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Capítulo 8

Com isso o sonho acabou e eu acordei.

Quatro dias no hospital e não me lembrava de nada, exceto daquele sonho estúpido, mas o que isso significa? Poderia ter sido apenas um sonho?

Só o fato de estar em uma cama muito desconfortável e olhando para o teto branco. Muito bom eu diria.

Ele insistiu em me deixar ir, quatro dias podem ser suficientes, obrigado.

Ally me levou para casa e eu tirei minhas roupas sujas do hospital e as joguei na lavanderia.

Eu estava com uma calça jeans estreita na cintura que chegava até o quadril e uma blusa com muitas flores bordadas. Abaixei a cabeça, tirei um elástico do pulso e amarrei em um rabo de cavalo.

Enquanto Ally estava no sofá me esperando, desci e a encontrei exatamente onde a deixei.

—Como cheguei ao hospital? -

Ally me olhou confusa. —Tem certeza que ainda não está com febre? —Ele disse tocando minha testa. —...bom, ele era seu “namorado”, não lembra? -

Noiva?? Ele não está falando sobre… —… espere, o quê? -

Ally olhou para mim de forma engraçada. —Tem certeza que quer voltar para a escola? Você estava com febre alta, se demorar mais um dia acho que não vão te contar nada. -

“Acredite em mim, Ally, depois do que aconteceu”, pensei sobre meu quase suicídio. - Prefiro estar na escola, com você, enfim - ele me olhou com simpatia e caminhamos em direção à escola.

***

Nunca estive tão ansioso em toda a minha vida.

Aquele sonho, meu Deus, me pareceu tão real, os detalhes, lembro de todos perfeitamente.

Cinco, como diabos você sabia que ele estava doente? O sonho do lago não poderia ser realidade. Impossível. Mas se em vez disso... então…. ele corou.

Hannah entrou pela porta com suas três amigas. Eu bufei.

- Viva! Você está de volta... de novo. -

Não aguento mais.

— Obrigado pela sua preocupação, e sim, estou bem! -

— Fico muito feliz por você, aqui na escola estávamos todos preocupados. -

— Também viemos ver você — respondeu Lisa, outra amiga dela que estava atrás dela, me pergunto como ela consegue ser amiga dela, ela parece uma garota tão boa.

Hanna riu. — Ah sim, você disse coisas enquanto dormia, sabia?

Oh não. - Oh sim? -

- Sim, acho que você disse um certo nome...mhh mas não lembro quem -

Felizmente, talvez eu também tenha um pouco de sorte.

"De qualquer forma, você foi tão gentil", disse Lisa. Hannah o cutucou.

Antes de a campainha tocar, senti uma sensação de formigamento na nuca que eu conhecia bem e levantei a cabeça. Eu o vi no corredor. Oh Deus, o que ele estava fazendo aqui?

Eu o encontrei no corredor.

- Tenho que falar contigo. -

— Erm… está tudo bem — eu disse com um pouco de vergonha. Diga-me que este não é o meu "sonho".

Ele sorriu para mim. —Você parece muito melhor desde a última vez que te vi. -

- Obrigado. - eu rosnei.

Seu olhar permaneceu em mim por mais um momento. Olhei errado para ele, por que esse garoto é assim?

Ele me pegou pelo pulso e me levou para a biblioteca.

- Porque estamos aqui? - falei um pouco assustado.

— Porque nunca tem ninguém na biblioteca... você sabe como é, muitos livros — diante dessa afirmação revirei os olhos. —...E então eu tenho uma certa reputação para manter. —Tzé

. — Que grande reputação... —

—Então sobre o que você queria falar comigo? — Ele olhou para baixo e me lançou um olhar travesso. Um arrepio percorreu minha espinha.

Encontrei forças para falar. —Como você sabia que ele estava doente? -

Ele olhou para mim por um momento. - Você não lembra? —Ele me encarou intensamente. Olhei para... seus lábios. Grande erro. Optei pelo mapa da Europa por trás dele. Melhorar. - Eu diria que não. -

— Bom... deve ter sido a febre que te queimou naquela noite. - Essa tarde? Espere... eu olhei para ele. —Você me tocou? -

— Sim, eu toquei em você... e você não estava com muitas coisas. — O sorriso se alargou. —E sua camisola estava toda molhada. Eu nao me importava. Em absoluto. Senti o calor subir às minhas bochechas.

—O lago…não foi um sonho então? Cinco

ele balançou sua cabeça.

— Ah, meu Deus, eu realmente entrei lá? Cinco

Ele empurrou a cadeira para o lado e se aproximou de mim. — Sim. Não era algo que eu esperava ver numa segunda-feira à noite, mas certamente não estou reclamando. Eu não teria perdido isso por nada no mundo. -

Eu olhei para ele. "Chega", eu ordenei.

"Não tenha vergonha, Ginny," ele estendeu a mão e acariciou meu pulso. — Afinal, eu já tinha visto você pelado, em cima... em baixo... —

Eu pulei para dar um tapa nele, mas ele parou meu pulso. Foi muito rápido, do jeito que ele fez.

Cinco se levantou e me puxou com raiva para ele. —Não há surras Gina, isso não está feito. -

- Isso não foi feito. —E tentei retirar o braço, mas ele continuou pressionando. - Me dê cinco! -

– Acho que não consigo. É para autodefesa. - Ele disse mas soltou.

- Oh sério? E você acha que isso é desculpa para me maltratar? -

- Ele maltrata você? —Ele deu alguns passos à frente até que minhas costas encostaram na parede. —E você chama isso de maltratar a si mesmo...? -

Imagens dele me beijando apaixonadamente começaram a dançar diante de mim. Esta situação estava tomando um rumo muito ruim. Seu peito pressionou contra o meu. Meu corpo disse que sim, mas minha mente gritava, isso não tem efeito em mim, não sinto nada.

Afastei-o com as mãos e saí correndo dali, daquela biblioteca idiota. Isso não poderia acontecer comigo, comigo não, eu não o amo... Ou assim pensei.

Os Cinco Pov.

Valentina, Deus, como ela era linda.

Seus longos cabelos castanhos caindo sobre os ombros, seus grandes olhos castanhos que me fazem perder o controle toda vez que olho para eles. O que há de tão especial nessa garota que me faz perder o controle?

Como isso pôde acontecer comigo? Certamente não me apaixono por uma garota estúpida, nem mesmo por uma que seja mais nova que eu. Ela é a porra da minha irmã e agora estou aqui no Griddy'd Donuts.

Quando eu era pequena eu e meus irmãos sempre vínhamos nos encher de donuts, muita coisa mudou desde então, se não fosse ela agora...

Eu imediatamente afasto aqueles pensamentos que estavam bagunçando minha mente e saio. a loja para ir para casa.

Quando entro em casa vejo um Luther pensativo no sofá.

- Onde você esteve? - Ele me perguntou. Você poderia ler alguma raiva em sua voz.

—Isso não é da sua conta, certo irmão? -

— Não seja assim cinco, abra-se conosco por favor, podemos te ajudar. —ele me olhou por um segundo e depois continuou seu discurso. — Desde pequeno você sempre se achou melhor que nós.. —

Eu sorri com suas palavras. — Não acho que sou melhor que você, eu sei... Sou — dito isso comecei a subir a longa escada que levava ao meu quarto, mas uma mão grande me parou, juro. Estou prestes a ficar com raiva agora. Viro-me bruscamente em sua direção e olho para ele com um olhar ameaçador.

—Você esteve com ela de novo, certo? -

"Isso não é da sua conta, Luther, agora me deixe IR..." eu digo com os dentes cerrados.

– Lutero está certo. Cinco, você deveria falar com ela e contar a verdade. -

—A verdade, Allison? Você percebe o que significa, eu não posso fazer isso com ele, dizer a ele que a morte da mãe dele tem a ver com o pai... Esqueça! -

Me teletransportei para o meu quarto e fechei a porta com violência, não poderia fazer isso com ele.

Ouvi alguém bater na porta.

- Quem é esse? -

— Sou eu, posso entrar? —Allison disse, eu não queria falar com ela de jeito nenhum, mas de qualquer forma não tive tempo de responder antes dela entrar.

- Fala comigo. -

Como se fosse apenas Alison.

— Você a ama, não é? -

Eu olhei para ela espantado, como ela poderia insinuar tais coisas.

"Eu não amo aquela garota", eu disse friamente.

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