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4

Tento sair dos seus abraços, mas ele não deixa.

Se levanta comigo e me coloca  em cima da mesa, com ele no meio das minhas pernas.

-Eu sei que é deficil Cintia, mas é a verdade eu tenho te esperado por toda minha vida e agora que você apareceu eu não a deixarei ir-diz determinado

-E se eu não quizer?-pergunto desviando meu olhar dos seus.

-Você não tem que querer querida, você é minha e não há como negar ou evitar isso-pega meu queixo levantando o meu olhar para ele.

-Mas eu não sinto nada que indique isso.

-Você sente Cintia só ainda não admitiu. O desejo que sentimos um pelo outro, o facto de ti sentires protegida comigo ao ponto de me apresentares a sua filha ou de me contares da sua vida.

-Mas eu só te conheço a oque? Um dia?-pergunto exasperada e ele segura meu rosto com as suas duas mãos e me olha intesamente.

-Isso não importa, porque quando eu te vi foi como se eu te conhecesse a anos, não importa o tempo que nos conhecemos, oque importa é o agora, oque nós queremos agora.

-Isse eu não quiser?

-Caralho mulher!. Eu não sei porque estou te pressionando tanto para me aceitar, se você não quer, eu não irei te obrigar. Não irei te obrigar a viver uma vida que não queres, eu cansei.

Eu não imploro nada a niguém e eu só te conheço a um dia, e já perdi as contas de quantas vezes pedi-te algo, eu não sou assim com ninguém além da minha familia, para os outros eu mando e eles obedecem sem questionar. Então que se foda você se não me queres, eu não vou implorar mais-diz exaltado e sai pela porta da cozinha que da para o jardim.

Fico estatica por un tempo de boca aberta.

Penso em tudo que me aconteceu.

Depois do meu ex-marido, eu pedi a Deus que me enviasse alguém que preste, que atenda todas as minhas necessidades e as da minha filha.

Agora que chega um homem que parece o certo, eu o faço ir embora, o faço desistir de mim.

Apesar de ele vir em uma versão sobrenatural, ele parece o certo.

Depois de perceber o quanto estou a ser burra, desço da mesa e corro  pra o jardim, só paro quando o vejo perto do lago sentado de costas e a cabeça baixa.

Me aproximo devagar, e sento ao seu lado, silenciosamente encaro o pequeno lago.

-Me desculpe- sussuro apertando as minhas pernas contra o meu peito

-Por?

-Por ser tão burra ao ponto de te afastar de mim.

Depois do meu ex-marido eu orei para que Deus me envie um homem para que me protegesse, a mim e a minha filha, só que os meses se passaram e eu percebi que talvez eu não precisasse de um homem para me proteger, então, eu cresci e amadureci, cuidei da minha filha sozinha com a ajuda da minha Mãe. Então eu decidi que não preciso de nenhum homem pra cuidar de mim e da minha filha, porque eu sou capaz, eu tenho força o suficiente para nós duas. Mas ai você chegou e acho que és o presente atrasado de Deus. E eu sinto muito por ter te stressado tanto.

-Vem cá pequena.

Abre os braços e me atiro no seu colo colocando a cabeça no seu pescoço o abraçando forte.

Os seus braços fortes se apertam em torno de mim e cheira meu cabelo.

-Eu te quero tanto pequena-diz cheirando meu pescoço me deixando arrepiada.

Levanto minha cabeça e o encaro os seus olhos tem um brilho diferente, o castanho dos seus olhos não é aquele comum é diferente os deixando mais bonitos.

Desço os olhos e paro nos seus lábios finos, me chamando atenção.

Desço os meus lábio nos deles, o beijo lentamente querendo que o momento dure.

Calleb aperta minha cintura como se estivesse se contendo, o seu gesto faz com que me movimente no seu colo.

Afundo os meus dedos no seu cabelo e Calleb aprofunda o beijo acareciando minhas coxas.

Retribuo seu beijo com a mesma intensidade.

Eu não sei porque mais sinto como se já tivesemos feito isso antes.

Me pegando completamente de surpresa Calleb troca de posições me deitando na grama fofa e ele fica por cima de mim no meio das minhas pernas.

Olho para ele com a mesma sensação de já termos feito exatamente a mesma coisa.

Como se eu ja tivesse feito muito mais que isso com ele.

-Porque eu sinto que já fizemos isso Calleb?-pergunto enquanto ele beija meu pescoço.

-Eu não sei. Mas sinto a mesma coisa-diz confuso, mas sorri me encarando- Deve ser porque somos companheiros-diz dando de ombros e continua beijando meu pescoço

-Oque importa é que você é minha-diz sorrindo e eu sorrio de volta.

Espero que ele seja mesmo o presente atrasado de Deus.

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