TRÊS
Brutus
Estava eu no meu quarto quando
ouvi o barulho do carro do meu pai. Cassete, ele havia voltado bem antes do
previsto, mas, continuei lendo o meu livro, coisa wu eu não faço muito, mas às
vezes é bom variar um pouco nas coisas. De repente eu ouço uns gemidos vindos do
quarto do meu irmão. Caralho, ele estava batendo uma de novo? O que será que
esse garoto tem? E olha que eu gosto de sexo, mas olhando pelo lado sério, o um
irmão está completamente viciado na coisa. Eu não se aguentaria trepar durante
toda uma tarde e seguir batendo bronha pouco tempo depois.
Acontece é que eu pareço ter
nascido com o genoma da curiosidade encrostada no meu DNA. Às vezes eu me olho
no espelho e me pergunto: “cara, qual a razão pra tu ser tão curioso? ” E foi
exatamente essa curiosidade que me levou a ir até o quarto do meu Brother,
entretanto a alegria durou pouco quando me deparo com o meu pai.
— Achei que não fosse te
encontrar em casa. — ele perguntou com aquele olhar gélido. “Aí vem bomba”!
Pensei.
— Ah, o senhor não havia
deixado nada de importante para eu fazer hoje, pai. Eu deveria ter feito algo?
— perguntei olhando meio sem jeito na direção do quarto do meu irmão. O
problema é que o meu pai fez a mesma coisa.
— Está acontecendo alguma
coisa, Brutus? — na boa, eu vi um soldado medieval com uma espada levantada bem
na minha frente, ela maneira com a qual o meu pai olhou pra mim.
— Não, pai. Não aconteceu
nada... é que eu ia buscar um livro no quarto do Taurus, só isso! — respondi
entregando o meu nervosismo. Imagina se o velho entra ali e flagra o meu irmão
arregaçando o pinto com as próprias mãos? Se bem que ele acha que gente não
sabe das diversões a sós que ele costumada proporcionar a si mesmo, mas vamos
deixar isso de lado e focar no que realmente interessa.
— Livros? O seu irmão?
— Sim! Agora mesmo eu estava
lendo a Teoria de Tudo, de Stephen Hawking. — o meu sorriso entregou que eu
estava mentindo, mas, por incrível que pareça, o meu pai acreditou, pelo menos
ele fingiu.
O velho pigarreou e quando
virou as costas para retornar à escada, minha prima saiu do quarto dela. Puta
que pariu, a mina estava vestindo um conjuntinho cor de rosa, um shortinho
curto. E os peitos? Ela veio correndo na direção do meu pai para o abraçar, mas
eu só consegui visar as duas bolas subindo e descendo quase saltando para fora
da blusa dela.
— Titio! Que bom que voltou! —
ela exclamou, praticamente se pendurando no pescoço dele.
— Ana, querida sobrinha. Está
tudo bem por aqui? — ele perguntou olhando para mim.
— Claro! — ela respondeu com
um sorriso de orelha a orelha. — Os meus dois priminhos são uns amores. Eu os
considero como meus heróis!
Ai, minha piroca. Por que
aquela menina tinha que aparecer naquele exato momento? E ainda mais vestida
daquela forma? Como que uma pessoa em sã consciência resolve andar pela casa
usando uma roupa como se fosse dormir? Eu não faço a menor ideia de como ela
consegue fazer isso. Meu pai perguntou o que a Ana Maria havia feito durante o
período em que ele esteve fora e ela contou que apenas ajudou a mim e ao
Taurus, também acrescentou que nós éramos os seus irmãozinhos. Aquilo fez o meu
coração acelerar. Mas a ficha quanto ao meu irmão caiu mesmo quando ela
comentou que o Taurus esteve em seu quarto há pouco. Fiquei me perguntando o
que será que eles haviam aprontado para o Taurus ter corrido para bater uma.
Acho que ele, assim como eu, não resistiu ao ver aqueles peitos balançando
feito balões e aquelas pernas longas e bem torneadas. Qual o cara não ficaria
mais duro do que uma pedra?
***
Depois daquela insana conversa
entre mim, o meu pai e Ana, finalmente consegui entrar no quarto do meu irmão.
Ele ainda estava enrolado na toalha e com outra secava os cabelos em frente ao
espelho.
— O que foi? Por que está me
olhando com essa cara? — perguntou meio desconfiado.
— Nada! — respondi
prontamente. — Só vim saber se está tudo bem com você. Não poso?
— Haha! — ele sendo irônico. —
E desde quando você se preocupa tanto com o meu bem-estar, maninho?
A pergunta veio a calhar. Eu
não dou a mínima para o meu irmão, mas naquele momento a curiosidade me corroía
por dentro. Será que ele estava a fim da nossa prima? Cara, por que se for
isso, eu não saberia o que fazer, já que eu também estava pra pirar do tanto
que aquela mina ficou gostosa. Eu só conseguia pensar nela, em foder aquela xota,
que certamente era deliciosa, até não conseguir mais me segurar de pé. Mas pelo
visto esse também era o desejo do Taurus. E agora?
— Eu vi que você esteve
conversando com a Ana. Ela me pareceu bastante chateada com você por causa da
Summer. — perguntei. Ele riu, em seguida jogou a toalha com a qual enxugou a
cabeça, sobre a cama.
— A Summer é a minha foda.
Quando eu estou querendo muito trepar, você sabe que eu sempre a chamo! —
Taurus respondeu, retirando a toalha que cobria sua nudez e vestiu um short
taktel. — Quanto à Ana, essa garota pensa que continua sendo a mesma menininha
sardenta de antes, só que ela cresceu e deve saber que nós crescemos também! —
Finalizou vestindo uma camiseta de cor branca e com uma prancha de surf na
estampa.
— Você está certo! —
confirmei. — A Ana se tornou uma linda mulher e por isso nosso comportamento
também tendia a mudar, isso era fato.
— Só que ela insiste em
perguntar se ainda é a minha menininha. A minha garotinha e se joga no meu
colo. Cá para nós, é bem incômodo! — sorriu. — Muito, muito incômodo!
— Eu sei bem o que você quer
dizer. Ela também me fez a mesma pergunta e...
— E o que?
— Nada! Deixa pra lá, eu acho
que o papai vai querer falar com a gente. Ele está com uma cara! — mudei logo
de assunto, pois conhecendo o Taurus como eu conheço, ele iria me encher a
paciência até eu me irritar com ele.
Foi só o tempo de ele calçar
as sandálias e fomos os dois para o escritório do nosso pai. Nossa mãe já
segurava uma bandeja com uma jarra de suco, três copos e logo atrás dela,
Carmem, a empregada com outra bandeja de biscoitos.
— Ele nos espera!
Falamos em coro. Ao olhar para
o alto da escada vimos nossa prima descendo, só que dessa vez ela estava
devidamente vestida. Um vestido azul claro, rodado, um pouco abaixo das coxas.
O mesmo continha um cinto feito de tecido da mesma cor passado em volta da
cintura. Uau, ela parecia uma princesa de algum conto de fadas, mas ela era
real, muito real. Talvez a presença da minha mãe a deixou um pouco sem graça e
então ela decidiu vestir algo mais, melhor, menos chamativo, uma vez que nossa
casa costumava ser frequentada por pessoas da alta sociedade e como a Ana Maria
havia estudado desde os oito anos em uma faculdade para meninas, uma boa
postura era o mínimo que se esperava dela.
Anna apenas acenou pra gente.
O Taurus me olhou meio atravessado e nós dois acenamos de volta. Ela desceu
direto para a cozinha e meu irmão e eu entramos no escritório.
— O senhor queria nos ver,
pai? — o Taurus perguntou. Ele gostava de tomar à frente nas coisas.
— Sim! — respondeu com a
cabeça ainda baixa enquanto escrevia sabe-se lá o que. — Vou precisar da ajuda
de vocês em algo!
— E no que consistiria essa
ajuda, senhor Benefilds? — Foi a minha vez de perguntar. — Esperamos que não
seja algo muito...
— Eu sei que vocês dois ainda
não estão prontos para coisas grandes. Se trata da visita de um velho amigo e
ele tem uma filha mais ou menos da idade de vocês! — ele respondeu. Já sei onde
isso vai dar.
— E o que devemos fazer? —
perguntou o Taurus.
— Só cuidem para que a moça
não entre em confusão, está bem? Ela, assim como a prima de vocês, estudou em
um colégio interno na Suíça e por tanto, não conhece muito de nosso país. —
Prosseguiu ele. — Levem-na para conhecer alguns lugares e ah, chamem a Ana
também. Ter uma moça junto vai deixar a jovem um pouco mais à vontade!
— Missão dada, missão
realizada, pai! — batemos continência para o nosso velho, meu irmão e eu. Como
será que é essa tal moça? — Como ela se chama, pai?
— O nome dela é Constance e
vocês já a conhecem sim! — dessa vez foi nossa mãe quem respondeu!
— A Constance cabeça de balão?
— perguntamos ao mesmo tempo.
— Ela sim! — meu mundo caiu
com a confirmação.
A Constance era, em múltiplas
vezes, achincalhada por a gente, por conta da cabeça enorme que ela tinha. A
garota é muito rica e filha de um bilionário irlandês casado com uma espanhola.
Os Sullivan sempre foram amigos da nossa família e agora, o célebre ricaço
viria visitar o meu pai e como consequência, meu irmão e eu ficaríamos a
encargo de fazer o papel de babá da cabeçuda. Olha, sinceramente eu não estou
nenhum pouco animado com essa visita. Algo me diz que isso vai dar uma confusão
danada. Meu transe foi quebrado com o celular vibrando no meu bolso, olhei no
visor e vi que se tratava da Síria.
— “Oi amor. Que saudade! ” —
Ela falou de um jeito dengoso. — “Será que a gente não poderia se ver hoje? ”
Cara, eu já estava a ponto de
bala desde a hora em vi a Ana Maria com aquela roupa. Meu pau estava tão duro
que chegava a doer e sério, eu precisava meter em alguém naquela tarde e lógico
que a Síria era a opção certa.
— Por que não agora? —
Respondi depois de ter me afastado um pouco do pessoal. — Eu estou louco para
te dar aquela chupada que você tanto gosta!
A Síria soltou um gemidinho
gostoso do outro lado da linha e aquilo me deixou com ainda mais tesão. Se eu
já estava escondendo o meu pau duro do que jeito que dava, imagina depois
dessa? Me despedi do meu pai e fui direto para o carro. Mas antes fiquei meio
sem jeito ao ver a Ana Maria com aquele olhar de indagação novamente. Eu nada
disse, tão somente acenei para ela e saí.