Rosela Smith
— Por que... Diabos você desligou os faróis? — arqueei a sobrancelha.
— Está louca, Liah?
— Eu... Gostaria que me visse nua, Cris.
Ele voltou e parou na minha frente, pegando meu queixo e fazendo encará-lo:
— Relaxa, Liah... Vai dar tudo certo.
Eu estava relaxada, ao contrário dele. Sempre fui uma pessoa muito decidida e dona de mim mesma. Mas naquele momento, mesmo tendo esperado muito por ele, não me sentia segura nem mesmo para dizer ao meu namorado que eu achava que não seria bom transarmos.
— Peguei preservativo — ele me mostrou, feliz.
Respirei fundo e o abracei. Quando percebi, Cristiano começou a beijar-me de novo.
O beijo começou a ficar quente e então o puxei para o colchão novamente, mesmo este estando molhado de espumante. Abri as pernas, só de calcinha, enquanto Cris não havia tirado uma peça de roupa sequer.
Parei nosso contato com as bocas para retirar a camiseta dele e afrouxar o cinto. Em seguida, voltei a deitar, pegando as mãos de Cris e fazendo-as passar pelo meu corpo.
Enquanto as mãos dele passeavam por minha pele, os lábios desceram pelo pescoço. Mas dali não seguiram. Ficaram entre boca e colo. Quando eu tentava arquear o corpo, para que ele tocasse meus seios, voltava para a região de colo, recusando.
Antes daquela noite, já havíamos cruzado algumas barreiras, como toques nos seios, coxas, virilha e até mesmo boceta sobre a calcinha. No meu caso, tinha posto várias vezes as mãos dentro da cueca dele, conseguindo inclusive deixar seu pau duro.
Eu sabia que poderia haver tensão, mas não esperava que fosse tão forte da parte dele.
Toquei as costas quentes do meu namorado e tive que abrir o zíper de sua calça e começar a retirá-la, obrigando-o a seguir o que iniciei.
Cris levantou e eu permaneci deitada. Então ele retirou a própria calça, ajoelhando-se entre minhas pernas. Senti um arrepio quando os olhos dele fixaram-se na minha boceta. No entanto o que ele fez foi retirar a calcinha, de uma só vez, sequer olhando minha lingerie nova, rendada e sexy.
Mesmo com a pouca claridade, avistei seu pau endurecido na minha direção. Ele deitou-se sobre mim e o pôs na minha entrada, perguntando:
— Tem certeza, Liah?
— Eu... Acho que não estou lubrificada, Cris...
— O preservativo deve dar conta disso... — abriu a embalagem. — Quando comprei tinha escrito “mais lubrificação”.
— As meninas usam um lubrificante específico... Nunca ouvi sobre a camisinha fazer este papel...
— Só saberemos se testarmos, meu amor.
Respirei fundo e disse:
— Ok, vamos testar.
Cristiano me penetrou vagarosamente, tendo cuidado para não me machucar. Mas machucou... E conforme o pau dele ia entrando, parecia que algo estava muito errado por ali. Lembro de Ketlin me dizer que a dor era suportável. Mas para mim, chegava quase ao nível do insuportável.
Com ele completamente dentro de mim, movi meus quadris, tentando contribuir de alguma forma com o ato. Cris seguia com seus movimentos de vai e vem, gemendo vez ou outra, fazendo força com o corpo contra o meu.
— Eu... Vou gozar, meu amor. Você consegue gozar comigo?
Caralho! Não consigo nem antes, nem depois, nem com você, Cris. Mas quando o encarei, os olhos escuros como a noite, acabei fazendo o que eu jurei a mim mesma jamais fazer:
— Goza, Cris... Goza comigo... Estou louca de prazer... — gemi, fingindo estar gostando e quando senti que ele gozou, simulei um orgasmo.
Por que fiz aquilo? Eu gostava de Cris. E aquele momento tinha que ser bom pelo menos para um de nós dois.
Senti o preservativo dele se encher de porra. Cris havia gozado. Na verdade, homens sempre gozavam, caso não broxassem. Mulheres... Ah, mulheres... Respirei fundo. Nós mulheres poderíamos fingir. Só não tenho certeza se isso era bom ou ruim. No caso das profissionais do sexo que trabalhavam no Bordel onde eu morava, era bom. No meu caso... Bem, no meu caso deixei o homem que eu gostava feliz e me fodi... Literalmente.
E se eu nunca gozasse? Minha primeira vez, tardia para caralho, havia sido péssima, mesmo tendo sido com o homem que eu gostava... Adorava... Não tenho certeza se amava.
E se gozar fosse algo que poucas mulheres conseguiam e eu fosse das que nunca tivesse este prazer?
Lição número 1: eu jamais poderia trabalhar no Bordel Califórnia, pois talvez fosse uma mulher que não conseguisse ficar excitada.
Lição número 2: nunca diga “desta água não beberei”. Pois sim, “bebereis e me afogareis”, visto que fingi orgasmo, mesmo jurando para minha avó que jamais faria isso.
Lição número 3: Cris é pior que o meu avô. Me fodeu de luz apagada, mal tocou meus seios e basicamente recusou tudo que eu propus.
Seria eu uma puta, mesmo não percebendo, já que queria que ele me chupasse, tantos nos seios quanto na boceta?
Seria eu uma puta porque imaginei que não foderia jamais na posição papai e mamãe, visto que vivi a vida inteira no meio de profissionais do sexo, falando abertamente sobre tudo e sabendo que aquela posição talvez fosse a que menos proporcionasse prazer?
Seria eu uma puta por fingir que gozei, gemendo e me remexendo como se tivesse chegado ao orgasmo mesmo não tendo sentido absolutamente nada?
Seria eu uma puta por que queria ter esta experiência novamente, com outro homem, porém bem mais experiente?
Ok, vovó, você venceu! Esteve certa o tempo todo.