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Capítulo 6

Luana Muller...

Não que eu queira que esse senhor, demonstra-se algum tipo de afeto ao me ver… Mais ele pareceu bem frustrado ao tirar o véu do meu rosto, até porque cobriu novamente e durante o casamento, me tratou como se eu não estivesse ao seu lado.

Até que é bom! Já que eu não queria estar aqui… Mais fiquei com essa dúvida, se ele queria tanto se casar comigo, porque me tratou assim? Pelo primeiro pior dia da minha vida, estamos casados infelizmente.

Depois de graças a Deus, ele recusar a me beijar… Pois eu estava com medo dessa parte, ele me abraçou rápido e da mesma maneira me soltou, como se eu estivesse o sufocando, seguindo na minha frente... Conversando com duas mulheres lindas para a tal festa.

Caminhando atrás dele, me perco nos meus pensamentos, "Hoje estou casada com um senhor na qual eu não tenho sentimento algum, poderia ser tudo diferente! Eu entraria na faculdade até conhecer um cara legal, mais eu estou aqui, minha mãe, eu acredito que ela esteja desolada em casa".

Sem querer participar desta farsa de festa, eu vou procurar um lugar para ficar, não tô feliz e não tem o porque ficar demonstrando estar, meu pai, não quero vê-lo, o tal marido pior ainda, e os convidados eu nem os conheço, então eu só quero ficar no meu cantinho em paz

Me afundo entre as pessoas sem nem sequer deixá-las me perceber, entro em uma porta e dou de frente com a cozinha, várias mulheres e homens trabalhando para servir o pessoal, e uma senhora bem abatida e com um semblante triste vem me cumprimentar

— A senhora deve ser a noiva, algum pedido em especial?— Eu tenho apenas 17 anos e já estou sendo chamada de senhora.

— Por favor, só me chame de Luana — Dou-lhe um sorriso educada, enquanto termino de dizer— Especial para mim seria sair desse lugar— Percebi que a mulher ficou sem palavras e sorriu abaixando a cabeça

—Tudo bem senhora? Me desculpe eu não queria ser rude.— meu coração se aperta, pois eu realmente não quis ser má educada

— Não querida! Apenas estou triste por sua situação, eu soube do seu casamento pelo meu menino.— Nossa ela é a mãe do tal Gregório

— A senhora é mãe do homem com quem me casei?—Pergunto para ela espantada, enquanto ela me olha mais ainda

— Não, sou funcionária da casa dele e o seu filho é quem eu cuidei desde bebê…Contou- me sobre o assunto.— Que alívio pois ela parece ser bem boa, ao contrário do tal Gregório e olha só, ele tem um filho que está a par da minha desgraça

— A senhora saberia de algum lugar um pouco afastado?— Pergunto sorrindo e respirando fundo, com meus olhos já cheios de lágrimas

— Claro venha comigo!— Ela afirma passando entre a cozinha e eu a seguindo, com todos me olhando sorri sem jeito... Chegamos próximas a uma porta, dando entrada a uma área que acredito ser dos funcionários, cheias de cadeiras e uma mesa no centro

— Aqui os funcionários podem descansar, mais como temos muitos convidados, acredito que ninguém vai incomodá-la por agora.— Observo a senhora falar e o seu sorriso é tão caloroso que lembro do da minha mãe, e algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto, enquanto me sento desolada

— Oh! Criança eu sei que não está sendo fácil — Recebi o abraço dela caloroso em minha volta, como estou muito angustiada, deito minha cabeça sobre o seu peito dizendo

— Meu pai me vendeu a esse senhor. A minha mãe, eu só queria a minha mãe, mas ela não teve condições de estar aqui.

— Eu não tenho como te pedir calma, sei que não está sendo fácil, você é apenas uma menina e sabendo também que tinha muitos planos para o seu futuro — ao olha-lá, percebi que ela realmente me entende.

— A senhora já passou por algo parecido?

— Vamos se dizer que sim, querida — Volto a chorar e ela me abraça forte me dando conforto.

— Eu queria estar morta, ao estar aqui— Digo isso com o meu peito doendo muito, pois a morte seria melhor

— Não diz isso, a morte não é a solução, eu sei que você vai superar essa fase ruim— Após ouvir essas palavras, olho para ela ainda soluçando e limpando a maquiagem que havia borrado

— A senhora acha que eu vou conseguir?

— Claro que vai, você é jovem, isso não vai ser eterno e eu também vou estar na casa, se você precisar de alguém para conversar — Vejo seu sorriso transbordar amor, termino de limpar o meu rosto e a olho com um brilho nos olhos

— Obrigada! Eu me chamo Luana— Sorri em gratidão e ela estende sua mão dizendo

— É um prazer em conhecê-la, eu me chamo Rosângela.— Creio que vou tê-la como minha amiga naquela casa, ter alguém para conversar vai deixar meus dias nebulosos mais claros. Alguém bate na porta abrindo e entrando

— Rosângela venha ajudar a servir os convidados!

—Sim claro, já estou indo— Ela responde tranquila, enquanto me olha dizendo — Você vai ficar bem?

Tentando manter minhas lágrimas, apenas Afirmo, Rosângela sorri ao seguir a mulher que me olha séria batendo a porta.

Sozinha volto a chorar sem chão, eu realmente não quero encontrar com aquele senhor, ele não me passou ser uma boa pessoa, tendo um olhar de superior e ao mesmo tempo descarado, encosto minha cabeça na cadeira, enquanto imagino como seria o dia do meu casamento, com alguém que eu realmente ama-se.

Imagino que seria lindo, entrar na igreja com o homem da minha vida me esperando no altar, usando terno e sorrindo ao me ver, sentir o meu coração acelerar de êxtase, ao invés de medo, me aproximar e sentir que ele realmente me quer ali, não teria preço, mais eu vou parar de me lamentar e seguir o meu infeliz destino.

Levanto da cadeira e olho para o meu vestido branco sem cauda, mais rodado, respirando fundo, abri a porta e segui passando pela cozinha, percebi que algumas pessoas me olharam com pena, avisto a dona Rosângela sair com uma bandeja em mãos, sigo atrás dela, mas ela não percebe que estou ali.

Parei diante de vários convidados que me olham sérios, sem muita reação sorri e observo meu pai que parecia me procurar entre as pessoas, sai andando na direção oposta, para os fundos do salão.

Sem muita saída, avisto uma porta que parecia ser um banheiro, me aproximando rapidamente ao abri-la dou de cara com a pior cena que eu poderia ver, o homem com quem me casei, tendo relações íntimas com uma garota.

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