⋘ CAPÍTULO UM ⋙ Começando o dia.
Alex Carter.
Acordo com o despertador tocando, solto um gemido frustrado com isso. Mal fechei os olhos e já está tocando, esse caralho. — Sento na cama e me espreguiço e olho para o relógio, vendo que são seis e meia da manhã.
Bocejo e saio da cama, indo até o banheiro tomar um longo banho pra despertar. — Jogo as minhas roupas no cesto de roupas sujas e entro de baixo do chuveiro.
Agora que os chefes são pais, eles me deixaram tomando conta da máfia. Eu que resolvo tudo agora, é como se eu fosse o líder nessa merda. Se eu soubesse que ser líder seria assim, nem teria aceitado, é muito cansativo. Agora entendo que o chefe Damon dizia, que trabalhar é uma merda.
Tudo sobra pra mim, eu tenho que ficar de olho em tudo. Ordenar quem vai, quem vem, tudo isso está me deixando louco. — Desligo o chuveiro e saio do box, aproximo da pia e pego a minha escova de dentes.
A minha casa precisa de uma grande limpeza, eu mal tenho tempo. Eu vim chegar em casa de três e meia da manhã e mal tenho um sono regulado como antes. — Sinto que a qualquer momento eu fosse explodir, e o pior disso tudo, a porra da minha menstruação está chegando, ver se pode um caralho disso.
Ter um órgão feminino é tão chato, mais eu entendo as mulheres, quando reclamam das dores menstruais. — Saio do banheiro e vou até o guarda-roupa, pego uma calça jeans preta e uma camisa preta também, junto com uma jaqueta de couro preta.
Vou de luto nessa merda.
Pego meu celular e saio do quarto, vejo que tinha ligações perdidas do Heitor. Solto um suspiro, sinto que já vem merda por aí.
Retorno a ligação pra ele.
— Alex?
Bufo.
— Não, aqui é a alma dele, quer deixar alguma mensagem?
Escuto ele bufar do outro lado da linha.
— Nem a essa hora da manhã, tu não deixa de ser sarcástico.
— É um dom. Agora fala o que tu quer.
Ele solta um suspiro.
— Acho que fiz merda.
Pelo amor de Deus, quero paciência.
— O que tu fez caralho de asa?
Pergunto irritado.
— Lembra que nós estávamos precisando de alguém pra contratar pessoas, pra ficarem de guarda nas boates, nos cassinos..
Corto ele.
— Fala de uma vez caralho, o que buceta tu fez?
Eu realmente estou ficando de TPM.
— Eu contratei um garoto....
Solto um suspiro.
— Hum?
— E ele contratou só estupradores e pedófilos.
— Vai tomar no cu, vai se foder... Que caralho!!
Acabo xingando em português.
— O que?
Respiro fundo várias vezes.
— Irei reportar as coisas para os chefes e depois eu chego aí.
— Tudo bem... Eu sinto muito, Alex.
— O que passou, passou.
Desligo na cara dele.
Respiro fundo várias vezes, tentando me acalmar. Nego com a cabeça e sigo até a cozinha, tem muitos pratos sujos pra lavar. E eu nem tenho nenhum tempo pra isso. — Tomo o café da manhã bem rápido, porque quero resolver logo essa merda, que o garoto fez. Eu só espero que os chefes não me mande matar o Heitor, porque querendo ou não, ele tem me ajudado em algumas coisas.
Saio de casa e entro no meu novo carro. Porque o meu antigo estava todo cheio de sangue do cara que matei. Então tive que queimar para não ter nenhuma evidência.
****
Desço do carro e dígito a senha e antro na casa. Eu me sinto muito sortudo em saber que eles confiam em mim, para me dá a senha. — Assim que abro a porta, sou atingido por um travesseiro.
— Ainda diz que é líder da máfia, tão distraído. — Bufo.
— Enzo, vai ver se eu tô na esquina, vai. — Digo irritado.
— Hum, tá de TPM é? — Pergunta sendo debochado.
Oh, se essa criança soubesse como é eu na TPM, nem queria falar comigo.
— Me esquece, onde está os chefes? — Questiono.
— Pegando a mamãe. — Arregalo os olhos.
— O-O que? — Ele revira os olhos.
Essa criança é chata, meu irmão.
— Sabe como é, o Klaus tá no quarto se quiser ver ele. — Sinto meu rosto esquentar um pouquinho.
— Cala a boca, sua criança endemoniada. — Ele revira os olhos.
— Alex!! — Tomo um susto e me viro, vendo o Tom descendo a escada. — Não chame meu filho assim, seu idiota.
— Não tenho culpa, se a criança puxou ao senhor Damon. — Ele revira os olhos.
— Eles estão lá em cima. — Sorrio e subo as escadas.
Eu e o Tom temos uma grande amizade, eu não trocaria isso por nada nesse mundo. — Dobro a esquerda e acabo batendo no Klaus.
— Desculpa. — Deitamos juntos, logo caímos da risada por isso.
— Essa foi boa. — Ele diz rindo.
Como esse garoto é lindo. Eu nunca pensei que iria gostar de alguém, mesmo não sendo recíproco.
— Sim, foi. Se machucou? — Pergunto preocupado em machuca-lo.
— Não e você? — Pergunta me olhando fixamente.
— Não... Eu tô bem. — Digo um pouco envergonhado.
— Que bom, fico aliviado em saber que não se machucou. — Ficamos nos encarando, eu não conseguia desviar o meu olhar dele.
Ele se tornou um homem tão lindo. Porra, eu realmente estou apaixonado pelo filho dos meus chefes.
Escutamos um pigarro.
— Se não estivermos atrapalhando aí, Alex, poderia entrar? — Tomamos um susto.
— A-Ah.. C-Certo, chefe. — Digo todo nervoso.
Klaus também ficou nervoso.
— Vou ver como a mãe está. — Rapidamente some da nossa vista.
Entro no escritório deles e o senhor Lúcifer, está sentado em sua mesa. O senhor Damon fecha a porta atrás de mim e logo segue pro lado do seu irmão.
— O que vamos ouvir hoje? — O senhor Lúcifer pergunta.
— As coisas estão indo bem, senhor. As drogas que o senhor Christopher pediu, já foi entregue ontem a noite.
— Algum policial? — O senhor Damon pergunta.
Dou um sorriso de lado.
— Alguns, não precisam se preocuparem, meus senhores. Tudo foi resolvido. — Eles dão sorrisos maliciosos.
— Creio que se livraram dos corpos? — Lúcifer pergunta.
— Nenhum corpo, senhor. — Eles acenam. — Ah, as novas armas chegaram também.
— Então você enviou algumas mulheres pro Japão? — Aceno.
— Aquelas que quiseram ir, eu disse que o chefe da máfia japonesa, queria algumas mulheres, pra... Serem prostitutas deles. Algumas aceitaram de boa, eu avisei também que se algo acontecer, nós não podemos fazer nada.
— E o que elas disseram? — Damon questiona sério.
— Que não tinha problema nenhum. — Os dois suspiram.
— Acho que não vai ter nenhum problema, eles nos conhece o suficiente pra saber que não gostamos que machuquem as garotas. Se eles fizerem isso, não vamos mais ter nenhum acordo. — Lúcifer diz sério.
— Sim, senhor.
— Mais alguma coisa pra dizer?
Será que devo dizer sobre o que aconteceu? Eu posso resolver isso.
— Bom.. — Os dois novamente suspiram juntos.
— Só resolva isso, Alex. Pode ir.
— Sim, senhor.
Saio do escritório e solto um longo suspiro. A única coisa que eu mais quero agora, é dormir. — Desço as escadas e vou na cozinha, vendo o Tom cozinhando.
— Alex, é impressão minha ou você está mais irritado que o normal? — Ele me conhece tão bem.
— TPM. — Digo e ms sento na cadeira, apoiando meus cotovelos no balcão.
Ele se vira pra mim.
— É ruim? — Aceno.
— Ter um órgão feminino, eu posso menstruar, sinto dores de cólica. Isso é muito chato, logo hoje, quando eu estou assim, só aparece problema.
Ele me serve um copo de suco.
— Obrigado. — Dou um gole e suspiro. — Tão bom.
— Eu sempre me perguntei, mas, quem sabe mais sabe sobre. — Ele aponta pra minhas pernas.
— Você, os chefes e a Jéssica. Somente vocês, eu não quero que ninguém mais saiba. — Ele acena.
— Tudo bem, enfim. O aniversário do Enzo tá chegando, você vai vim, né?
— Provavelmente, se não acontecer algo importante. Porque só tem eu, pra resolver as coisas, e tem gente que gosta de fazer tudo errado.
— Tá difícil pra você né?
— Muito. Agora que eu estou sendo o responsável na máfia, tenho que resolver tudo e ainda por cima, reportar tudo o que aconteceu pra eles. Mal tenho vida, minha casa parece um lixo.
— Se quiser, eu falo com eles pra ti dá um alguns dias de folga. — Nego.
— Não, tudo bem. Eu vou resolver a merda que o Heitor fez e dormir um pouco.
— Você realmente precisa, sua cara está de morto. — Bufo.
Sinto algo atingindo minha cabeça.
— Aí!
— Ainda diz que é responsável. — Olho feio pro Enzo, que acabou de entrar na cozinha.
— Eu não disse que teu filho parece um endemoniado.
— Para de chamar meu filho assim. E Enzo, pare de ficar jogando as coisas no Alex.
— É divertido, mãe. Ele nunca tá atendo a nada, como se diz ser responsável, se não consegue se defender.
Respira, Alex. Respira, não mata, é só uma criança endemoniada.
— Porque eu me sinto bem aqui, Enzo. Aí eu abaixo a minha guarda, mais a partir do momento que saio daqui, fico atento a tudo.
— Hum, sei. Muitos dizem isso. — Ele sai da cozinha.
— Teu filho tem problema na moral, Tom. Ele é debochado, sarcástico e um pestinha. O mesmo não deveria está na aula?
O Tom solta um suspiro e volta a cozinhar.
— Ele tá suspenso por pregar uma pegadinha com o diretor. — Seguro a risada.
— Qual foi a pegadinha dessa vez?
— O diretor tem medo de cobras, ele encheu a sala do diretor de cobras não venenosas.
Não consigo segura a risada mais e acabo gargalhando.
— Isso não tem graça, Alex. O pobre homem foi parar no hospital.
— Quando digo que seu filho é endemoniado, você não acredita. — Ele me olha feio. — Enfim, tenho que ir, trabalho né chama.
— Toma cuidado.
— Pode deixar. — Ia saindo da cozinha, mais lembre de um fato interessante. — Tom?
— Sim? — Ele me olha.
— Quem vai vim no aniversário do Enzo? Porque o que eu saiba, ninguém gosta dele.
— Vai ser só a família, Alex. — Diz irritado, acabo rindo.
— Certo.
Saio da cozinha e vejo o Klaus saindo da biblioteca, ele me olha.
— Já vai? — Pergunta se aproximando, engulo seco por isso.
— Sim, sabe como é, o trabalho me chama. — Ele dá um sorriso.
Puta merda, sorriso lindo.
— Sei. — Mordo os lábios nervoso.
— Você não deveria está na faculdade? — Pergunto.
— Não teve aula hoje, só amanhã.
— Ah sim.
E novamente ficamos nos encarando, vejo seu olhar descer para a minha boca.
Caralho!!!!
— Se os senhores acabaram de se comerem com os olhos, quero assistir meu desenho em paz. — Tomamos um susto com a voz do Enzo.
— Não estávamos se comendo com os olhos. — Ditamos uníssono.
— Aham, e eu sou um alienígena. — Esse demônio.
— Vou indo.
Rapidamente saio da casa deles e entro no meu carro.
— Para de bater assim coração!!! — Rosno irritado.
Eu o que eu fiz pra merecer isso.
VOTEM.
COMENTEM.