Resumo
A vida de Barbara era perfeita! Casamento, família e trabalho... tudo andava lado a lado, ela vivia no auge da sua vida ao lado do seu marido Paulo e do seu filho Pedro. Mas tudo muda, quando uma tragédia acontece em sua vida a abalado profundamente, seu marido é assassinado! E junto da morte dele, ela acaba tendo que lidar com mistérios e segredos que vão se revelando, a deixando atordoada, e vai descobrindo que nem todos ao seu redor, são confiáveis! A traição a cerca, se misturando com segredos, que ela jamais poderia imaginar.
PROLOGO
Barbara Narrando
Estamos todos reunidos no salão de festa da empresa, para comemorar o aniversário
do nosso filho Pedro, vejo Paulo conversando com Pedro e seu irmão Pietro, em um canto
do salão e abro um sorriso, com uma taça de champanhe na mão eu começo a lembrar de
quando eu e ele nos conhecemos. Era um dia chuvoso em São Paulo, tanto eu como ele,
iriamos para Portugal naquele dia, todos os voos atrasaram por causa do temporal e eu
entrei em um café no aeroporto para esperar, foi quando Paulo entrou e nossos olhares se
encontraram, um sorriso nasceu em nossos lábios e ele se aproximou e me pediu desculpa
por ter me olhado, contudo a nossa história começou. Em todos esses anos a gente se
amou, sonhou e construiu muita coisa juntos e hoje comemoramos os 15 anos do nosso
filho, nosso príncipe e a razão de tudo isso.
Eu caminho pela festa cumprimentando alguns dos convidados, até que me
encontro com Paulo.
— Aqui está você a dona do meu coração — Paulo fala se aproximando de mim.
— Você está brincando com o perigo — eu falo para ele que sorri e me dá um beijo
rápido.
— Esquece tudo e vem dançar comigo! — ele fala me esticando sua mão e eu abro
um sorriso, pegando nela e ele me leva para a pista de dança.
— Eu amo você, mas ainda não esqueci o que você fez hoje — eu falo para ele.
— Eu vivo a vida ultimamente a cada dia, como se fosse o último da minha vida —
ele fala me olhando. — Eu só quero que saiba, que amo você mais do que tudo nessa vida,
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você é a mulher da minha vida e sempre será. — ele me beija — Eu amo você. — sorrio
para ele e pensando nas palavras que ele acabou de dizer.
Ele coloca suas mãos em minha cintura e eu entrelaço as minhas mãos em volta de
seu pescoço, a gente sorri olhando um para o outro e era aquele olhar, o mesmo brilho nos
olhos de 17 anos atrás, eu me apaixono por ele ainda mais todos os dias, Paulo era um
homem encantador.
Quando eu e o Paulo nos afastamos sem tirar os olhos um do outro, o DJ da festa
anuncia que era a hora de cantar os parabéns. Subimos com Pedro, Paulo abraça o nosso
filho forte e eu abro um sorriso, vendo os dois juntos. Ele era um pai excelente, um marido
perfeito e uma pessoa maravilhosa, ele não tinha inimigos, por onde passava só levava amor
e alegria.
— O que é isso? — eu falo quando paramos de cantar parabéns, as luzes começam a
piscar, até que elas se desligam.
— Deve ser algum problema na iluminação — Paulo fala. — Eu vou lá ver — ele diz
saindo do palco e indo para fora do salão. Eu olho ele indo e me preocupo. As luzes se
acendem e começam a piscar novamente.
— Eu também vou — falo — Fica aqui meu filho — Ele assente.
Quando atravesso a porta do salão as luzes se apagam totalmente, eu tento ligar a
lanterna do meu celular, mas a bateria está fraca e não consigo.
Escuto barulhos e quando dou por mim, percebo ser vários tiros, meu coração nesse
momento para, me desespero e vou correndo em meio aquela escuridão.
— Paulo! — Grito desesperada andando por aqueles corredores escuros. — Paulo,
você está me ouvindo? — eu pergunto — Paulo, onde você está?
Eu não conseguia descrever o que eu senti quando escutei os tiros, minhas pernas
ficaram bambas, me faltou o ar e eu só sabia correr, correr e correr, mesmo tropeçando nos
meus próprios pés.
— Paulo — Eu grito mais uma vez e não tenho resposta nenhuma dele, meu coração
está aflito.
Quando meus pés tropeçam em algo as luzes se acendem, eu olho para baixo vendo o
corpo do meu marido.
—Ahhhh! Paulo! — grito o chamando, me ajoelho no chão ao seu lado, com
lágrimas descendo pelo meu rosto sem parar, minhas mãos tremiam, ele ainda estava com
os olhos abertos e tentava mexer a sua boca. Eu não conseguia pensar em nada, a não ser
em todos os nossos momentos juntos e começo a chorar muito...e...
— Alguém me ajuda! — olho para os lados e não vejo ninguém, mesmo assim ainda
grito, para que alguém me ouça. — Chamem uma ambulância agora.... Amor, meu Deus!
— Passo a mão pelo seu rosto e pressiono um de seus ferimentos, tentando estancar o
sangramento.