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Capítulo 5

- Eu sei! — Tentei mexer meu braço mas percebi que doía mais do que eu pensava.

— Não quero que você fique preso nesse assunto, está claro!? —Mas por que esse garoto está fazendo isso? Ele tinha uma aparência dura e gelada. Ele só se preocupa consigo mesmo... que idiota eu sou.

Naquele momento Allison acordou. "Bom dia", ele torceu.

— Ah, aposto que meu irmão encheu sua cabeça de frases sem sentido eh... vem, vamos tomar café da manhã, deixa eu te apresentar ao resto da família. -

Desci com dificuldade aquela escada comprida, meu Deus, agora que olhei melhor, aquela casa era enorme, em comparação a minha cabia facilmente duas vezes dentro.

Entrei na cozinha e já estavam sentadas seis pessoas, das quais eu só conhecia três.

O homem alto e corpulento foi o primeiro a se levantar para cumprimentá-la.

— Por favor, perdoe minha atitude, ou melhor, nossa atitude naquela noite, sabemos o que você passou, eu sou Luther — Acho que você está se referindo ao que aconteceu naquela noite, eles não poderiam saber do 'quase' suicídio dele e do morte de sua mãe. Tem que ser assim.

— Erm... não se preocupe e me desculpe, você não quis ser rude naquela noite. -

Allison veio me resgatar e me apresentou para toda família: Diego, Klaus, o mais estranho de todos mas ele me fez morrer de rir, fazia muito tempo que eu não ria. Esta é Vanya, a mais calma do grupo. Cinco estavam me observando do batente da porta o tempo todo.

Terminadas as apresentações, ele tomou uma xícara de café.

— Esqueci o quanto seu café estava ruim — Por que não morei lá? Onde ele esteve? Ele deu um pulo, saiu pela porta da cozinha e subiu as escadas.

“Não preste muita atenção nisso”, Allison me disse para me tranquilizar.

Depois do café da manhã, embora com total vergonha, saí pelos fundos da casa que tinha um enorme jardim. Foi lindo estar lá e adorei mergulhar no verde. Mas infelizmente aquelas plantas estavam um pouco murchas, talvez não tenham cuidado bem delas.

“Vejo que você também gosta de flores”, a voz sonora de Allison me trouxe de volta à realidade.

— Emm... sim... eu não queria me intrometer... —

- Não se preocupe, na verdade eu te dou uma mão se quiser. -

- A sério? -

— Tudo pelo meu… hum… amigo — o que eu ia dizer?

- Como está seu braço? -

— Ainda dói mas, não importa, prefiro o jardim a ficar na cama... — falei melancólico, pensando no que passei.

— Quando eu era pequena ajudava muito minha mãe com as plantas, adorávamos e me relaxa fazer isso. —Ela me olhou com tristeza. Ah, não, esse olhar não, odeio ser considerado fraco.

— Bem, hoje tenho todo o tempo livre. -

— Sua… mãe e… —

Apertei meus lábios. Nunca falei dela, nem com minha psicóloga, com ninguém. Não havia mais nada a dizer, eu a amava com todo o meu ser.

Allison olhou para mim. - Com licença. Não é da minha conta. -

- Não, não se preocupe. Levantei-me e limpei a sujeira da minha camisa. Quando olhei para cima, Allison estava apoiando o ancinho na varanda.

—Minha mãe estava doente. De câncer no cérebro. Eu não tinha esperança. Ele começou a sentir fortes dores de cabeça. —Ele engoliu em seco, desviando o olhar. — Mas fora isso, até o dia em que foi diagnosticado, ele estava bem. Naquela época ele começou a quimioterapia e tudo mais... mas a situação piorou e ele faleceu dois meses depois. -

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