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Cap 2 - O leilão 2

Scarlett POV

Em seguida, as ofertas começaram a aparecer, embora nada muito significativo ainda, mas com um bom número de interessados, pelo menos o suficiente para alcançar o primeiro nível. Quando isso ocorreu, fiz uma breve reverência a todos, como uma dama perfeita, abaixando o joelho e puxando levemente a capa para os lados, antes de puxar as cordas por dentro e deixar o tecido cair lentamente, revelando o primeiro vestido. Vários suspiros e comentários de aprovação foram ouvidos.

Os lances voltaram a acontecer e os valores foram alcançados mais rapidamente desta vez e logo chegou ao ponto em que o primeiro vestido seria retirado. Novamente os lances pararam e puxei lentamente o zíper que havia ao lado, revelando o terceiro vestido e deixando mais espaço para imaginação.

Assim que os novos lances começaram outra pessoa entrou em cena, é um homem de pele escura, usando um terno cinza escuro com linhas brancas finas, em sua mão esquerda tem um objeto, uma coleira de couro vermelha, o couro tem uma estampa de escamas e as linhas que formavam essas escamas tem um tom roxo escuro.

Com calma ele afastou meus cabelos e colocou a coleira em meu pescoço, nesse momento eu abaixei a cabeça, enquanto minha postura mudou brevemente da mulher com queixo erguido e encarando o mundo para uma garota submissa e que vai obedecer ordens.

Eu nunca fui a típica Omega que obedece a tudo sem pensar, que tem em seu ser a submissão, não… Eu sempre gostei de lutar e sempre gostei de ser melhor e é um desafio mudar. O homem veio até a minha frente e posso ver suas pernas e em sua mão uma corrente metálica e ele prende na argola que tem em minha coleira e em seguida puxa para baixo e eu sei que preciso me ajoelhar.

Não resisti e me ajoelhei, com calma e com raça, meu coração está mais acelerado e sei que devo estar um pouco mais vermelha, fechei os olhos para tentar me controlar melhor e senti o toque de seus dedos contra meus cabelos e mordi meu lábio inferior, no canto… Sabendo que eu sou apenas mais um dos animaizinhos de estimação deste homem, pelo menos por enquanto.

Uma parte minha minha quer gritar e lutar para que tudo isso pare, mas não o faço e as vozes ao longe sussurraram sobre isso, alguns ficam mais animados de terem alguém para treinar, enquanto outros desanimam, já que gostam mais de pessoas realmente submissas. O que eu sei é que agradei a maioria com toda essa encenação.

Agora os lances estão mais altos e atingindo muito rapidamente o próximo nivel e o homem rapidamente abaixou o ziper do vestido e ele caiu para frente, revelando o corpete. Minha respiração ficou ainda mais acelerada e não achei estranho meu corpo estar reagindo a tudo isso. Eu já imaginava que gostava de ser exposta e sei que tudo isso está excitando a plateia, me faz ficar consciente e ter prazer com isso.

O homem fechou os dedos ao redor do topo da minha cabeça e pegou meus cabelos me puxando para cima, posso sentir a dor de alguns fios se soltando.

“Gire.”

Ele mandou e estremeci, tive que morder minha lingua para não brigar e demorou um segundo antes de obedecer, mas ao fiz da melhor forma possível, lentamente, mostrando cada parte de meu corpo ser visto pela plateia de todos os ângulos. A sensação de humilhação é latente, mas eu preciso me controlar.

Todo o show que montei deu resultados, todas as faixas que eu havia estipulado já tinham sido alcançadas, mas agora quem manda no show não sou eu e sim este homem a minha frente. Ele levou a mão até meu queixo, ergueu com mais força e ainda assim mantive o olhar baixo, sem fitá-lo nos olhos e isso me garantiu a aprovação dele.

Ele, sem pressa começou a deslizar a mão peço meu pescoço, apertando brevemente, então chegando ao ombro, agora com as duas mãos ele acaricia a curva dos seios, pelo lado do corpo, chegando na barriga, apertando, descendo um pouco mais até o monte de vênus e indo para a virilha, tocou e forçou as minhas pernas e as abri.

“Tire o corpete.”

Mais um ordem e respirei fundo algumas vezes, só que desta vez por ter demorado ele pegou meus cabelos e puxou com força e por não esperar soltei um gemido de dor, só que pela plateia havia vários suspiros de aprovação.

“Eu mandei você se despir!”

Desta vez não havia chance para eu recusar, ele não está feliz por eu o ter desafiado a segunda vez e sei disso. Eu escolhi este homem para ser minha dupla, justamente porque sabia desse traço dele.

Ele apenas andou um pouco para o lado, assim sem tampar a visão da plateia, respirei fundo e comecei a puxar os fios que prendem o corpete e aos poucos ele se abriu, liberando meus seios. Em movimentos fluidos tirei primeiro o braço direito e depois o esquerdo, fazendo o corpete cair no chão e só depois disso que o homem soltou meus cabelos. Ainda sentindo meu couro cabeludo doer eu me abaixei e tirei a calcinha, ficando de uma vez por todas nua. Apenas com a pintura corporal.

Minha respiração estava acelerada, meu coração batia muito rapidamente, posso sentir algumas gotas de suor escorrer pelo meu corpo, uma mistura entre vergonha e prazer e sei que todos devem estar sentindo o meu cheiro, o cheiro da minha excitação, misturada ao nervosismo.

Há algo um tanto viciante nisso, algo que estou pela primeira vez sentindo, essa adrenalina diferente, essa sensação de estar me submetendo porque quero, porque tem alguém que pode fazer isso, sem precisar recorrer a meios duvidosos, para falar o minimo. Compreender isso me deixa ainda mais ofegante e já sei que depois dos cinco dias do contrato, com certeza vou continuar nessa vida, de BDSM.

Mais uma vez minha coleira foi puxada para baixo e me ajoelhei, juntando os tornozelos atrás, colocando minha bunda em cima deles, posicionando minhas mãos em cima das minhas coxas, viradas para baixo e a cabeça baixa. O que mostrava que eu tinha conhecimento sobre aquele tipo de vida, era a posição onde a submissa está esperando pela ordem de seu Dono.

Respirei fundo e fechei os olhos, sentindo a mão daquele homem sobre minha cabeça novamente, fazendo cafuné e estremeci, pensando em quem seria meu “dono” pelos próximos cinco dias.

É claro que continuei prestando atenção aos lances e me sinto muito orgulhosa, porque agora os lances ultrapassaram e muito minha meta. Tive que me segurar para não sorrir, mas tenho certeza que algo transparece em minha expressão, pois senti as carícias um pouco mais fortes daquele que estava encenando junto comigo.

“Mais algum lance?” A apresentadora que anunciava os lances perguntou. “Mais alguém?” Ela perguntou mais uma. "O último lance é da cabine Uranos! Dole uma! Dole duas! Dole três! Vendida!”

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