Reincidentes
Por fim e num último esforço olhou para o flash vermelho do colete salva-vidas de Chelsea, puxou-a pelos cabelos e com a outra mão segurou-se firmemente numa pedra que se destacava na forte correnteza. Ele a puxou para si, colocou o braço e habilmente conseguiu agarrar sua cintura. Ela estava tossindo muito, havia engolido muita água.
–Espere, meu amor – ele disse a ela, ela desmaiou em seu ombro, enquanto ele gritava: – Eu a peguei! Me ajude, eu tenho isso.
André e Chris remaram juntos, aproximando-se deles, André ofereceu os braços e entre ele e Steve conseguiram colocá-la no barco. Ele então estendeu o braço para ajudar Steve. Enquanto estava dentro do barco, Steve começou a fazer respiração boca a boca em Chelsea. Chegando à costa, os paramédicos foram ao seu encontro e levaram-na até a pequena tenda que servia como uma espécie de consultório médico para emergências como aquela. O médico atendeu a menina, que aos poucos começou a reagir. Steve sofreu alguns arranhões devido às enormes pedras e galhos que estavam no rio caudaloso.
O médico a examinou e verificou que não havia líquido nos pulmões, os primeiros socorros que recebeu de Steve foram a garantia de que ela estaria viva. Na verdade, não havia água em seus pulmões. O médico explicou a Steve o que aconteceu com Chelsea. Felizmente, quando ela caiu, ela desmaiou e isso permitiu que seu nível de inconsciência a ajudasse. Embora parecesse ilógico para Steve, era verdade. Acontece que quando uma pessoa cai na água, é justamente o desespero e a angústia que a impede de nadar e faz com que as pessoas se afoguem. Neste caso, seu corpo foi arrastado pela corrente e, exceto nas duas vezes em que ficou consciente, foram as poucas ocasiões em que entrou água em sua boca.
Chelsea ainda estava paralisada de medo; Sentada na maca, com as mãos entre as pernas, ela relembrou aquele episódio traumático. Apesar disso, ele também sentiu amor em seu coração; amor pelo homem que arriscou a vida para salvá-la. Ela se lembrou das palavras dele, ele a chamou de “meu amor”. Será que ele sentia algo por ela? Claro que sim, se não tivesse sentido não teria arriscado morrer, só para resgatá-la.
Depois de mantê-la sob observação por alguns minutos e depois que Steve recebeu atendimento e seus ferimentos foram tratados, o médico lhe deu alta. André o esperava lá fora para levá-los ao hotel, ele subiu no banco de trás e ela, junto com ele, apoiou-se em seu braço, ele levantou-o acima do pescoço e ela se refugiou em seu peito. Ninguém mencionou nada sobre o ocorrido, exceto André quando parou o carro em frente ao hotel.
-Sinto muito pelo que aconteceu, Steve. – Ele não respondeu, ficou realmente indignado com a atitude dele em relação a Chelsea.
Entraram no hotel, caminharam até o elevador, ele a acompanhou até o quarto e a ajudou a se deitar.
-Descanse, vou tomar um banho e pedir que tragam algo quente para você beber. –Ele acariciou os cabelos dela. Ele começou a se levantar e sair, mas ela o segurou pelo antebraço.
-Não vás! -ela olhou para ele com ternura- esta noite não.
Ela o abraçou com força e procurou ansiosamente seus lábios. Steve a beijou com paixão, com ternura, com medo, todas aquelas emoções amontoadas em seu peito. Ele não conseguia acreditar que quase perdeu.
-Você não sabe o medo que senti quando pensei que você poderia ter morrido! "Eu te amo", disse ele, segurando o rosto dela entre as mãos. Ela olhou para ele surpresa.
-Estou viva, graças a você! -Ela pegou as duas mãos e beijou-as uma por uma.- Não sei se o que senti por você desde aquela noite pode ser chamado de amor. Desde aquele momento não consigo parar de pensar em você, de sentir ciúmes ao pensar que outra pessoa está com você sem que você me pertença, e o pior é que mesmo que eu tente te odiar, não consigo.
Novamente seus lábios se uniram, dessa vez em um beijo intenso e ardente, ele a ajudou a tirar a roupa que ainda estava molhada, ela também o ajudou a se despir, seus corpos ainda frios precisavam sentir o calor um do outro, como madeira seca, o contato. A pele deles se iluminava a cada toque, ela se deixou cair e ele colocou seu corpo em cima do dela, os dois se queriam e precisavam um do outro, não havia carícias regulares, o desejo contido neles bastava, era uma necessidade estar unidos., para nunca desistir.
Os movimentos rítmicos de suas pélvis no mesmo ritmo, ele dentro dela, ela contendo seu sexo, assumindo seus fluidos seminais, unindo suas almas através de seus corpos, isso era amor. Ambos sentiam isso da mesma forma, com a mesma urgência, com desespero e sobretudo com uma necessidade urgente de nunca mais se separarem.
Naquela tarde fizeram amor algumas vezes até ficarem exaustos e completamente felizes.
Havia algo entre eles que era inevitável esconder, uma ligação especial que poucos conseguem encontrar. Embora o voo de volta estivesse marcado para aquela noite, Steve pediu a André que o adiasse para a manhã seguinte.
Minutos depois, ela saiu do banho, enquanto ele esperava o serviço de comida e champanhe que havia pedido para jantarmos juntos.
A porta tocou e ele, coberto com a toalha, saiu para receber a comida, quando abriu a porta, na sua frente, estava Chris com um enorme buquê de risadas vermelhas. Ao vê-lo, o queixo do loiro caiu.
-Uau, então vocês tinham alguma coisa.
Naquele momento, Chelsea saiu enrolada na toalha e se viu de frente para Chris.
–Sim – Steve respondeu: “Ela é minha mulher."
Chelsea sorriu, ela nunca tinha ouvido alguém se encher de tanto orgulho ao proclamá-la como sua mulher. Ela voltou ao banheiro para se esconder da visão libinida de Chris, que a olhou sem piscar.
–Parabéns – disse ele com um sorriso malicioso. –Você merece alguém como ela.
Essas palavras foram o gatilho que Steve precisava para quebrar a cara daquele covarde, ele o agarrou pela gola da camisa e o pressionou contra a parede, ele bateu com o punho no rosto dele algumas vezes, enquanto o chamava de covarde. O garçom, com a ajuda de um dos seguranças que viu a cena pelas câmeras de segurança, conseguiu detê-lo e tirá-lo de cima delas.
-Maldito nova-iorquino, esqueça que vou investir meu dinheiro na sua miserável empresa.
Steve era como um demônio, eles mal conseguiram contê-lo. Ao ouvir os gritos, Chelsea vestiu-se às pressas, vestiu uma camisola de algodão que usava para dormir e saiu para o corredor. Vendo aqueles homens segurando Steve, ela correu para o lado dele. O rosto ensanguentado de Chris foi a resposta precisa ao que aconteceu entre eles.
-Você e seu irmão podem gastar o dinheiro onde quiserem, eu não preciso de esmolas de vocês.
Chris riu e cuspiu sangue em Steve. Ele caminhou em direção ao elevador, enxugando o rosto com o antebraço.
-Você vai me pagar por isso e aquela mulherzinha vai me pagar por isso.
O guarda pediu desculpas a Steve, era óbvio que eles tinham que avisá-lo antes de Chris subir para seu quarto. Chelsea o abraçou pela cintura, até aquele momento, Steve não percebeu que ele estava completamente nu, pegou a toalha para se cobrir. O garçom deixou o serviço dentro da sala e saiu.
Chelsea o beijou pela segunda vez, dessa vez ela queria ser dele apaixonadamente, o sangue ainda fervia dentro de Steve, então ele a agarrou desesperadamente, rasgou a camisola de algodão com as duas mãos, expondo seus seios e sexo, depois a levou para o cama. a cama, ele a empurrou com força, ela se deixou cair, ele a pegou pelas duas pernas, entrelaçando os braços e arrastou-a até que suas nádegas ficassem na beira da cama, ele se ajoelhou e devorou seu sexo com fome e sede para provar seus fluidos vaginais.
Ela gemeu de prazer, aquele tipo de sexo selvagem a fazia estremecer e causava nela uma morbidade que nunca havia sentido antes. Três encontros sexuais diferentes, cheios de sensações diferentes, desejos e necessidades únicas.
