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Capítulo 10 Ressurreição

A sombra voltava para o corpo de Cecília.

Vitor estendeu a mão esquerda, e pressionou firmemente a Jade da Vida e Morte contra a cabeça de Cecília, sem dar espaço para que a sua alma se separasse.

— Perfuração da vesícula biliar, lesão hepática, hemorragia abdominal severa... — Murmurou Vitor para si mesmo, concentrado.

Ele sabia que o poder da Jade da Vida e Morte não era suficiente para reparar todos os danos, mas tinha esperança de que poderia usar as agulhas do Retorno à Vida para ajudar Cecília a superar esse momento crítico.

Assim como Vitor temia no dia seguinte, um pouco de coroa branca podia reparar a alma, mas não era suficiente para garantir a sobrevivência de Cecília.

Vitor sabia que precisava aplicar a medicina que havia aprendido de manhã.

Dr. Luiz, observando a cena, ficou furioso ao ver Vitor em ação.

— Quem é esse otário? O que você fez com Cecília? Você não sabe que Cecília morreu? O que você quer mexendo no corpo dela? — Ele gritou, avançando furiosamente para puxar Vitor.

Já era extremamente doloroso e lamentável ela ter morrido tão jovem, e Vitor ainda estava surrando mais ainda o corpo, era simplesmente desumano.

Era um momento crucial. Vitor não podia parar. Ele sacudiu o braço, afastando Dr. Luiz para longe, que cambaleou e quase caiu no chão.

Vitor então retirou os braços as agulhas de prata que tinha comprado há pouco.

A primeira técnica chamada Agulha Místicas do Tai Chi, do Retorno à Vida.

Vitor suavemente sussurrou os nomes dos pontos de acupuntura: Baihui, Fengchi e Tianshu, enquanto inseria lentamente as agulhas de prata esterilizadas. Cada agulha tinha um leve brilho claro e fraco, que desapareceu instantaneamente ao entrar no corpo de Cecília.

Enquanto Vitor inseria as agulhas, nove quadrantes apareceram no corpo de Cecília, espalharando-se até se tornarem apenas um só. O corpo pálido de Cecília imediatamente ganhou um tom rosado, como se o sol tivesse dissipado a escuridão.

Dr. Luiz estava prestes a interromper e empurrar Vitor, mas de repente parou ao ver essa cena, seu rosto era de completo espanto.

— A paciente já morreu e você continua espetando agulhas nela? Você acha que é Deus? Ele ousou empurrar o Dr. Luiz, levem-no para fora! Arrastem-no para fora dli! — A equipe médica gritou.

Os profissionais de saúde, cujas visões estavam bloqueadas por Dr. Luiz e Vitor, não viram a cena milagrosa e começaram a gritar desejando a morte de Vitor.

— Vitor! Por acaso sabe o que está fazendo? — Exclamou Camila, que entrou correndo pela porta, ansiosa. — Saia daí, você não é médico, não atrapalhe aqueles que realmente estão fazendo o resgate.

Camila não conseguia entender por que Vitor, um simples dono de casa, estava tentando salvar alguém. Para ela, era ridículo.

E aquela menina era a filha de Fabiana. Se algo desse errado, nem dez vidas de Vitor seriam suficientes para compensar.

Parecia que o mal-entendido daquela manhã fez com que Vitor perdesse a cabeça.

Esse homem, que cogitava a morte por qualquer mínima situação, não conseguia amadurecer?

Uma dúzia de profissionais de saúde arregaçaram as mangas e avançaram rapidamente.

— Srta. Fabiana, pare eles. Me dê mais cinco minutos e eu devolverei Cecília. — Vitor gritou para Fabiana, a voz carregada de urgência e convicção. — De qualquer forma, ela já está morta. Pode ficar pior do que isso?

Fabiana, que estava completamente devastada, despertou-se com grito de Vitor. Antes, ela não acreditava que sua filha pudesse ser salva, mas o resgate do dia anterior deu uma pequena esperança a ela. Vitor era capaz de milagres.

— Deixe Vitor salvar. Vocês não conseguiram salvá-la, então deixem ele tentar. — Disse Fabiana, com uma expressão triste, mas decidida. Ela afastou os profissionais de saúde, que pararam instantaneamente ao ver sua determinação.

Apesar de Fabiana ser uma mulher jovem, com pouco mais de vinte anos, ela conseguia transmitir uma energia poderosa quando ficava furiosa.

— Srta. Fabiana, seja racional, por favor. Sua filha já se foi, não a deixe sofrer mais, deixe-a descansar em paz. — Um médico gritou, tentando apelar para a razão de Fabiana.

— Não, nós precisamos chamar a polícia. Chamem a polícia, deixem que eles prendam este otário. — Disse uma enfermeira em tom de angústia.

Muitos deles têm filhos e não podiam suportar ver Vitor “maltratar” Cecília daquela maneira.

Toda a equipe médica recuou alguns passos, bloqueando a porta e evitar que Vitor fugisse após causar mais problemas.

— Srta. Fabiana, sou esposa de Vitor, ele realmente não tem habilidade alguma em medicina, não o deixe fazer isso. — Camila também olhou para Fabiana, desesperada.

— Eu confio nele. — Fabiana respondeu com firmeza, o olhar intenso.

— Srta. Fabiana... — Camila ficou sem palavras, não conseguia entender por que Fabiana estava sendo tão obstinada. Ela não conseguia entender como Vitor, considerado inútil e desprezado pela família Marinho, podia ser tão confiável para Fabiana. A situação a fazia sentir desconfortável e confusa. Seu marido sendo considerado de confiança por uma outra mulher, e essa mulher era ninguém menos que Fabiana.

Os pacientes e seus acompanhantes, curiosos, estavam na porta e também começaram a insultar Vitor.

— Se ela já morreu, é melhor deixa-la descansar em paz. Continuar mexendo no corpo não permite que a alma descanse em paz. — Gritaram alguns, indignados.

Quanto a salvar vidas, isso era uma piada. Nem batimentos cardíacos ela tinha, como alguém poderia salvá-la?

Ninguém acreditava em Vitor, todos gritavam para chamar a polícia para prendê-lo, ou até mesmo executá-lo diretamente.

Dr. Luiz, embora inicialmente relutante, observando fixamente as agulhas de Vitor.

— Agulhas do Retorno à Vida? É realmente do Retorno à Vida? — Murmurou para si mesmo, reconhecendo a técnica e ficando emocionado. Ele se lembrava dessa técnica mágica da acupuntura, perdida no tempo, descrita em antigos livros de medicina. A primeira técnica da Agulha Mística do Tai Chi, tinha o efeito de trazer de pessoas de volta à vida, contanto que houvesse um último suspiro.

Dr. Luiz nunca esperava que essa técnica, que pensava ser apenas uma lenda, estivesse bem diante de seus olhos.

Ele pegou o celular com as suas mãos trêmulas e começou a filmar.

Assim que os seguranças fortes entraram correndo, um som da máquina fez todos na sala se espantarem. Logo em seguida, a sala foi tomada por uma série de som da máquina.

Fabiana olhou para cima e imediatamente ficou boquiaberta.

Os médicos mais próximos ficaram de queixo caído, o pânico estampado no rosto. A linha reta no monitor começou a oscilar. Os batimentos cardíacos, o pulso e a respiração foram recuperados no mesmo momento.

Inicialmente devagar, mas em menos de cinco segundos, os batimentos cardíacos atingiram uma frequência de dez vezes por minuto. Embora ainda fosse perigoso em comparação a uma pessoa normal, ainda assim indicava uma possibilidade: Cecília estava viva!

Todos na sala ficaram fascinados. A paciente que havia sido declarada morta, agora incrivelmente exibia sinais de vida. Era como ver um milagre acontecer.

Ninguém conseguia acreditar. Uma pessoa sem atividade cerebral poderia realmente recuperar seus batimentos cardíacos? Como isso ele fazia isso?

Independentemente de acreditarem ou não, o coração de Cecília realmente tinha voltado a bater.

Dez vezes! Vinte vezes! Trinta vezes! .. Sessenta vezes! Alcançando a frequência normal! A menina estava viva.

Dr. Luiz caiu de joelhos, era realmente a técnica do Retorno à Vida.

— Cecília está viva, tratem dela, rápido! Ajudem! — Vitor gritou, exausto mas determinado. Era a primeira vez que ele usava essa técnica para salvar uma vida e sabia que havia muitas coisas que precisavam ser ajustadas, consumindo muita energia.

Dr. Luiz e as outras pessoas presentes ficaram chocadas pelo grito de Vitor e imediatamente começaram a tratar Cecília sem dizer uma palavra. Todos estavam surpresos.

Muitos médicos, não podiam deixar de olhar para Vitor, incrédulos, enquanto examinavam o estado de Cecília.

Esse rapaz realmente ressuscitou uma pessoa?

Camila, perplexa, observava Vitor com uma expressão serena, sentindo-se confusa.

— Esse era ainda é o homem que eu conhecia? — Murmurou para si mesma, a mente cheia de questionamentos.

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