Capítulo 5
Luke me ignorou o dia todo, ele se trancou no quarto e fingiu que eu não estava ali, mas isso era até bom, era melhor que ouvir insultos e desaforos. Eu não acreditava que ele tivesse desistido de me mandar embora, ele com certeza faria isso várias e várias outras vezes depois.
Então eu aproveitei para desfazer minha mala, colocando minhas roupas na pequena cômoda no quarto de hóspedes, porque apesar de ter um guarda-roupa enorme eu não ia usar aquilo com tão poucas roupas.
Mesmo com Luke me ignorando eu sabia que ele precisava comer e uma hora sairia do quarto, então eu liguei meus fones e preparei o jantar enquanto rebolava na cozinha dele. Me mantive em preparar algo saudável, já que o homem estava tomando uma quantidade enorme de remédios.
Luke precisava se alimentar bem e não conseguindo alcançar direito o fogão, sabe se lá Deus o que ele andava comendo.
— É gostoso ranzinza, vai ter que comer minha comida. — murmurei sozinha. — Já que não vai me comer nunca.
Eu estava voltando para o meu quarto quando ouvi a voz de uma mulher vinda do quarto dele e isso chamou minha atenção na hora. Não tinha como ninguém ter entrado ali sem eu ter escutado. Como tinha uma mulher no quarto dele?
Andei até lá fazendo o menor barulho possível e colei minha orelha na porta de madeira começando a ouvir a conversa dele.
Ficou claro que Luke estava no celular quando a voz de um menino surgiu do nada e eu estava adorando cada minuto daquela conversa.
Ele não era quem eu pensava, definitivamente em baixo de todos os músculos, olhos penetrantes e sorriso de tirar o fôlego, Luke era um irmãozão, fofo e carinhoso. Consegui notar o carinho com que ele falou com eles, o cuidado e até a preocupação com a irmã que estava a caminho.
Meu coração deu cambalhotas quando ouvi ele dizer a irmã que iria buscar a Ava com minha ajuda amanhã. Ele podia até não gostar, mas seria forçado a me engolir por mais um dia!
Eu mandei uma mensagem para Kate, comemorando que tinha conseguido ficar ali e xingando ela e todas as outras por não terem dito para mim que ele era um pedaço de mal caminho.
Kate: Fico feliz que conseguiu amiga! Sabia que você conseguiria, não ia ceder e nem aceitar não como resposta!
Kate: Quanto a ele ser um tremendo gostoso, foi uma brincadeira que eu fiz com as outras meninas. Mas você deveria aproveitar e não reclamar. Vai dar um banho naquele corpo delicioso e quem sabe não anima o homem.
Mona: O homem fingiu que eu não existo pelo resto do dia, acha que vai me deixar dar um banho nele?
Mona: Mas não ia ser uma má ideia poder usar aquele corpão todo para o meu prazer! Você viu aqueles músculos?
Kate: Não só vi como vou te mandar um vídeo bem interessante.
Eu fiquei esperando por uns cinco minutos, mas Kate não me mandou nada então eu fui tomar meu banho de uma vez.
Quando sai do banheiro ainda não havia nenhuma mensagem de Kate, estava distraída passando creme nas pernas quando fui pega de surpresa.
— Tão gostosa.
— AAAAAA! — gritei pulando e me virando para a porta.
Minha toalha caiu no mesmo instante e os olhos de Luke se concentraram em meu corpo, esquadrinhando cada pedacinho sem nenhuma vergonha ou pressa.
Por sorte eu tinha acabado de me depilar, com certeza foi um sinal do universo eu ter me lembrado disso, já que desde o meu término as coisas lá em baixo tinham ficado bem abandonadas.
Eu deveria ter vergonha de estar sendo encarada por ele daquela forma, mas que se dane, a vida era curta de mais para se ter vergonha quando um homem gostoso nos encarava daquele jeito, com puro desejo refletido nos olhos.
Luke não foi discreto virando o rosto para o lado, provavelmente tentando ver minha bunda e então se voltou para os meus seios, mordendo os lábios como se algo bem pervertido passasse por sua mente.
— Achou alguma coisa interessante, Luke? — perguntei colocando as mãos na cintura, tomada por coragem ou era tesão, eu não sabia ao certo.
— Na verdade, não. — ele falou dando de ombros com puro desdém, mas seus olhos ainda estavam no meu corpo, agora concentrados bem no meio das minhas pernas.
— Engraçado dizer isso quando você estava parado aí me olhando, sabe se lá por quanto tempo.
— Não se sinta tão importante assim, eu só estava passando por aqui, não estava lhe observando. — ele insistiu e colocou as mãos na roda, pronto para se mover, mas eu dei uma passada para frente, ganhando ainda mais sua atenção.
— Acho que é descaso de mais para quem acabou de me chamar de gostosa. — continuei andando vendo o olhar dele vidrado no balanço do meu quadril, ou talvez fosse em minha boceta, tentando ver mais que apenas o pouco que eu estava mostrando. — Porque não confessa de uma vez que está adorando o que está vendo Voyeur?
Luke ergueu um lado dos lábios, dando um sorriso cínico, provavelmente adorando o que eu tinha dito. Eu estava a um passo dele, só mais um passinho e meus seios estariam bem na cara dele, mais um passo e eu podia sentar no colo dele.
— Porque não estou! Se tivesse visto algo que chamasse minha atenção pode ter certeza que você estaria gemendo meu nome nesse segundo. — ele respondeu direto, arqueando a sobrancelha como se me desafiasse a falar qualquer outra coisa, então ele empurrou a cadeira para trás. — Amanhã preciso que me leve a um lugar, então esteja aqui no fim do dia.
Ele seguiu para o quarto como se nada tivesse acontecido, como se eu não estivesse ali em pé nua bem na frente dele.
— Inferno de homem gostoso! — eu rosnei me jogando na cama do jeito que estava.
Eu não ia negar, adorei saber que ele estava me olhando, a ideia de ser observada me excitava tanto quanto observar. Luke podia negar o quanto quisesse, mas eu ouvi bem as palavras dele quando me chamou de gostosa.
Meu celular apitou na cama e eu me virei pegando o aparelho dando de cara com um vídeo.
Kate: Olhe e tenha ideias!
Apertei o play no vídeo e a tela se encheu com gritos e assovios femininos em uma espécie de show, até que a câmera parou de balançar e eu o vi. Era Luke em cima do palco, sem camisa com o peitoral cheio de óleo, rebolando ao som da música.
Então ele desceu do palco e escolheu uma garota na multidão, a colocando nos braços como se ela não pesasse nada. Ele se virou para o palco se abaixando com cuidado e colocando a mulher no chão, roçando todo o seu corpo contra o dela.
Sem conseguir me conter eu levei minha mão ao meu seio, já excitada com a imagem dele se esfregando na mulher, deixando o rosto tão perto dela, mas sem a beijar.
Então ele se ergueu ficando de joelhos e agarrou as pernas dela abrindo de forma brusca e eu senti minha boceta pulsar me imaginando no lugar daquela mulher.
Me movi rápido abrindo a mesinha de cabeceira e tirando da gaveta meu vibrador sem tirar os olhos da tela. Luke simulava um oral na garota do palco, deixando todas as outras ensandecidas e me deixando ainda mais excitada.
Liguei meu vibrador começando a deslizá-lo por meu corpo, dando uma rápida atenção aos mamilos e descendo até minha boceta.
— Ahhh! — gemi alto quando a vibração atingiu meu clitóris em cheio.
Não me importei que a porta estivesse aberta, ele já tinha visto meu corpo mesmo e foi ele quem disse que se tivesse gostado do que viu eu estaria gritando o nome dele, nós dois sabíamos que ele tinha gostado, então.
— Ahh isso! — gritei querendo que ele escutasse. No mesmo instante no vídeo ele agarrou a mulher pelos joelhos e a virou no chão com brutalidade, eu coloquei o vibrador dentro de mim no mesmo instante que ele se esfregou contra a bunda dela, simulando um vai e vem antes de puxá-la pelos cabelos. — Luke! Assiiiim... Oh meu Deus... Ahhh...
Gritei largando o celular quando o vídeo acabou e me concentrei em socar o vibrador dentro de mim, me deixando mais perto do orgasmo, minhas paredes se apertavam em volta do aparelho e minha boceta estava tão molhada que eu tinha noção de estar escorrendo para os lençóis, mas não me importava, não dava a mínima para nada disso, eu estava concentrada na fantasia com ele.
Eu gemi o nome dele sabendo que ele estava ouvindo cada um dos meus sons, cada um dos meus gemidos. Aquilo só me deixava com ainda mais tesão, e foi imaginando que ele estivesse no quarto dele, se masturbando enquanto me escutava que eu gozei gritando.
— Merda, eu estou fodida. — sussurrei ainda sem fôlego, mas já sabendo que trabalhar ali e não poder transar com ele ia ser o meu teste de resistência.