No estacionamento
GERALDO AVILAR
_ Uma princesa aqui sozinha desprotegida? Seu herói acabou de chegar!
Falo sendo galante e conquistador, a delegada me olha do seu jeito impaciente e me ignora, ela não pode me ignorar depois da minha entrada cinematográfica.
_ você gostou do meu show quando cantei?
Pergunto me aproximando puxando assunto.
_ você cantou hoje? que horas foi isso que eu nem vi!
A olho estreitando os olhos, fico impressionada com a capacidade da delegada mentir assim na cara dura, na minha cara, seria impossível alguém que estivesse naquele bar não ter me notado cantando.
_ jura que não ouviu?
Falo me aproximando ainda mais, eu ja sabia que ela era baixinha, mas assim cara a cara comigo a delegada é uma gostosa coisinha minúscula, eu a ergueria com apenas um braço tão fácil e ainda assim seria como se não carregasse nada.
_ eu jurava que estava olhando para mim enquanto cantava para você, porque eu cantei para você e você sabe disso.
_ não ouvi nadinha!
Ela está encostada em um carro que é praticamente duas vezes o seu tamanho, a delegada é pequena mas parece gostar de coisas grandes, ponto para mim penso maliciosamente a devorando com os olhos, então levo meu pescoço para frente e sussurro quase no seu ouvido:
_ se você quiser posso cantar no seu ouvido, que tal um show particular? Apenas você e eu num lugar reservado!
Dou uma piscada de olho, abrindo um sorriso lateral fatal que mulher nenhuma resiste, já estou pronto para enlaça-la pela cintura e a pegar para mim lhe dando um beijo irresistível. Então tudo acontece rápido demais, sinto uma dor aguda na costela que me faz me curvar e em menos de dez segundos tem uma arma apontada para minha cabeça.
_ você se acha ne moleque?
Ela diz vindo para cima de mim...
ÂNGELA MARIA
Garoto abusado, lindo, grande, enorme e abusado!
_ deixa eu te falar uma coisa!
Digo pressionando ainda mais minha Glock na sua têmpora.
_ essa princesa aqui não está desprotegida e nem precisa ser salva por um babaca barbudo que está longe de ser um herói, está mais para um gogoboy barato!
Meu corpo ainda está tenso, pois não sei o que o babaca fez, mas quando ele se aproximou de mim e sussurrou quase no meu ouvido, eu sofri um forte impacto sob minha pele fazendo um arrepio percorrer minha espinha, tem algo em Geraldo que me irrita profundamente!
_ você é do tipo durona Ângela...
a forma que ele fala meu nome mexe com algo no meu centro me deixando mais furiosa.
_ você acha?
Pergunto rindo da sua cara, ele não viu nada!
_ Mas eu vim fazer algo...
Ele diz totalmente alheio de que eu tenho uma pistola apontada na sua testa e que se eu apertar o gatilho ele simplesmente deixa de existir, então ele volta a ser erguer, Geraldo é muito alto, nenhum dos homens que estão sob meu comando na policia tem sua altura nem de longe, ao ficar em pé a arma que estava apontada em sua cabeça desce ficando em seu peitoral saliente e ele e olha de um jeito que parece sugar minha alma.
_ você pode até atirar depois...
Ele diz cravando seus olhos certeiros em meus lábios como um dardo que acerta seu alvo e eu engulo a saliva tendo dificuldades em respirar,
_ você não tem medo do perigo garoto?
Geraldo me enlaça pela cintura me fazendo bater no seu peitoral duro igual uma pedra, me dando um chega pra cá minha nega.
_ eu não tenho medo de merda nenhuma!
Ao falar isso, o safado abre um sorriso tão cafajeste e tudo isso misturado faz o pano da minha calcinha ficar completamente empapada, não me lembro a última vez que um homem me fez ficar de boceta molhada melando minha calcinha.
_ eu vou atirar.
sussurro...
_ eu vou te beijar...
Ele sussurra de volta...
E antes me dá um beijo devastador me engolindo viva com sua boca sem me dá escapatória ele fala:
_ não vou embora sem pegar o que vim buscar.
A boca de Geraldo pousa sobre a minha, não, calma, não terna, não lenta, mas com a força de um furacão, com uma só mão ele me impulsiona a pular em seu colo e eu pulo, minhas pernas o prende em sua cintura e eu tento o empurrar enquanto sua língua dura penetra minha boca, sua mão vai até minha bunda e aperta forte, aquelas mãos grandes e brutas fazem minha bunda arder com o aperto e minha boceta começa piscar loucamente.
_ Me larga...
sussurro contra sua boca enquanto não resisto e me esfrego em seu corpo e ouço um sorriso contra meus lábios, quando uma de suas mãos fundam nos meus cabelos apertando firme fazendo meu couro cabeludo pinicar meus olhos reviram e eu me desconheço, porra, o moleque tem pegada e como tem!
Dai em diante me entrego ao beijo, uso minha mão que está livre da arma e afundo meus dedos em seus cabelos preso pelo coque, os fios são macios e eu aperto o ouvindo gemer, o gemido de Geraldo é algo primitivo, baixo, rouco e extremamente sexy e eu o engulo, apenas os sons de nossas respirações descompensadas e gemidos são ouvidos.
_ porra, gostosa!
Ele fala como se estivesse xingando e me faz sentir como ele esta duro e mesmo por cima do jeans me assusto com o volume.
_ quero te comer...
Ele diz como se estivesse descontrolado e tira a boca da minha, descendo sua a boca por meu pescoço, lambendo, mordendo, sinto quando sua mão aperta minha bunda com mais vontade agora sem nada para atrapalhar, pele com pele, que horas ele colocou a mão dentro do meu macacão? Garoto rápido!
_ Ahhhh!
Gemo quando sinto um chupão no meu pescoço.
_ Ângela!
Escuto meu nome sendo chamado e olho por cima do ombro do Geraldo vendo Berenice parada nos observando com uma expressão que nem sei dizer.
_ Merda, me põe no chão!
Geraldo fala algo que não entendo e me desce, nossos olhos se encontram o dele tem um brilho irritante e com um sorriso no rosto dele se despede.
_ foi um prazer delegada, e no próximo encontro...
Ele se aproxima e fala no meu ouvido num sussurro quase mudo me fazendo ter calafrios:
_ eu só vou parar quando minha porra estiver toda dentro da sua boceta!
E plantando um beijo no canto da minha orelha me deixando devastada ele se vai.
_ Ângela...
_ Berenice não fala nada!
Digo abrindo a porta do carro e me sento no lado do passageiro enquanto ela assume o volante.
_ mas...
_ mas nada Berenice!
A interrompo quando ela volta a querer tocar no assunto.
_ Você não viu nada, eu não fiz nada, não teve nada, o que você viu não aconteceu!
_ se você diz!
Berenice fala e a escuto sorrir, que merda eu fiz? Perdi a cabeça! A delegada Ângela nunca perde a cabeça, então a voz de Berenice interrompe meus pensamentos:
_ Aquele cara que você estava quase transando no estacionamento não era o homem que cantou no bar? O que você disse que não conhecia?
_ Não sei Berenice, pode ser!
_ para quem não conhecia, achei uma ótima forma de conhecer alguém...
Eu mereço! passo a mão no pescoço sentindo queimar bem onde ele chupou, tendo certeza que o moleque me marcou.