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Capítulo 13 Pedido por piedade

— Ah. — Thales gritou de dor com um chute poderoso de Vitor, que o lançou a uma distância de quatro ou cinco metros.

Três dos seus companheiros foram derrotadas e jogados contra a mesa, derrubando e quebrando mais de uma dúzia de pratos. O ambiente do restaurante era de caos.

Todos os presentes ficaram assustados, olhando para Vitor com olhos arregalados e respiração ofegante. Eles eram pessoas sagazes e podiam ver que as roupas de Thales valiam milhares de reais. Como alguém como Vitor poderia desafiá-lo?

Camila também estava espantada. Ela não esperava que Vitor reagisse dessa maneira, e explodisse tão de repente. Um toque de preocupação tomou o seu coração, e a sua decepção desapareceu sem deixar vestígios. Ela observou Vitor com um misto de admiração e temor.

— Vagabundo, como ousa me bater? — Disse Thales ao se levantar, segurando o próprio rosto, com um sorriso sinistro. — Acabou para você!

Cinco dos seus companheiros olharam para Vitor e Camila com um ar de arrogância e desprezo.

A bela garçonete também chamou alguns seguranças grandões.

Vitor não deu atenção a isso, nem sequer olhou para eles. Ele mantinha uma postura tranquila, mas seus olhos estavam afiados e penetrantes como lâminas.

— Eu te darei uma chance. Ajoelhe-se e peça desculpas à minha esposa, caso contrário, você perderá uma mão hoje. — Disse, encarando friamente para Thales.

Os clientes ao redor riram das suas palavras, não conseguiam acreditar que Vitor poderia realmente ter tal atitude.

— Seu idiota, quem você pensa que é? Quem te deu o direito para desafiar e destratar o Sr. Thales dessa forma? — A garçonete disse furiosa, seu rosto vermelho de raiva e incredulidade.

— Você sabe quem é Thales? Ele é gerente da filial do Grupo Cardoso e parente da Srta. Fabiana. Então, como você, um caipira, tem a coragem de humilhá-lo? — Ela disse em tom de fúria, estava extremamente irritada com Vitor por ter atacado Thales. O jovem era da alta sociedade, e desafiá-lo era como um ato de rebeldia.

Muitos que estavam ao redor de espantaram em união ao ouvir que Thales era parente de Fabiana e gerente da filial do Grupo Cardoso.

Todos pensaram que era o fim de Vitor e que Camila também sofreria consequências. Muitas mulheres olhavam com desdém para o calmo Vitor, achavam que era tudo uma cena e que ele estava se exibindo após causar o grande problema.

Thales aproveitou a indignação do público e se aproximou de Vitor. Sua expressão era de puro ódio, e ele tremia de raiva.

— Seu desgraçado, me acertou na cabeça? Que coragem... — Ele disse enquanto segurava o rosto, o sangue escorrendo entre seus dedos. — Em toda a zona da Cidade Z, nunca ninguém ousou me tratar assim. Você é o primeiro, e devo dizer, é uma grande valentia. Mas você causou um grande desastre, é melhor se ajoelhar, obedientemente cortar a mão que me bateu e mandar a sua mulher para a minha cama. Caso contrário, estará condenado a partir de hoje, e não vou descansar até que você sofra as consequências. — Thales mostrou seu lado opressivo, os olhos brilhando de malignidade.

Ao dizer isso, seus amigos se aproximaram, com garrafas de vinho nas mãos, prontos para quebrá-las na cabeça de Vitor.

— O que vocês pretendem fazer? Se ousarem tentar alguma coisa, eu chamarei a polícia. — Camila estava trêmula e pálida, seu coração batia acelerado de medo.

— Chamar a polícia? Todos os policiais são amigos do Sr. Thales. — A garçonete bonita respondeu em um tom sarcástico, os lábios curvados em um sorriso de desprezo.

— Camila, não se preocupe, eu cuidarei da situação. — Vitor disse, e calmamente segurou a mão de Camila. Seu toque era firme e reconfortante, transmitindo uma sensação de segurança que ela não esperava. Em seguida, Vitor olhou para Thales, seus olhos fixos e sem um pingo de medo. — Parece que você desistiu da oportunidade de pedir por piedade.

— Quem você pensa que é para me fazer pedir desculpas? — Thales cuspiu, sua voz gotejava veneno.

— Isso é suficiente? — Vitor tirou um cartão do bolso e jogou para Thales.

— Está com artimanhas? O que é isso? — Thales zombou, mas sua mão tremia ligeiramente ao pegar o cartão.

— Provavelmente um cartão bancário para subornar o senhor... — A garçonete disse em tom de ironia, rindo alto.

— Nunca tive problemas financeiros, e não quero o seu dinheiro. O que eu quero é sua mão e sua mulher. — Thales demandou enquanto olhava desdenhosamente para o cartão na sua mão.

Bastou apenas esse olhar, e ele ficou arrepiado, como se tivesse sido cutucado por um graveto em chamas. As palavras “Pássaro Vermelho” eram como agulhas perfurando os seus olhos.

O Cartão do Pássaro Vermelho do Grupo Cardoso?

Ele examinou o cartão inteiro minuciosamente, sem acreditar tentando encontrar alguma falsificação, mas tudo indicava que era verdadeiro. Thales estava tão assustado que começou a escorrer o suor frio pelo rosto.

Acabou, acabou, naquele momento ele sabia que tinha causado um grande problema, e se arrependeu imediatamente.

— O que foi? Você não reconhece o cartão? — Vitor pegou a garrafa de vinho e se serviu, seus movimentos eram suaves e despreocupados.

— Isso é... Isso é... — Thales trocou o cartão de uma mão para outra mais de uma vez, tinha os nervos à flor da pele, e finalmente o devolveu a Vitor.

O cartão do Pássaro Vermelho não só pertencia a apenas clientes valiosos do Grupo Cardoso, mas também representava a autoridade absoluta de Fabiana.

Quem era Fabiana?

Para o resto, ela era a presidente do Grupo Cardoso, uma mulher de negócios, muito bem-sucedida, mas Thales sabia um pouco mais que os outros.

Ela era conhecida pelo apelido de Viúva Negra.

Por saber disso, Thales sabia que era melhor não agir de maneira imprudente. A pequena relação distante que ele tinha com Fabiana não significava nada em comparação com um cartão do Pássaro Vermelho.

O que Thales não conseguia entender era como um jovem imprestável como Vitor conseguiu a confiança absoluta de Fabiana.

Ele não desistiu, pegou o seu celular e fez uma ligação. Suas costas estavam encharcadas de suor.

Fabiana se limitou a dizer que Vitor era o convidado mais notável do Grupo Cardoso, tão importante que poderia decidir o curso da vida de Thales.

Ele sentiu o mundo girar de cabeça para baixo, qualquer mínima esperança que ele antes tinha desapareceu depois daquela ligação. Após desligar o celular, ele caiu de joelhos. Seus olhos estavam cheios de desespero.

Todos ficaram chocados.

— Sr. Vitor, me desculpe. Eu não reconheci o grande homem que estava perante a mim. Por favor, me perdoe e me dê uma chance de viver. Eu estava errado, eu errei. — Thales se estapeou uma dezena de vezes. — Sr. Vitor, por favor me dê uma chance.

Ele sabia que se Vitor estivesse insatisfeito, a sua vida correria grande perigo.

Os clientes do restaurante ficaram boquiabertos, definitivamente não esperavam por isso.

Camila também estava um pouco surpresa, não esperava que um simples cartão faria Thales se ajoelhar. Afinal, Thales era gerente da filial do Grupo Cardoso.

— Sr. Thales, o que está acontecendo? O que houve? Por que está se ajoelhando para um derrotado? — A garçonete gritou perplexa, sua voz tremia de confusão e medo.

— Derrotada é você! — Thales estapeou e chutou a garçonete. — Se insultar o Sr. Vitor novamente, eu te mato. — Seus olhos estavam cheios de lágrimas de tanto medo. O momento era crucial, se ele por acaso insultasse Vitor estaria providenciando o próprio suicídio.

A garçonete, sentindo-se injustiçada, logo caiu no chão, com o rosto ferido e e o coração batendo acelerado.

— Você não queria arrancar a minha mão e levar minha mulher para a sua cama? — Vitor sorriu ligeiramente, seu rosto calmo e sereno.

— Sr. Vitor, eu estava errado, eu realmente estava muito errado. — Thales continuou reverenciando com cabeça no chão, e pedindo por piedade. — Por favor, me dê uma chance de viver. Sra. Santos, me desculpe, eu estava errado. Nunca mais farei o mesmo. Eu estou disposto a tudo, faço qualquer coisa, posso ser vosso escravo.

Se Vitor não ficasse satisfeito, Fabiana tiraria sua vida.

Ao ver Thales ajoelhado, todos ficaram sem ar por um momento, sentiam uma pressão esmagadora no peito, um peso de uma montanha sobre os seus ombros. Todos olhavam para Vitor com olhos de questionamento e curiosidade, mas principalmente constrangimento.

Eles ridicularizaram Vitor antes, e agora Thales estava de joelhos se comportando como um cachorro obediente. O quão ridícula era toda aquela situação?

A bela garçonete também estava aterrorizada, não ousava respirar, ela não conseguia entender como Thales temia tanto Vitor, um jovem com aparência pobre e desprezível. O que estava acontecendo? Que tipo de cartão era aquele? Qual era a sua origem? Quem realmente era Vitor?

— Vitor, ele já pediu perdão, é melhor deixarmos isso para lá... — Camila corou ao ouvir Thales chamá-la de Sra. Santos.

Vitor pegou uma faca de mesa e a fincou na mão esquerda de Thales. Sangue jorrou. O grito de dor de Thales ecoou pelo restaurante, causando calafrios em todos.

— Se um pedido de desculpas é o suficiente, para que serviria a polícia? — Vitor disse friamente, sem um traço de compaixão.

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