Capítulo 4
FABRIZZIO
Conceição arregala os olhos, surpresa,mas me repassa o endereço e eu a agradeço:
- Obrigado, vou chamá-la de volta. Já que as outras não deram certo. Ela me passou confiança...
- Oh, que bom! O senhor não vai se arrepender! - ela fala animada.
- Certo, até logo, Conceição.
- Até, senhor.
Subo até meu quarto, tomo uma ducha e me deito na cama pensativo.Amanhã eu vou atrás dessa menina, antes de ir para a empresa, espero que ela reconsidere meu pedido.
***
DIA SEGUINTE
Acordo cedo, tomo banho e visto minha a roupa.Ato contínuo, pego meu carro e antes de ir para a empresa, decido passar no endereço da menina com cara de anjo.
Ao chegar num bairro periférico e um tanto perigoso, vou até um quartinho, com paredes descascadas de porta branca e bato lá umas 3 vezes.
- Já vai... - Angelina fala, toma um susto e se acorda, se levantando de seu colchão no chão.- Quem será uma hora dessa? Aí meu Deus, será a dona daqui? - ela se pergunta, temerosa.
Ao abrir a porta devagar, vejo ela assustada e um pouco descabelada de um jeito selvagem.
Angelina esta com uma camisola de seda que mal cabe em seu corpo e está com as bochechas avermelhadas. Não sei se de vergonha ou de desejo.
- Oi, podemos conversar? - eu pergunto, sem rodeios.
- Queeeee? São 6 da manhã!!!! O que o senhor quer conversar uma hora dessas? - ela me pergunta irada, colocando as mãos no quadril.
- Posso entrar? Ou vai me deixar aqui plantando igual um poste? - pergunto novamente, já ficando irritado.
- Entra... - ela diz, rendida.
Eu adentro no cubículo e olho espantado para a simplicidade do local. Tudo está muito arrumadinho, mas vejo que ela não tem muitas coisas.
Uma pequena cômoda, uma geladeira velha descascada, uma mesa de plástico com uma cadeira e um colchão no chão, onde, do lado, se encontra uma mala com suas roupas dobradas e uns 2 pares de sapatos.
Ela me oferece uma cadeira e se cobre na parte dos seios com as mãos, envergonhada. Na sequencia, pego a cadeira me sento encarando ela e pergunto:
- Como você consegue morar nessa pocilga, Angelina?
Ela se irrita e responde.
- Infelizmente não tenho uma mansão como você, mas está pocilga me possibilita uma dormida e um canto para me abrigar!
- Ok. - tento aliviar meu tom de voz e lhe falo o pedido- Eu quero que reconsidere meu pedido e aceite trabalhar como enfermeira do meu avô.
A garota arregala os olhos e esbraveja, toda atrevida, num tom alto:
- Não! Você acha que tem o direito de vir aqui me pedir algo, depois da maneira rude que me escorraçou de sua casa? Saia daqui!!!!
Eu me levanto bufando da cadeira e a encurralo na parede. Seu rosto fica de frente pro meu peitoral e ela respira ofegante, parecendo um animalzinho assustado.
Coloco as duas mãos na parede e a repreendo, quase encostando no nariz dela:
- Deixe de ser orgulhosa, porra, e aceite minha proposta! Eu vou te pagar muito bem e você terá outros benefícios além do salário. E sobre o modo que eu te tratei, estou pouco me fodendo se você não gostou! Eu sou esse homem, rude, grosso, animal, se não aguenta meu jeito, suma do meu caminho!
Vejo ela com os olhos arregalados, com medo, mas olhando hipnotizada para minha boca e para meus olhos.
Sinto seus mamilos ficarem duros, se esfregando na minha camisa e ela está suando frio e tremendo.
Eu não resisto e olho para seu decote, aqueles seios redondos e empinados, apontando para mim. Fico excitado pra caralho.
Mordo meu lábio inferior com força e quando estou a ponto de beijá-la, ela me empurra.
- Não chegue mais perto de mim... dessa forma...
- Porque? Ficou com medo, menina?
- Eu, eu não tenho medo de você! Você se acha, não é, senhor Fabrizzio?
- Hahaha... Deveria ter medo de mim... Um rosto angelical como o seu, é tudo que um demônio como eu adora... - sorrio, a provocando.
- Saia daqui, seu pervertido! - ela grita, exaltada.
- Olha, vamos parar com essa ceninha e me responde logo! Vai aceitar o emprego ou não, garota? - pergunto, já me estressando.
- NÃOOOOOOO! - ela grita.
Eu fico irado com sua resposta atrevida, dou uma última olhada para seu corpo delicioso e saio revoltado, esbravejando:
- Cazzo!!!! Porra de garota atrevida!!!!
Quando estou entrando no carro e sentando no banco, ela corre para fora, gritando arrependida:
- Espera!!!!
- Fala! - pergunto impaciente.
- Eu, eu aceito o emprego. - ela diz, rendida.