eu mal tinha conseguido dormir, passei a noite chorando calada, às 9h da manhã os seguranças vieram nos buscar, dormíamos em um prédio que fica na frente da boate. A rua parecia ser só de prostituição, pois existiam mulheres ali desde a manhã.
- Fica comigo - Marta fala -, me ajuda nos quartos.
- Pode deixar.
Eu não havia visto Carla e nem o tal Marcos por aqui, mas tinha bastantes homens armados para tudo que era lado. A boate era grande, tinha vários quartos.
- Isso aqui enche a noite, existem clientes de diversos tipos.
- Velhos?
- Sim, Carla que escolhe a maioria dos nossos clientes e nos indicam para eles, ou seja, ela nos vende.
- Isso deve ser muita humilhação.
- Vai por mim Luiza, precisamos entrar na deles, senão fizermos isso não iremos durar muito.
Ajudo Marta a limpar os quartos que tinha ali, eram horríveis, lençóis sujos e banheiros fedidos.
- Eu já volto Luiza, vou pegar mais desinfetante.
- Tudo bem, vou esfregar o banheiro.
Estava muito quente, quente mesmo, eu estava suando demais, paro na frente da pia do banheiro e passo uma água no meu rosto.
- Pensei que o quarto já estava pronto - olho para trás vendo que Marcos estava ali.
- Está quase – ele me olha nos olhos.
- Luiza né? - Ele fala me olhando de cima a baixo e eu assinto com a cabeça - espero que tenha entendido as regras ontem na reunião com a Carla.
- Entendi sim.
- Vamos ver como você vai se sair hoje à noite, te vejo a noite - ele sai do quarto.
Eu não entendi o porquê ele veio até o quarto.
- Tudo bem Luiza? - Marta pergunta.
- Sim.
Limpamos a maioria dos quartos e depois subimos para o prédio e começamos a nos arrumar.
- Veste isso - Carla fala -, veste logo e capricha na maquiagem.
Eu pego da sua mão um cropped vermelho, uma meia e uma calcinha, começo a tirar a minha roupa e começo a vestir aquilo.
- Deixa que eu te ajudo - Marta fala.
- Obrigada.
- Sabe Luiza você deixou alguém muito interessado em você - Carla fala e eu apenas a olho - você sabe dançar?
- Sim.
- Você ficará dançando hoje então e se tiver propostas boas você vai trabalhar - assinto com a cabeça para ela.
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Luiza narrando:
Era a pior das piores humilhações, logo a boate foi enchendo, a maioria eram homens mais velhos. Eu estava dançando junto de Marta e de outras meninas, de longe consigo sentir os olhares de Marcos e de outro homem que Marta tinha dito que era Marcelino.
- Eles não tiram o olho de você - Marta fala.
- Aquele do lado é o namorado de Carla?
- É sim, evite ficar perto dele, pois se ela ver alguém de gracinha com ele, ela é capaz de matar - eu a encaro.
- Andem sorriam meninas, vocês são flores para esses homens.
O discurso de Carla era nojento, ela queria nos mostrar que fazer isso é a melhor coisa.
- Eu posso ir ao banheiro?
- Vai rápido - Marta fala.
Eu desço para ir ao banheiro e Carla me para.
- Vai aonde?
- Vou ao banheiro.
- Vai no final do corredor e faça a higiene, pois tenho um cliente para você, irá para o quarto 05 depois. - eu assinto com a cabeça.
- Cliente?
- Sim, cliente - ela fala grossa -, você acha que está aqui a passeio garota? - ela segura o meu braço e depois me larga - vai logo.
Vou até o banheiro e me olho no espelho, eu estava me sentindo uma puta, se meus pais pudessem me ver neste momento, teriam ódio de mim, desprezo, mas jamais orgulho. Teriam arrependimento de terem me colocado no mundo, eles jamais me perdoariam, na realidade nem eu estou me perdoando, eles eram contra tudo isso e eu não escutei eles.
Lavo o meu rosto e retoco a maquiagem para não parecer que eu estava chorando, saio do banheiro e procuro o quarto indicado pela Carla, bato na porta, mas ninguém fala nada, abro devagar vendo que ainda estava vazio.
Andava de um lado para o outro, eu não era mais virgem, porém nunca tratei sexo como negócio e sim como algo que me dava prazer. Agora eu precisava fazer isso em troca de ficar viva, em troca do bem estar dos meus pais, do tratamento da doença da minha mãe.
- Luiza - eu olho para a porta assim que escuto a voz.
- Você é o cliente?
- Tenho certeza que para o seu primeiro cliente a melhor coisa é que seja eu.
Agora eu tinha entendido o que o mesmo quis me dizer mais cedo, que ele queria me ver como eu iria me sair.
- Eu não tenho tanta certeza, acho que nenhum de vocês seria uma boa opção.
- Nossa a gatinha tá mostrando as garras, acho bom você guardar elas e fazer do jeito que eu mandar - eu arregalo os olhos para ele que se aproxima de mim.
Ele abre a calça e tira junto com a cueca, me pega pelos cabelos, me faz ajoelhar e chupar o seu pau, ele era enorme. Ele não falava nada apenas me observava, eu desço com a língua pelo seu pau e vou passando pelas suas bolas, o mesmo fecha os olhos e começa a forçar a minha boca no seu pau me fazendo engolir ele por inteiro, agarra meus cabelos me fazendo fazer movimentos de vai e vem com o seu pau na minha boca, até que ele goza dentro da minha boca e me faz engolir tudo.
- Boa menina - eu olho para ele com nojo, eu estava com vontade de vomitar, mas vomitar na sua cara e no seu pau -, tira a roupa e fica de quatro - ele fala me jogando com tudo na cama.