Capítulo 3
“Dezessete horas e meia, eu acho. Bom? — Vire na rotunda e siga pela auto-estrada.
- Bem dito. Então durmo pouquíssimas horas, cheiro mal e tenho fome. Não tem como eu sair de casa antes de amanhã. -
Alan ri. — Durma o mais tarde possível, esse é o único conselho que posso lhe dar. -
Chegamos à Adelaide Street em cerca de vinte e cinco minutos. Fico feliz em saber que não preciso viajar tão longe, honestamente. E embora faça todo o possível para não desabar na cama, a mera ideia de poder descansar, em total silêncio, me atrai loucamente.
Papai trabalha até as cinco hoje, sem ter conseguido folga, o que significa que tenho tempo para me acomodar e me acomodar tranquilamente.
Ele se mudou para Brisbane há três anos e, admito, posso tê-lo visitado uma ou duas vezes durante dois dias. Em suma, um típico atropelamento. Não é desculpa, claro, mas ele viaja muito e na maioria das vezes nossos horários não coincidem. Por exemplo, ele tem um jogo, estou livre. Ele está livre, estou em um evento. Nos vemos principalmente durante as férias, quando ele retorna a Chicago. Seu irmão mora lá com sua esposa e também com seus pais. Amo meus avós e eles serão as duas pessoas de quem mais sentirei falta. Apesar disso, estou muito feliz em ver o papai novamente, sofro muito com sua ausência e gostaria de vê-lo mais vezes, mas também entendo sua posição e estou feliz que ele ame seu trabalho. Eu amo o meu e desistir seria de partir o coração, então não o culpo se ele passa mais tempo dentro ou fora do estádio do que em casa.
Papai é o técnico do Brisbane Broncos, time de rugby da Austrália. Eles são campeões e adoro que meu pai os lidere. Na idade avançada de cinquenta e seis anos, meu pai é um cara durão e de bom coração que luta pela vitória. Quando jovem, ele também jogou em vários times, mas depois o convidaram para ser treinador e ele o fez. Há três anos sugeriram-lhe o Broncos e depois de conversar comigo sobre isso, ele aceitou. Ele hesitou em me deixar em paz e ir para o exterior, mas consegui convencê-lo a aceitar a oportunidade. Ele merece. E aí, tem meses que eu não faço nada além de ir de hotel em hotel para eventos diversos, eu não teria tempo de acompanhar sempre mesmo.
Agradeço ao Alan e me despeço, desejando-lhe um bom dia, então o porteiro me devolve a chave após contar quem eu sou. Aparentemente, papai deixou instruções para todos.
O apartamento de David Rodriguez é lindo, sempre pensei assim, e não faz mal que ele seja um daqueles raros homens organizados. Quando entro, tudo está em perfeita ordem, bem iluminado e um leve aroma de baunilha paira no ar. O alojamento tem dois quartos, uma cozinha moderna, uma sala, três casas de banho, uma lavandaria e uma arrecadação. Grande demais para ele, mas sempre gostou de espaços grandes, então sua escolha não me surpreende.
Fecho a porta atrás de mim e deixo tudo no chão, afundo no sofá e suspiro de prazer. Oh, doce, querido e maravilhoso sofá, como eu te amo.
Meu celular começa a tocar no momento em que bocejo pela enésima vez, então corro para atendê-lo. Levo-o despreocupadamente ao ouvido. - Preparar? -
- Você esta em casa? -
— Bom dia para você também, pai. Obrigado, o vôo foi ótimo e estou fresco como uma margarida. -
— Merda, você provavelmente é um zumbi sarcástico prestes a arrancar a cabeça de todo mundo e o vôo deve ter sido horrível, mas está tudo bem, eu te amo mesmo assim. —Ele solta uma risada.
Não posso deixar de sorrir também. Ele me conhece tão bem. - Tudo verdade. Enfim, sim, acabei de chegar e estou morrendo de fome e de sono. Agora vou tomar banho, comer e depois ligar para Nat.
—Ok, diga olá para mim. Vamos pedir pizza hoje à noite? Isso sempre te nocauteia. -
Suspiro sonhadora com a ideia de me encher de pizza saborosa e depois ir direto para a cama. — Ah, eu te amo muito, pai. -
- Eu também. Te vejo depois doçura. -
- Olá papa'. — Desligo e deixo meu celular em algum lugar do sofá, depois solto um gemido frustrado e me levanto. Se eu ficar ali mais um minuto, acabo adormecendo. E tenho que resistir se quiser me acostumar. Como será outra manhã? Ou de manhã, já que estou em Brisbane agora.
Está bem. Não importa.
Chego à cozinha e olho em volta, abro a geladeira, encontro-a bem abastecida e retiro algumas sobras do que parece ser frango assado. Muito bom, nada melhor. Transfiro duas coxas de frango e algumas batatas para uma assadeira e coloco tudo no forno, depois transfiro para os saquinhos.
Meu quarto é fantástico, não há dúvida disso. Uma cama queen-size fica no centro do quarto, contra a parede azul pastel clara. Na frente, um móvel com uma televisão de tela plana e à direita uma grande estante de canto que pára bem em frente à janela. Estamos no oitavo andar, o que significa que a vista é esplêndida. Nas paredes encontram-se diversas fotografias de família e algumas estantes onde se encontram outros livros e objectos diversos. À esquerda, porém, há um guarda-roupa branco que combina com o restante dos móveis. Optei por algo simples e clássico, a parede foi uma surpresa do papai. Eu apenas dei a ele instruções sobre como colocar as coisas, só isso. A primeira vez que vi reclamei, admito, mas sempre foi o quarto dos meus sonhos. Enquanto crescia nunca tive oportunidade de escolher, depois à medida que fui crescendo, entre a escola e a universidade, não tive oportunidade de me concentrar tanto em tudo. Porém, quando papai me disse que eu poderia decorar o quarto, gritei de alegria. Eu tinha completado vinte e três anos recentemente e estava prestes a montar meu quarto perfeito, me processe.
Não trouxe muitas coisas porque lembrei que já tenho alguma coisa aqui e, na pior das hipóteses, irei às compras. Já estamos entusiasmados com a ideia. Aqui estou.
É mais provável que eu peça a Natalie que me envie minhas coisas do que vá às compras voluntariamente. Não é que eu odeie fazer compras, é claro, é só que isso me deixa muito entediado. Experimentar roupas, encontrar os tamanhos certos... um pesadelo.
Talvez seja por isso que uso o mesmo jeans há quatro anos. Hum.
Organizo minhas coisas o mais rápido possível e deixo alguns pijamas e roupas íntimas do lado de fora, depois chego ao banheiro anexo ao quarto. É pequeno, mas é o suficiente para mim. Equipado com chuveiro, pia e vaso sanitário, é tudo que preciso para sobreviver. Eu me encolho quando vejo meu reflexo no espelho e faço uma anotação mental para fazer pelo menos duas máscaras esta semana.
Ouço o cronômetro disparar e vou para a cozinha. Prendo o cabelo em um coque e lavo as mãos antes de tirar o almoço do forno. O cheiro delicioso que intoxica minhas narinas quase me faz babar. Sério, pareço um viciado em abstinência, mas estou morrendo de fome.
— Bem-vindo a Brisbane, Califórnia. Espero que você não seja mordido por animais radioativos e que aproveite sua estadia – murmuro antes de morder uma batata. Eu gemo e fecho os olhos. Tenho certeza de que conseguir ficar acordado será uma tarefa hercúlea.
Jetlag estúpido.
Papai trabalha até as cinco hoje, sem ter conseguido folga, o que significa que tenho tempo para me acomodar e me acomodar tranquilamente.
Ele se mudou para Brisbane há três anos e, admito, posso tê-lo visitado uma ou duas vezes durante dois dias. Em suma, um típico atropelamento. Não é desculpa, claro, mas ele viaja muito e na maioria das vezes nossos horários não coincidem. Por exemplo, ele tem um jogo, estou livre. Ele está livre, estou em um evento. Nos vemos principalmente durante as férias, quando ele retorna a Chicago. Seu irmão mora lá com sua esposa e também com seus pais. Amo meus avós e eles serão as duas pessoas de quem mais sentirei falta. Apesar disso, estou muito feliz em ver o papai novamente, sofro muito com sua ausência e gostaria de vê-lo mais vezes, mas também entendo sua posição e estou feliz que ele ame seu trabalho. Eu amo o meu e desistir seria de partir o coração, então não o culpo se ele passa mais tempo dentro ou fora do estádio do que em casa.
Papai é o técnico do Brisbane Broncos, time de rugby da Austrália. Eles são campeões e adoro que meu pai os lidere. Na idade avançada de cinquenta e seis anos, meu pai é um cara durão e de bom coração que luta pela vitória. Quando jovem, ele também jogou em vários times, mas depois o convidaram para ser treinador e ele o fez. Há três anos sugeriram-lhe o Broncos e depois de conversar comigo sobre isso, ele aceitou. Ele hesitou em me deixar em paz e ir para o exterior, mas consegui convencê-lo a aceitar a oportunidade. Ele merece. E aí, tem meses que eu não faço nada além de ir de hotel em hotel para eventos diversos, eu não teria tempo de acompanhar sempre mesmo.
Agradeço ao Alan e me despeço, desejando-lhe um bom dia, então o porteiro me devolve a chave após contar quem eu sou. Aparentemente, papai deixou instruções para todos.
O apartamento de David Rodriguez é lindo, sempre pensei assim, e não faz mal que ele seja um daqueles raros homens organizados. Quando entro, tudo está em perfeita ordem, bem iluminado e um leve aroma de baunilha paira no ar. O alojamento tem dois quartos, uma cozinha moderna, uma sala, três casas de banho, uma lavandaria e uma arrecadação. Grande demais para ele, mas sempre gostou de espaços grandes, então sua escolha não me surpreende.
Fecho a porta atrás de mim e deixo tudo no chão, afundo no sofá e suspiro de prazer. Oh, doce, querido e maravilhoso sofá, como eu te amo.
Meu celular começa a tocar no momento em que bocejo pela enésima vez, então corro para atendê-lo. Levo-o despreocupadamente ao ouvido. - Preparar? -
- Você esta em casa? -
— Bom dia para você também, pai. Obrigado, o vôo foi ótimo e estou fresco como uma margarida. -
— Merda, você provavelmente é um zumbi sarcástico prestes a arrancar a cabeça de todo mundo e o vôo deve ter sido horrível, mas está tudo bem, eu te amo mesmo assim. —Ele solta uma risada.
Não posso deixar de sorrir também. Ele me conhece tão bem. - Tudo verdade. Enfim, sim, acabei de chegar e estou morrendo de fome e de sono. Agora vou tomar banho, comer e depois ligar para Nat.
—Ok, diga olá para mim. Vamos pedir pizza hoje à noite? Isso sempre te nocauteia. -
Suspiro sonhadora com a ideia de me encher de pizza saborosa e depois ir direto para a cama. — Ah, eu te amo muito, pai. -
- Eu também. Te vejo depois doçura. -
- Olá papa'. — Desligo e deixo meu celular em algum lugar do sofá, depois solto um gemido frustrado e me levanto. Se eu ficar ali mais um minuto, acabo adormecendo. E tenho que resistir se quiser me acostumar. Como será outra manhã? Ou de manhã, já que estou em Brisbane agora.
Está bem. Não importa.
Chego à cozinha e olho em volta, abro a geladeira, encontro-a bem abastecida e retiro algumas sobras do que parece ser frango assado. Muito bom, nada melhor. Transfiro duas coxas de frango e algumas batatas para uma assadeira e coloco tudo no forno, depois transfiro para os saquinhos.
Meu quarto é fantástico, não há dúvida disso. Uma cama queen-size fica no centro do quarto, contra a parede azul pastel clara. Na frente está um armário com uma TV de tela plana e à direita uma grande prateleira de canto que pára bem em frente à janela. Estamos no oitavo andar, o que significa que a vista é esplêndida. Nas paredes encontram-se diversas fotografias de família e algumas estantes onde se encontram outros livros e objectos diversos. À esquerda, porém, há um guarda-roupa branco que combina com o restante dos móveis. Optei por algo simples e clássico, a parede foi uma surpresa do papai. Eu apenas dei a ele instruções sobre como colocar as coisas, só isso. A primeira vez que vi reclamei, admito, mas sempre foi o quarto dos meus sonhos. Enquanto crescia nunca tive oportunidade de escolher, depois à medida que fui crescendo, entre a escola e a universidade, não tive oportunidade de me concentrar tanto em tudo. Porém, quando papai me disse que eu poderia decorar o quarto, gritei de alegria. Eu tinha completado vinte e três anos recentemente e estava prestes a montar meu quarto perfeito, me processe.
Não trouxe muitas coisas porque lembrei que já tenho alguma coisa aqui e, na pior das hipóteses, irei às compras. Já estamos entusiasmados com a ideia. Aqui estou.
É mais provável que eu peça a Natalie que me envie minhas coisas do que vá às compras voluntariamente. Não é que eu odeie fazer compras, é claro, é só que isso me deixa muito entediado. Experimentar roupas, encontrar os tamanhos certos... um pesadelo.