Capítulo 7

Casado?

Agora foi a vez de Joyce ficar surpresa.

Ela não gostava da ideia de ser uma terceira parte em um casamento falso.

Luther, ainda indiferente como sempre, bufou de leve:

- Você não está falando do contrato de casamento com a família Heath?

Jacqueline assentiu com a cabeça repetidamente, dizendo:

- Isso mesmo, naquele ano, nossa família e Cecelia Hurley realmente concordaram que o filho e a filha mais velho se casariam mais tarde.

- Mas a filha da família Heath está desaparecida desde criança e a família Heath é conhecida em todo o mundo por não conseguir encontrar ela. - Interrompeu Shelly.

- A família Heath realmente vai encontrar sua filha desta vez. Eles já têm algumas pistas, segundo dizem. - Jacqueline disse a Luther com cautela. - Luther, embora nossa família Warner possa ser rica. Afinal de contas, estamos lidando apenas com negócios. A família Heath, da capital, controla com firmeza o poder militar há cem anos. Você deve entender a importância desse casamento. O casamento não deve ser considerado levianamente?

- Uau, uma filha da família Heath, ainda mais nobre do que um nobre de verdade. - Shelly parecia estar invejosa dessa vez. A família Heath só ficava atrás da família real quando se tratava de poder. Não era exagero dizer que a filha da família Heath era quase uma princesa.

Luther estava prestes a falar.

- Me desculpe, eu não sabia que Luther tinha um contrato de casamento. Se você quiser que eu faça alguma coisa a respeito, é só dizer. - Joyce disse.

O casamento entre essas duas famílias, para que pudessem ter riqueza e poder cada uma. Eles estavam planejando conquistar o mundo? Como ela poderia simplesmente ficar no caminho deles?

Luther lançou um olhar lívido para Joyce.

Quando ouviu as palavras de Joyce, Shelly viu a oportunidade de fazer alguma coisa. Ela deu um passo à frente e pegou o braço de Luther com carinho, dizendo:

- Luther, você deveria se apressar e se divorciar de Joyce. O projeto do professor Owens foi investido por nossa família. Não é de se admirar que ela tenha conseguido entrar, foi por sua causa, certo? Luther, você tem que me ajudar a tirar ela desse programa.

- Você não está se referindo ao programa de design automotivo do professor Owens? Eu mesmo entrei nesse programa. - Joyce não resistiu a interromper e corrigir Shelly.

O casamento falso e o fato de ela ter entrado no programa eram duas coisas diferentes.

- Pare com isso, quem você quer que eu culpe por você não ser boa o suficiente para entrar? - De qualquer forma, Luther ainda amava sua irmã.

E era por isso que Shelly era sempre um pouco arrogante.

No entanto, Luther sabia que o professor Owens era um acadêmico antiquado, dedicado aos estudos e que não faria tal coisa por dinheiro. Além disso, esse projeto de design de veículo liderado pelo professor Owens era muito importante para o Grupo R&S. Para a empresa, era nada menos que a chave para todo o mercado global.

Ele não sabia que Joyce poderia fazer parte do projeto.

Havia cada vez mais lados interessantes que ele podia encontrar em Joyce.

Ele simplesmente não conseguia imaginar como Joyce poderia ser tão boa em estudos acadêmicos.

- Luther! - Shelly estava tão irritada que bateu o pé. Como ela poderia continuar na escola depois disso?

- Luther, se apresse e peça o divórcio. Você não pode esconder isso e haverá mais problemas se a mídia descobrir. - Jacqueline se preocupou. - Você está levando um lobo para dentro de casa. Você não conseguirá nem mesmo se livrar dela se quiser no futuro. Luther, não se deixe enganar por ela. - Calem a boca, todos vocês!

Todos eles foram interrompidos pela voz de uma idosa. Apesar dos traços que a idade havia deixado nela, sua antiga majestade ainda não havia diminuído.

No final da sala de estar, uma idosa caminhou lentamente com uma bengala.

Embora seus cabelos já estivessem brancos como prata e seu rosto cheio de rugas, Joyce ainda podia ver a grande força de sua juventude heróica e imaginar a beleza estonteante que ela tinha quando era jovem.

- Vovó, por que você saiu? - Luther correu para apoiar ela. Ele amava muito sua avó.

Ao contrário, ele não tinha muito sentimento por sua mãe biológica, Jacqueline.

- Eu ainda não morri. O quê, já está pensando em dividir a propriedade? - Stephanie Chapman lançou um olhar feroz para Jacqueline.

- Mãe, eu não quis dizer isso. - Jacqueline perdeu o fôlego, dizendo.

- Eu ouvi tudo. Joyce é esposa do meu neto. Se você não quiser dividir a família com ela, não se esqueça de que eu ainda tenho algumas ações! - Stephanie levantou a voz, exasperada.

Joyce viu o rosto de Stephanie ficar lívido, então ela se aproximou e disse com gentileza:

- Vovó, voc|e não parece estar bem, por favor, não fique brava. Você precisa se cuidar.

Stephanie segurou a mão de Joyce, olhou para ela com gentileza e sorriu com satisfação.

- Você pode ficar aqui sem preocupações. Comigo aqui, ninguém se atreverá a fazer nada com você.

- Sim. - Joyce assentiu sem jeito.

Ela cresceu sem uma família, mas Stephanie lhe deu um senso de parentesco. Ela se sentiu tocada pelo amor dela.

Quando concordou pela primeira vez com o casamento falso, ela simplesmente esperava que Stephanie não tivesse arrependimentos nesta vida.

Jacqueline não se atreveu a dizer nada. Sua sogra Stephanie era uma das fundadoras da família Warner e possuía dez vezes mais ações do que ela.

- Vocês estão torcendo pela minha morte precoce?!

Stephanie bateu com força a bengala e apontou para Luther, dizendo com raiva:

- Você, se apresse e leve Joyce para jantar. Trate ela bem!