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CAPÍTULO 1

|GIOVANI SPINELLI|

-Você sabe o motivo de estar aqui nesse instante, senhorita Jennifer Santos?

Eu questiono impassível, o rosto transforma em uma máscara de frieza e impiedade para camuflar a raiva que sinto da mulherzinha a minha frente que me fita com os grandes olhos castanhos arregalados nas órbitas, por ter sido pega por um crime. Mas o real problema não é que se trata de um simples crime banal. A morena de corpo estrutural e voluptuoso formado pelo pecado, cometeu um grande crime, o pior erro que já cometeu em sua curta vida: ela havia roubado o carro de luxo de Giovani Spinelli!

Como as pessoas irão respeitar um CEO bem sucedido e com uma longa carreira, apesar de ter apenas 38 anos de idade, se uma simples ladrazinha safada conseguiu tomar de mim um bem precioso, um veículo que era mais do que um carro de luxo, era o meu xodó?

Eu me pergunto quando todos irão começar a zombar da minha honra, e tornar uma grande bola de neve a confusão que irá afetar meus negócios, minhas empresas, minha carreira e tudo o que batalhei para construir com o suor do meu rosto, fruto do meu esforço, em razão dessa afronta brutal feita a minha pessoa. Eu sequer consegui localizar a tempo antes que a carcaça do veículo já tivesse sido desmontada em um desmanche clandestino, e as peças revendidas rapidamente no mercado negro. Não havia nem sombra do que o meu preciso carro tinha sido um dia. E agora todo o apreço, respeitabilidade, e a imagem forte e imponente que construí por longos anos está prestes a ruir se for descoberta esse crime que destruirá minha moral para sempre diante da sociedade.

Mas essa garota me pagará com juros altíssimos esse desacato e afronta! Ah se vai... é o que penso comigo mesmo, ao olha-la de pé em frente à minha mesa, depois que o detetive particular que eu havia contratado, tinha trazido ela até minha sala na presidência da empresa, a deixado aqui, e ido embora após ter recebido a última parte do pagamento pela investigação do crime e me entregado o responsável por tal desacato: uma jovem ladra de vinte anos de idade, Jennifer Santos.

A ladrazinha tem um corpo esbelto, uma beleza atrativa e exótica que me desperta a atenção de imediato, e o tesão logo em seguida. Eu a observo atentamente com cuidado de cima a baixo, desde os longos cabelos escuros, descendo por seu rosto fino e delicado, com olhos castanhos e uma boca de lábios fartos, carnudos, e cheios que inspiram um monte de ideias picantes em meu cérebro ligado, mas não paro por aí. Continuo a breve analise por seu pescoço estreito, os ombros finos, e chego a uma parte mais interessante: os seios abundantes e redondinhos que marcam a tecido da blusa que está usando nesse instante. Eu salivo, louco para apalpar aquelas decilinhas com meus dedos e provar com minha boca o sabor que devem ter.

Dentro da minha calça, meu pau logo dá sinal de vida ao endurecer com a visão do pecado moreno a minha frente. Eu preciso desvenda-la por debaixo de todas essas camadas de roupas horríveis. É o que concluo convicto e determinado, ao descer meus olhos por sua barriga chapada, cintura estreita, e quadris largos. Uma verdadeira ampulheta em forma de mulher. Uma provocadora apenas por existir com esse corpo quente. Meu olhar prossegue mais para baixo e encontra a fonte dos desejos, localizada entre as coxas grossas e gostosas, está o caminho para o inferno marcado pela calça jeans velha, desbotada e tão justa, como se tivesse sido vestida a vácuo, que eu vejo nitidamente o contorno da bichinha marcada no tecido. E é totalmente hipnotizante, cativante e acende imediatamente o desejo em meu corpo, que me faz apertar o membro endurecido dentro da cueca para mantê-lo sobre controle e não me deixar em uma péssima situação, apenas por olhar.

-Eu tenho aqui nas minhas mãos as filmagens do roubo, a hora exata em que o sistema de vigilância capta as imagens de você arrombado e em seguida furtando o meu carro dentro de umas das minhas propriedades.

Eu esclareço e jogo o pen drive com a cópia das filmagens sobre a mesa, pegando-a de surpresa com a revelação repentina. Ela sabe que foi pega com a boca na botija e não há escapatória ou como negar o que fez, tudo finalmente foi descoberto e pode ser comprovado com provas concretas e irrefutáveis diante de qualquer tribunal de justiça.

-Senhor Spinelli, e-eu...

-Eu ainda não terminei de falar tudo o que pretendo senhorita Jennifer. Ou eu deveria me referir a você como ladrazinha sem vergonha?

Eu atiro sem nenhuma piedade em seu rosto, sua falta de reputação ou caráter. Ela é uma criminosa e precisa pagar por seus crimes, de um modo ou de outro. De alguma forma ela tem que compensar os danos e os efeitos colaterais que causou a minha vida. E eu não sou um homem conhecido por perdoar ou esquecer dívidas que qualquer pessoa tenha comigo. Na realidade, eu costumo ser bastante intransigente com meus devedores e sempre cobro altos juros e taxas pelos prejuízos. E com essa garota não será diferente. Jennifer Santos terá que acertar suas dívidas comigo a qualquer custo ou irá se arrepender amargamente por um dia ter cruzado o meu caminho.

-Eu sei que você já se desfez do veículo em um desmanche ilegal e não tem mais a mínima possibilidade de encontrar sequer uma peça ou me pagar pelo prejuízo. Por essa razão, irei mandá-la diretamente para a prisão, que é o lugar que você merece, garota! E sabe quanto tempo vou fazer você pegar, só porque me deixou extremamente irritado? No mínimo uns dez a quinze anos de prisão. Eu posso comprar os melhores advogados desse país, os promotores e juízes, a merda do tribunal inteiro, se eu quiser, estará na palma das minhas mãos para vender a sentença que eu ditar.

Eu exponho a verdade, sabendo que basta apenas um telefonema meu e Jennifer já era. Não há pessoa nesse mundo que conseguirá livrá-la das consequências de seus atos e da minha ira.

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