Capítulo 7 Um tapa para a ladrã
Leah caiu no chão devido ao tapa, suas mãos tremendo enquanto segurava o rosto avermelhado e inchado. As lágrimas de dor escorriam pelo rosto, enquanto seus olhos estavam cheios de um misto de choque e fúria.
- Leah! - Molly gritou, seu tom de voz agudo e carregado de preocupação. Ela correu até a filha, seguida de perto por Dominic, que estava com uma expressão de pura raiva.
Com a raiva culminada, Dominic levantou a mão para bater em Selena, mas seu punho parou a poucos centímetros do rosto dela. Ele congelou, perplexo com a determinação implacável nos olhos dela. Os olhos de Selena tinham um escuridão chocante, disparando uma frieza densa, que ele quase podia sentir o ar ao seu redor congelar.
Dominic de repente se viu pingando sangue nos olhos frios e claros dela, como se o sangue de todo o corpo tivesse sido drenado. Um arrepio correu pela sua espinha, seus músculos se contraindo involuntariamente.
Leah, caída nos braços de Molly, estava lutando contra a dor intensa que fazia seu corpo tremer.. Ela esperava ver uma Selena mais miserável quando foi intimidada, mas não recebeu o retorno esperado. A dor em seu rosto fazia os músculos se contraírem, e antes mesmo de abrir a boca para atuar, seu queixo foi levantado à força por uma mão fria.
Leah levantou a cabeça e se deparou com os olhos escuros de Selena, que brilhavam com uma intensidade ameaçadora.
- Leah, você tomou meu pai, minha família e meu noivo. Tudo bem se você quiser esses lixos, não me importo. Mas... - A voz de Selena era gélida, cada palavra um corte afiado. - Há sempre algumas coisas no mundo que os outros não têm como roubar! Meu roteiro pode trazer honra para você mas também pode quebrar você em pedaços! Já que você ousou roubá-lo, deve se preparar para pagar um preço alto. Espere. Você se tornará infame e se arrependerá do que fez!
Leah, assustada pelo tom frio de Selena, não conseguiu controlar o tremor que percorreu seu corpo. Ela tentou manter a compostura, mas a dor nos músculos faciais dificultava. Ela disse com indiferença:
- Selena, suas bobagens devem ter um limite. Seu roteiro desapareceu e você imediatamente atribuiu a culpa a mim. Você tem provas?
Selena a afastou com desgosto e tirou um lenço para limpar a mão. Seus olhos estavam cheios de orgulho e frieza, sua voz soando como um veredicto final.
- Não preciso de provas. Leah, lembre-se: um dia farei você se ajoelher no chão, segurando meu roteiro e suplicando para devolvê-lo em prantos. Que canalha desavergonhada é você!
Com isso, Selena jogou o lenço no rosto dela e foi embora, deixando a sala com um movimento de puro desprezo.
De frente para o sol nascente, suas costas estavam bem endireitadas, cada passo ecoando a confiança e a determinação. O vestido azul quase chegava ao chão, conferindo-lhe uma aura fria e nobre.
Com o rosto distorcido pela raiva e humilhação, Leah pregou os olhos nas costas de Selena, tremendo de frustração.
Selena só exalou quando saiu de casa, o ar fresco enchendo seus pulmões como um bálsamo. Embora não fosse a verdadeira Selena, ela sentiu uma profunda simpatia por aquela jovem simpática e frágil.
Ela abaixou a cabeça e murmurou com ternura ao seu próprio coração:
- Há três coisas neste mundo que os outros não podem roubar: a comida na barriga, os conhecimentos na cabeça e o sonho no coração... Não importa o quanto tentem roubar, é impossível tirar essas três coisas. Ambos seu pai e seu noivo são canalhas e são indignos de ser sua família. Mas garanto que restaurarei seu sonho por completo.
Selena esperou um momento depois de dizer isso e finalmente se sentiu melhor. Levantou a cabeça e olhou o céu azul. Quando estava prestes a sair, de repente uma voz respeitosa soou ao lado.
- Senhora, por gentileza, entre no carro!
Selena parou e virou a cabeça. Um homem em terno preto, com uma expressão rígida e fria, apareceu em algum momento indeterminado. Ela sorriu ao perceber a presença dele.
- Sabe para onde quero ir? - Perguntou ela.
- O Sr. Osvaldo instruiu que não se esqueça de almoçar por mais ocupada que esteja. - O homem abriu a porta do banco de trás, aguardando com respeito.
Somente então Selena se lembrou que, estritamente falando, ela era casada agora. Era ma sensação nova ser administrada pelo seu marido recém-casado. Ela sorriu levemente e entrou no carro.
O carro voltou para o castelo, uma estrutura imponente que se destacava contra o horizonte.
Quando Selena voltou, viu Osvaldo à mesa, aparentemente esperando por ela. Apesar da expressão amena de Selena, Osvaldo foi sagaz e notou que ela estava de mau humor. Ele esticou a mão e puxou a cadeira para ela.
- Obrigada. - Selena disse, tomando o assento e sorrindo para Osvaldo, que estava em frente a ela. - Se eu voltar tarde, não precisa de me aguardar.
Osvaldo lhe lançou um olhar profundo, seus olhos examinando-a com cuidado. Sua esposa havia dito que pegaria uma coisa em casa, mas voltou com as mãos vazias. Embora não mostrasse a decepção, obviamente sofreu uma perda.
Selena percebeu seu olhar e sabia o que ele queria perguntar. Ela levantou a cabeça e fez um sorriso leve.
- Houve um inesperado. Tenho que pegar meu pertence daqui a um tempinho. - Explicou, brevemente.
Depois, ela pegou o colher e tomou a sopa com elegância, cada movimento calculado e sereno.
Diante de seu olhar calmo, Osvaldo não perguntou mais.
Após o almoço, Selena voltou para seu quarto e tirou uma soneca de meia hora. Quando desceu, Osvaldo estava sentado no sofá com uma aura nobre, folheando algo com seus dedos esbeltos. Selena se sentou ao seu lado e perguntou com as sobrancelhas curvadas:
- O Grupo Olympus tem plano de produzir séries recentemente?
Osvaldo deixou de lado o material na mão e olhou para ela. Com o olhar fixo nela, seu tom era tranquilo e enigmático:
- Querida, quer ser estrela?
- Tenho um roteiro, quero dirigir uma série de TV. - Selena negou com a cabeça. Ela ponderou um pouco e acrescentou. - É bem escrito. Se produzir uma série atentamente, será muito popular!
A antiga Selena foi um verdadeiro talento. Infelizmente, se deparou com um canalha e teve seu talento enterrado.
Osvaldo fixou o olhar nos olhos de Selena, seus olhos escuros e intensos.
- Você é presidente do Grupo Olympus agora. Se quiser fazer algo, não precisar de pedir autorização a ninguém.
Selena ficou congelada por um momento e logo riu de forma relaxada. Ela esqueceu que tinha recebido o presente de noivado naquela manhã. Quando queria abordar o dote, de repente viu o jornal que Osvaldo deixou na mesa. Era a notícia de que Selena foi abandonada no casamento. Ela ponderou um pouco e olhou diretamente nos olhos escuros do homem. Sua voz era desleixada e fofa, sem a menor fraqueza:
- Você tem alguma pergunta para mim?
Com o canto de boca curvado, Osvaldo tocou a bochecha dela com os dedos e disse em um tom poderoso:
- Você é casada agora. Não precisa mais de noivo.
- Me dê 5 dias. - Selena sorriu levemente, seus olhos brilhando com determinação. - Em 5 dias, vou romper o noivado pessoalmente no aniversário do Sr. Cyril.