Cap 6 - Provocações
Scarlett POV
Estremeço, aquele limiar de dor e prazer começava a se fazer presente, é como se meu corpo pedisse por mais, senti vários outros tapas se seguirem e meu gritos eram uma mistura do prazer e da dor que sentia, cada novo impacto me fazia tremer, me fazia gemer, me fazia gritar, com certeza a minha calcinha está molhada, muito molhada. Mas antes que pudesse chegar muito perto do orgarmos os dois me soltaram e caí no chão ajoelhada, coloquei as mãos na frente, deixando minha cabeça abaixada, fitando o tapete.
“Foi muito fácil.” Escutei a voz do homem de cabelos castanhos.
Minha respiração está alterada, é claro que isso me afetava, podia sentir minha bunda dolorida, aquele prazer preso dentro de mim e ainda assim um sorriso estava em meus lábios, um sorriso que eles não podiam ver.
“Mais um pouco e ela estaria implorando…” Escutei passos se aproximando e então a mão do Alpha de cabelos castanhos tocar meu queixo e me obrigar a olhar para ele.
Meu sorriso irônico, de canto, com certeza o pegou desprevenido, lambi o canto de meus lábios.
“Muito… Muito… Muito fácil mesmo…” Falei em tom de vitória e olhei então para o meio da perna dele, dava para ver perfeitamente o contorno de seu pau.
“AhahHa!” Escutei a risada do outro Alpha e virei o rosto para ele. “Você…” Ele se aproximou e o que estava a minha frente me soltou. “Eu sei que você está tão molhada que quase chega a escorrer….”
“Eu falei ao contrário?” Inclinei a cabeça levemente para a esquerda. “Mas me fazer implorar? Hum…” Meu sorriso com certeza era mais uma forma de desafiar aqueles dois.
“Pet, pet… “O homem de cabelos negros sorriu de canto, eu posso ver no olhar dele que estava planejando algo. “Nós nem começamos.”
“Eu ficaria desapontada se isso for o máximo que vocês tem.” Retruquei.
Esses homens realmente achavam que era simples me “quebrar”, precisaria bem mais do que isso e já que eles haviam me liberado da ideia de precisar ser a submissa completa, significava que teriam problemas. E eu amo isso, tudo dentro de mim está amando cada segundo dessa luta.
O Alpha com a aura mais fria se aproximou e mordi o lábio inferior para não soltar um gemido longo enquanto vejo no olhar dele o perigo, ele se abaixa lentamente pegando a corrente da coleira e me força a levantar junto.
Sem dizer nenhuma palavra ele começa a andar em direção a um corredor do lado direito da sala, não pergunto para onde vamos, mas mantenho a cabeça erguida, notando cada detalhe por onde passamos. As paredes são pintadas de bege claro, o chão é de madeira e há algumas portas de madeira bem desenhadas, com um toque mais barroco. Paramos em frente a última porta do corredor, ele tira uma chave do bolso e abre a porta, é um quarto bem simples na verdade, tem uma cama grande que cabe nos três, de madeira baixa no chão e centralizada no quarto, com alguns espelhos na frente dela. Uma janela atrás da porta em frente aos espelhos, há três armários em madeira fechados.
Ele me deixa entre a cama e os espelhos e posso ver meu reflexo nele, a forma como a tinta reflete a luz.
Perco minha respiração por alguns segundos, eu já tinha visto a pintura, mas agora ela parecia ainda mais bela. Olho ao redor e vejo os dois Alpha indo em direção a dois armários diferentes, o de cabelo negros pega algo em uma gaveta enquanto o de cabelos castanhos abre uma das portas e revela algumas cordas.
Olho para a porta através do espelho, existiam outros quartos, a chave ainda estava na porta, eu poderia passar pela cama e chegar na porta, sorri de canto, mas enquanto estava perdida em pensamentos senti o homem de cabelos castanhos tocar meus ombros, volto a prestar atenção ao que está acontecendo e não só isso. É a primeira vez que noto seu cheiro, lembra muito tintas a óleo e é bem diferente do geral. Seu corpo estava logo atrás de mim, ele deixa uma corda descansando ali, passado pelo meu pescoço, as pontas descem pela frente do meu corpo e chegam até a minha cintura. Encontro o olhar dele através do espelho.
“Em breve vou escutar você implorando para eu passar essas cordas através do seu corpo e adorná-lo com elas.”
Escutei a voz dele sussurrada em meu ouvido e estremeci, abri os lábios e soltei um gemido sem som e senti que ele também estremecia.
“Você quer passar as cordas pelo meu corpo?” Levei as mãos para o meu pescoço e toquei a corda então comecei a descer minhas mãos pelo caminho que uma corda poderia fazer. Passando por cima dos meus seios e depois ao redor deles. “Dessa forma?” Os olhos dele estavam ficando mais escuros e sua expressão mais séria. Desci as mãos fazendo alguns x dos seios até o baixo ventre e então peguei as mãos dele e coloquei em minha cintura e senti que ele apertava com força, a ponta das unhas começarem a perfurar minha pele. Soltei mais um gemido mudo.
“Você realmente gosta de brincar com fogo.” O outro Alpha falou. “Meu amigo pode ser pior que eu.”
Virei o rosto para fitá-lo, mas logo senti a mão direita do homem de cabelos castanhos ir para meu pescoço e segurar ele no lugar, mantendo meu olhar no espelho.
“Em breve…” A promessa dele e a mordida suave na ponta da minha orelha fez meu corpo se aquecer, como lava derramando dentro de mim e se concentrando no meio de minhas pernas, que fechei elas involuntariamente e vi o sorriso sacana dele.
Meus olhos então se voltaram para a imagem do homem de cabelos negros abaixado a minha frente e a outra mão do homem de cabelos castanhos abaixar e ir até minha coxa e levantar minha perna, não resisti e logo meu sexo estava bem exposto para o homem de cabelos negros.
“Molhada, quase pingando.” A voz rouca dele me fez morder o lábio inferior novamente.
Todo o meu sexo estava raspado, bem liso, foi feito na cera e depois passado um hidratante e agora estava completamente exposto.
Respirei fundo, racionalmente eu sei que não preciso ficar envergonhada, mas uma parte de mim ainda é virgem e essa parte fez meu rosto ficar levemente um pouco mais avermelhado.