Capítulo 5: Abandonar o homem
Naquele momento, Cheyenne sentiu claramente o olhar assassino nos olhos dele!
Seu coração se partiu em inúmeros pedaços de gelo, impossíveis de serem reconstruídos.
- Você, solte... Solte! - Ela tossiu.
O homem estava furioso como um leão na savana, seus olhos frios e profundos refletindo o rosto delicado da mulher, que agora estava corando intensamente.
A asfixia começou a obscurecer sua visão, como se estivesse à beira da morte.
De repente, uma forte vontade de sobreviver irrompeu em Cheyenne, e ela abaixou a cabeça para morder a parte de trás da mão dele com todas as suas forças.
Seus dentes penetraram na pele dele, e ela podia sentir o sangue quente e doce entre seus lábios. Ela sorriu sw modo irônico.
Lágrimas brilhantes começaram a encher seus olhos, e ela realmente começou a chorar.
Kelvin ficou perturbado ao ver isso e, sem deixar transparecer emoção, soltou sua mão.
Não importava o quão odiosa essa mulher fosse, ele não podia matá-la.
- Saia, você não está mais autorizada a entrar na Mansão da Foley! - Kelvin disse com frieza e não se importou com o sangramento em seu braço. Ele se virou, virando as costas para Cheyenne.
Finalmente conseguindo respirar, Cheyenne, com o rosto vermelho, tossiu repetidamente.
Ela olhou para as costas altas e imponentes do homem.
Quando abaixou a cabeça, uma única lágrima brilhante finalmente escorreu, silenciosa.
- Kelvin, sua mão! O que você vai fazer... Como Cheyenne pode ser tão cruel com você? - Abbie correu até ele, segurando o braço de Kelvin e chorando.
Ela parecia muito preocupada com ele.
- Estou bem.
A cena diante de seus olhos parecia harmoniosa até demais.
- Sr. Kelvin, não se preocupe, já que estamos divorciados, não temos mais nada a ver um com o outro. Cheyenne endireitou as costas e sorriu radiante.
- Esta Mansão da Foley já está suja o suficiente, e eu, Cheyenne, não tenho mais vontade de voltar. Há todo um mundo lá fora, cheio de belos rapazes esperando por mim. Você é apenas uma pessoa comum. Kelvin, parabéns, agora você está livre!
Depois disso, Cheyenne se virou e pegou sua mala, pronta para sair.
Antes de partir, ela não se esqueceu de sorrir zombeteiramente para Abbie.
- Também quero te agradecer, Srta. Abbie, por me fazer ver claramente o que tipo de homem é esse, na verdade, esse tipo de homem velho é comum demais. Agora eu não estou interessada, então estou sendo generosa e te dando ele. Você não precisa agradecer muito.
Ao ouvir isso, o rosto de Kelvin ficou tão escuro quanto um fundo de panela.
Abbie, por outro lado, apertou os dentes.
Ela não podia xingar ela na frente dele, precisava manter sua compostura.
Então, ela apenas sorriu constrangida e a observou arrogante sair.
“Cheyenne, espere por mim, eu não vou deixar você sair impune!” Ela pensou.
Enquanto isso, Cheyenne, carregando sua pesada bagagem, sentiu uma dor difusa em seu coração enquanto descia as escadas.
Vendo que ela estava chegando, Reece rapidamente guardou seu pente de bolso e enfiou-o no bolso de seu paletó.
Ele se levantou para cumprimentá-la.
- Cheyenne, você está bem?
Ele pegou a mala que ela segurava, notando que seus olhos estavam vermelhos, e sentiu pena dela.
Em sua memória, Cheyenne sempre fora uma jovem casual e despreocupada.
Ao ver ela tão miserável agora o deixava angustiado.
- Estou bem, vamos embora.
- Seu pescoço, foi ele? - Reece estava pronto para confrontar Kelvin.
- Foda-se! Kelvin ainda é um homem? Ele ousou te machucar. Eu vou dar um jeito nele!
Reece estava furioso e parecia pronto para uma briga. No entanto, quando deu alguns passos, parou abruptamente.
Atrás dele, Cheyenne o olhava, com um sorriso zombeteiro no rosto.
- Vá, por que você parou?
Com um rubor no rosto, Reece coçou o nariz e disse com tímidez:
- Cheyenne, parece que não consigo vencê-lo.
Cheyenne revirou os olhos para ele, parecendo dizer que eu sabia que seria assim.
- Só não diga que me conhece quando estiver lá fora, não quero ficar com vergonha!
...
A família Lawrence estava localizada na movimentada Cidade A. Olhando ao redor, podia ver uma série de pequenas vilas no estilo ocidental, todas espalhadas.
O carro parou na entrada, e Cheyenne pediu a Reece para ir embora primeiro, enquanto ela mesma pegou a mala e caminhou até a porta.
- Senhorita... Você, como assim voltou? - Ewan, o porteiro que trabalhava ali havia anos, abriu a porta com lágrimas nos olhos e uma expressão de alegria.
- Ewan, faz tempo, não é?
Desde que ela se casou, mal a viu por ali. Só voltava na época do Ano Novo, e não era algo com que Ewan, como um criado, pudesse opinar.
Assim que Cheyenne pisou na soleira, ouviu uma voz afiada e maldosa ecoar ao seu redor.
- Cheyenne, como você tem coragem de voltar? Sua história de ter sido largada por Kelvin por causa de traição já é assunto de toda a Cidade A, que vergonha para a família Lawrence!
A jovem usava um vestido azul sem mangas, com cachos delicados no cabelo e uma tez pálida. Havia uma vaga semelhança em seus traços faciais com Cheyenne.
Ela era a meia-irmã dela, Nora Lawrence.
O pai delas, George Lawrence, havia se casado com a mãe de Cheyenne, Selah Edwards, quando era mais jovem. Infelizmente, Selah faleceu devido a complicações no parto.
Na época, a empresa da famíla Lawrence estava apenas começando, e o pai estava ocupado construindo seu negócio. Portanto, o recém-nascido Cheyenne não recebeu muita atenção.
Foi aí que Malaya Mitchell entrou em cena. Ela era amiga de Selah e costumava visitar a família Lawrence para lembrar da amiga.
Eventualmente, ela se envolveu romanticamente com George.
Selah mal tinha sido enterrada quando os dois se casaram. Portanto, Nora era apenas um ano mais nova do que Cheyenne.
Malaya mais tarde deu à luz um menino, Sean Lawrence, que tinha agora dezoito anos e estava na universidade.
Com um filho, a posição de Malaya na família Lawrence se fortaleceu.
No início, Malaya era gentil com Cheyenne na frente dos outros para criar uma boa impressão. No entanto, após o nascimento de Nora, Malaya começou a mostrar favoritismo por seus próprios filhos. Com George sempre ocupado nos negócios, ele estava disposto a acreditar em qualquer coisa que Malaya dissesse.
A relação entre pai e filha começou a se deteriorar aos poucos.
Cheyenne ignorou os comentários de Nora e se dirigiu ao sofá, servindo-se de um copo de água.
Ela bebia com calma, olhando de soslaio para Nora.
- Terminou de falar? Se terminou, pode ir embora!
As palavras de Cheyenne fizeram Nora ranger os dentes de raiva.
- Mãe, você viu como Cheyenne está agindo? Esta é a minha casa, e ela está me dizendo para ir embora!
- Nora, não provoque a sua irmã. Ela acabou de se divorciar, e não está em seu melhor estado de espírito.
Uma mulher bonita e madura interveio, tentando acalmar a situação. Ela tinha cerca de quarenta anos, mas devido aos cuidados com a aparência, parecia ter trinta e poucos anos.
Ela tinha um charme maduro e um corpo deslumbrante, que estava vestido em um vestido de noite e saltos altos.
É evidente que ela era uma beldade em seus anos mais jovens, o que a ajudou a conquistar George em um período tão curto de tempo.
Cheyenne deu um sorriso frio, ignorando-as completamente.