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Capítulo 2

FABRIZZIO CHIAVENATTO

Chego em casa, após um longo dia de reuniões na empresa sede e entro na minha casa, onde resido com meu avô.

Falando nele, meu avô, Stefano Chiavenatto, veio para o Brasil com sua família e aqui se estabeleceu, na cidade de São Paulo, devido a uma crise econômica que abalou seu país de origem, Itália, naquela época. Desde muito novo, ele foi um menino estudioso e sempre gostou de animais e de fazendas, pois seus pais tinham algumas propriedades na Itália. Entretanto, o destino fez ele seguir a carreira médica, a qual o consagrou como um homem de muito prestígio. Meu velho rabugento começou a investir em terras para criação de seus gados, depois que conseguiu enriquecer as custas de sua profissão, médico oncologista e dai em diante, cresceu tanto que se tornou milionário. Ele casou-se com minha falecida avó, uma brasileira chamada Ariana e tiveram dois filhos, meu pai e minha tia, que morreu ainda criança.

Quando eu nasci, meu avô tinha o desejo que eu me tornasse médico e quando terminei o ensino médio, ingressei na faculdade de medicina, justamente numa tentativa de agradá-lo, pois lhe era grato por tudo que fez por mim, mas acabei desistindo. A carreira de administração foi o que mais me agradou e decidi estudar um curso nessa área e administrar todos os bens do meu avô, juntamente com minha irmã caçula, Laetitia, já que meu pai não quis ser responsável por isso e decidiu morar fora do Brasil com sua esposa, a qual me criou como mãe, após a morte de minha mãe Tarsila, quando eu era adolescente.

Durante sua vida, na carreira de medicina, vovô Stefano foi um homem muito ativo na comunidade, se envolvendo em diversas causas sociais e doou uma generosa quantia em dinheiro para a construção de um hospital público referencia no tratamento de pacientes com cancer, o qual ele trabalhou e ajudou a salvar a vida de muitas pessoas. Apesar de seu genio italiano fazer ele ser um homem rabugento e meio reclamão, seu coração é enorme.

***

Vou até o quarto do meu avô, meu italiano rabugento de 82 anos e ao entrar em seu quarto, vejo Rosa, sua enfermeira, cuidando dele com todo carinho.

Meu avô teve um derrame há 3 anos, após o falecimento de sua amada esposa e perdeu o movimento das pernas. Todos os dias eles faz fisioterapia, e Rosa, que era uma enfermeira que auxiliava ele em suas consultas, veio trabalhar para ele.

Vovô ainda trabalhava como médico oncologista, mesmo numa idade avançada e depois do derrame, parou de laborar. A única pessoa em quem confia para cuidar de si, é Rosa.

- Olá, vovô.

- Olá, meu Fabinho. Como foi na empresa hoje?

- Puxado... Muitas reuniões por causa da incorporação da nova marca e outras coisinhas. Mas eu já resolvi a maior parte disso. E o senhor, como está?

- Estou, bem filho.

- Está com uma carinha de tristeza.O que houve? - pergunto, ao perceber seu semblante entristecido.

- Rosa está doente... - ele desabafa, numa voz embargada e baixa a cabeça.

Rosa fica com os olhos marejados de lágrimas, explicando sua situação de saúde para mim:

- Estou com câncer de mama, senhor Fabrizzio... Terei que parar de cuidar de Stefano, meu companheiro de tantos anos de trabalho e querido amigo. Preciso me cuidar...

- Meu Jesus! Eu sinto muito, Rosa. Olha, vou te dar o melhor plano de saúde que tiver nesse país, quero te ver curada. - falo comovido.

- É muita gentileza sua, senhor. - Rosa responde, envergonhada.

- Aceite, minha querida. Não quero perdê-la. Vou acompanhar tudo de perto e lhe passar os melhores tratamentos. Estou velho, não obsoleto. - Stefano pede, cheio de tristeza.

- Sempre querendo abraçar o mundo com as pernas, não é, italiano? - eu o provoco.

- Eu só quero ajudar minha velha amiga... Agora gostaria de saber quem cuidará de mim. - vovô fala, pensativo e angustiado.

- Vou mandar algumas enfermeiras conhecidas para fazer entrevista. O senhor pode escolher a melhor. - Rosa responde, esfregando a mão dele com carinho.

- Ok, filha. Mas nenhuma nunca irá ser melhor que você. - vovô se declara entristecido, temendo perder sua amiga fiel de anos.

- Pronto, Rosa, mande essas mulheres virem o quanto antes, você sabe que o meu velho precisa de cuidados integrais. - eu peço, numa tentativa de deixar meu avô mais calmo e Rosa despreocupada.

- Sim, senhor. Ficarei até amanhã aqui, pois na quarta-feira iniciarei a quimioterapia. - ela responde simpática como sempre.

- Entendi. Te desejo o melhor, Rosa.

- Obrigado, querido.

No dia seguinte, Rosa manda as moças virem se apresentar e fazer as devidas entrevistas, na presença do meu avô, já que eu não podia, porque estava na nossa empresa de artigos de couro, chamada "Chiavenatto Leather" .

Após 10 moças fazerem a entrevista, Stefano estava inconsolável e se lamenta para sua enfermeira, feito uma criança mimada:

- Não quero nenhuma!!!! São todas incompetentes! Como vou viver sem você, Rosa? Só você me entende, querida amiga.

- Calma, Stefano, tente ser compreensível, velho amigo, preciso me cuidar.

- Tudo bem, querida. Amanhã mande mais meninas, vou ver se alguma serve.

- Ok, agora vamos se sentar para jantar.

***

Eu chego em casa, já é de noite e penso em dar uma passada no "Red", um clube BDSM de uma velha amiga.

Comecei a andar por esses lugares, por influência de meu pai. Ele queria que eu descobrisse os inúmeros e diferentes prazeres da vida e como já frequentava o local, achou que eu deveria conhecê-lo.

Hoje quero dar uma relaxada...

Vejo Rosa na cozinha e vou falar com ela:

- E aí, deu certo encontrar a substituta?

- Infelizmente não... Stefano rejeitou todas... - Rosa lamenta, baixando a cabeça, preocupada.

- Aff! Esse italiano é complicado pra cacete! - digo bufando.

- Pois é, mas amanhã outras meninas virão para uma nova entrevista. Espero encontrar uma adequada. - ela diz,esperançosa.

- Eu também, Rosa.

A cozinheira Conceição ouve tudo atentamente e fica calada.

Ela conhece Angelina, uma enfermeira recém formada que estagiava no hospital da cidade na área de oncologia e a conheceu através da sua filha, que é manicure e amiga dela.

- Hummm, vou falar pra menina bonita sobre essa oportunidade, talvez ela aceite tadinha, está precisando de emprego e seu estágio acabou há 2 meses. - Conceição pensa alto.

***

Vou para o clube lá pelas 21 horas, usando máscaras, que é a regra e peço a Charlotte para me indicar uma moça para me agradar.

Hoje pretendo pegar leve, dar só umas palmadas e depois foder com força.

- Olá, Fabrizzio. Achei uma de seu agrado. Adora apanhar... - Charlotte fala.

- Hummm. Mande para o meu quarto agora.

Como sou cliente VIP, tenho um quarto exclusivo para mim.

Vou em direção ao meu referido quarto e já vou tirando minha roupa.

Lá é uma espécie de quarto vermelho, estilo o filme de Cristian Gray, com todo tipo de apetrecho para eu fazer o que quiser com as submissas.

Logo depois, uma garota entra e tira a máscara.

A criatura é bem bonita, loira e magra.

Vou bater nela com gosto...

Fecho a porta e falo bem sério com ela:

- É o seguinte, se você não aguentar o meu modo de foder e de te judiar, se não quiser ir de acordo com o meu contrato que Charlotte te mostrou, sugiro que caia fora. Não tenho paciência para dramas e meu tempo é precioso.

Meu contrato consiste em alguns termos em que a mulher tem que submeter aos meus fetiches sem reclamar. Só aceita as que realmente tem coragem, pois eu pego pesado.

A mulher apenas assente com a cabeça e começa a tirar a roupa.

Começo a toca- lá e a coloco de quatro.

- Agora você vai apanhar, sua puta gostosa. Se você chorar, te mando embora. Aguente a pressão.

A submissa apenas balança a cabeça e se empina toda para mim...

Passo algum tempo batendo naquela bunda redonda e deixo ela toda vermelha.

Ela não chorou e aguentou as pancadas, parece que ficou mais excitada de tanto apanhar. Aproveitei o embalo e a fodi com força e sem pena. Ela adorou e pediu mais...

Após estar satisfeito, volto para casa, já de madrugada e vou me deitar.

Coloco a cabeça no travesseiro e o vazio toma conta de mim.

Lembranças de minha Aurora invadem minha mente e lágrimas caem de meus olhos.

Essa dor parece que nunca vai me abandonar...

ANGELINA

Estou na pensão que moro e a porta bate.

A dona veio cobrar o aluguel atrasado e eu lhe dou novamente uma desculpa esfarrapada.

Preciso de um trabalho urgente, pois meu estágio acabou e só tenho dinheiro pra comida dessa semana.

Vou para a casa da minha amiga Jessica e vejo que ela já chegou do salão.

- Oi amiga, entra. Tá com fome??? - Jéssica pergunta.

- Sim... - respondo com a barriga doendo de tanta fome.

- Vemmmm! - Jessica me chama.

Ao entrar lá, vejo dona Conceição, sua mãe. Uma senhora muito simpática e uma ótima cozinheira.

- Olá, Angelina, como está, meu anjo? - Conceição me pergunta.

- Bem...

- Pela carinha, não parece...

- Foram cobrar meu aluguel e acho que vou ser expulsa... Estou lascada. - respondo muito triste.

- Oh querida, sinto muito. Mas eu acho que posso te ajudar...

- Olha, dona Ceiça, não quero seu dinheiro.

- Não é isso. É uma oportunidade de emprego, menina.

- Sério???? Onde?

Dona Conceição me explica tudo e eu fico perplexa.

A vaga de enfermeira consiste em cuidar do homem mais rico da cidade, o senhor Stefano, um médico muito conhecido por cuidar de pessoas com câncer.

- Aí meu Deus, eu vou!!!! - eu digo animada.

- E eles pagam bem, querida. Amanhã vou trabalhar e você vem comigo.

- Ai, eu vou sim!!!!

- Dorme aqui, miga!!!! - Jessica pede.

- Ok, eu durmo!

No dia seguinte, vou para a luxuosa mansão com Conceição e adentramos no local.

Fico impressionada com o luxo. Ao entramos na sala, ela pede para eu esperar na sala, mas um homem fala por trás de mim:

- Bom dia.

A voz grossa e exigente dele me deixam arrepiada.

- Senhor Fabrizzio, eu trouxe a menina Angelina para fazer a entrevista, ela é enfermeira e está em busca de um emprego. Me desculpe tomar a liberdade sem avisá-lo antes, mas eu precisava falar com ela. - Conceição explica minha presença para ele.

- Ok, Conceição. - ele diz.

Eu me viro e ao olhar para esse homem, meu mundo para.

Ele é forte, alto com 1,88, pele morena meio bronzeada e olhos estupidamente azuis, intimidadores. Sua cara de mal me deixa de pernas tremulas.

- Olá, sou Fabrizzio, neto do italiano rabugento que precisa de uma enfermeira.

Engulo seco, totalmente hipnotizada e respondo:

- Angelina Rios. Ao seu dispor, senhor.

Ele me observa de cima abaixo e sinto seu semblante escurecer.

Depois, ele olha para Conceição e fala:

- Conceição, pode ir trabalhar, vou fazer a entrevista pessoalmente com ela...

- Ok, senhor. Boa sorte, menina.

- Obrigada, Ceiça.

Ele se senta no sofá de uma maneira naturalmente imponente e me olha intensamente. Depois fala de forma séria e muito bruta:

- Senta. Vamos fazer sua entrevista.

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