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5

Arthur Flynn é, definitivamente, a melhor pessoa do mundo. Eu estava pensando isso, enquanto bebia minha limonada rosa e andava pela casa.

Sozinha, porque ele teve que resolver alguma outra coisa. E eu, sem conhecer ninguém, resolvi que era melhor me ambientar.

Olhei para os lados e resolvi que deveria conhecer o segundo andar da casa também. Eu sou curiosa por natureza e ninguém disse que não podia. Então, eu subi.

Um corredor imenso e várias portas. Nada muito diferente. Mas, claro, eu queria descobrir onde era o quarto dele. Então, abri algumas das portas. Vi banheiros, quartos vazios, mais portas trancadas e até um quarto habitado por um dos casais que estava lá embaixo.

Ainda bem que encontraram um lugar privado, porque, do jeito que estavam, a coisa ia pegar fogo no sofá mesmo.

Faltavam mais algumas portas a serem abertas. E continuei minha aventura. Uma delas me chamou atenção. Ela não tinha nada de especial, nada que a diferenciasse das outras, exceto por alguns gemidos que vinham de dentro.

Nada muito alto, mas quando você colocava o ouvido na porta, ouvia-se que o cara estava mandando ver. E então ouço quando ela grita "Ethan". Rapidamente me afasto da porta. E, meio bamba, volto por onde vim.

Na mesma hora, Arthur Flynn sai do banheiro. Uma toalha enrolada no pescoço e seus cabelos molhados.

— Ei, gracinha. Está perdida?

— Estava procurando o banheiro. - Minto. — E você estava tomando banho justo agora?

— Fui atacado por ovos, tomates e coisas que não gosto nem de lembrar. Acho que ainda tô com cheiro de ovo podre.

Puxo seu rosto pra perto do meu e cheiro seus cabelos.

— Você cheira como molho de tomate e café.

— Exatamente. - Ele ri.

— Em que momento isso aconteceu?

— Me chamaram pra resolver algo com a piscina. Então, quando cheguei lá, me jogaram nela e quando eu saí, fui atacado.

— Nossa, que bons amigos você tem.

— Acho que preciso rever minhas amizades, então. - Ele sorri pra mim.

— Ou quem sabe você só precise de alguns novos amigos.

Encolho um pouco os ombros e devolvo o sorriso.

— O cheiro tá muito ruim e devo tomar um banho ou você ainda consegue ficar perto de mim sem ter ânsia de vomito?

— Acho que ninguém fica perto de Arthur Flynn com vontade de vomitar. Se bem que eu estava com ânsia, antes de te encontrar, claro.

— Cara, cheiro ruim e vomito não era bem o assunto que eu esperava que rolasse entre nós.

— E o que você esperava que rolasse? - Esses flertes ainda vão me matar.

— É melhor eu te dizer depois que me livrar desse mau cheiro.

— Não me incomoda. Juro.

— Então o que te incomodou e fez você procurar um banheiro pra vomitar?

— Tirando a parte de dar de cara com casais em posições não ortodoxas em um dos seus quartos?

— Não acredito. Vou ter que mandar trocar toda a roupa de cama da casa.

Começamos a rir.

— Ah, quero rir também. Me contem qual a graça.

Ethan aparece atras de mim, de novo.

— Irmão, vamos ter que mandar trocar toda a roupa de cama da casa. Os pombinhos resolveram se pegar aqui em cima.

— E como é que vocês sabem disso? - Ele cruza os braços, e sua blusa marca seus músculos. Não que eu tenha notado.

— Eu estava procurando um banheiro e sai abrindo algumas portas. Fui até aquela última lá. - Aponto para onde ouvi seu nome sendo ofegado.

— Você abriu aquela porta? - Um sorriso surge em seu rosto.

— Não. Eu não me atreveria. Principalmente quando ouvi uma garota gritando: Ethaaan. - Imito o que ouvi. Ethan fica tenso e Arthur ri.

— Não acredito que você pegou alguém hoje. Qual delas foi? - Tento não pensar no quão "desrespeitosa foi a pergunta do Arthur".

— O banheiro é ali. - Ele interrompe e aponta pra porta à esquerda. - Não precisa procurar mais. Licença.

— Uau, ele é um poço de gentileza. - Digo olhando pra baixo.

— Não liga pra ele. Então, quer me ajudar a tirar esse cheiro de tomate?

— Não há muito que eu possa fazer. - Dou de ombros. — Sugiro ignorarmos e curtimos o que falta da festa.

— Acho que nós vamos nos casar, encrenca. - Ele estende a mão, para que eu a segure.

— Eu sempre soube disso. - Seguro sua mão.

Descemos e Alasca Todd puxou meu futuro marido pra uma rodinha de violão de novo. Ele não se fez de rogado, mas segurou firme em minha mão e me levou junto.

Estão todos envolvidos pela música e, não que eu não curta, mas está me dando sono. Me levanto, disfarçadamente, vou até o bar ver se encontro algo que me mantenha acordada.

Mexo em tudo e só encontro álcool. Como Arthur Flynn fez uma limonada rosa se aqui só tem bebida alcoólica?

Em algum lugar deve ter um limãozinho, uma framboesa e...

— O que você está fazendo aí? - Eu me tremi toda com o susto. E não de um jeito bonitinho.

— O que você quer? - Mantenho uma postura defensiva quando me viro para encarar Ethan Flynn.

— Eu que deveria te fazer esta pergunta, afinal você é só uma criança, mexendo em um bar na minha casa. Sabe que isso pode dar problema pra mim, não sabe? Eu sou o adulto responsável por aqui. - Ethan Flynn é o cara mais arrogante do mundo.

— Você? O adulto responsável? Falou o cara que estava "comendo" uma garota qualquer enquanto 20 adolescentes aprontavam com o irmão, sem mencionar que eles podem ter bebido seu estoque de álcool e você nem notou. - Cruzo os braços e o encaro.

— Você está falando isso porque queria que fosse você lá em cima.

— Ah, eu poderia querer. Mas não com você. Você é nojento demais pra isso. Ethaaaan. - Imito a voz da menina. Ele fica tenso na hora.

— O que está acontecendo aqui? - Arthur Flynn aparece.

— Eu acho que vou embora, estou com muito sono.

— Ela é uma criança, Arthur. Deveria ter marcado uma festa antes da hora da naninha.

— Quer que eu te acompanhe? - Arthur Flynn ignora o comentário maldoso do irmão.

— Acho que eu dou conta de chegar até lá sozinha. Você ainda tem convidados te esperando.

— Quer almoçar comigo amanhã? - Ele coloca as mãos no bolso e me olha por baixo dos cílios.

— Eu adoraria. - Coro de propósito. Um ato involuntário que aprendi a controlar para usos específicos.

Nos despedimos e ele volta pra roda. Não tinha percebido que o irmão dele ainda estava aqui.

— Eu te subestimei. - Ele diz, com os olhos cerrados, me analisando.

— Este é um erro muito comum, meu caro. - Saio e não olho pra trás.

*****

Oi gente,

Me contem tudo que estão achando. Gostaram do cap?

Vocês são #TeamEthan ou #TeamArthur?

Pra mim são o verdadeiro significado de tanto faz. Se bem que, depois de ter ouvido o Ethan com outra, não sei se investiria. E vocês?

Estrelinha, comentário e adicionar as listas de leituras de vocês, ok?

Amo vocês.

Beijos, S. ?

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