Capítulo 13 Eu Tenho o Pai
No Grupo Melostiano na Cidade J, no sótão.
Rodolfo se apresentou à Anacleto, relatando o trabalho sobre os recentes preparativos da filial.
Anacleto estava sentado em sua cadeira de escritório com um documento em sua mão.
- Senhor, há muitas empresas interessadas em colaborar com o Grupo Melostiano, a lista que você tem em mãos é uma lista de empresas que eu selecionei especialmente, para que você possa decidir quais podemos escolher, Rodolfo disse cuidadosamente.
Anacleto acabou de folhear a lista, que era em sua maioria das empresas de prestígio da Cidade J.
- Adicione o grupo da família Evangelista, Grupo T&E à lista, para os outros, você decide.
Anacleto jogou a lista casualmente para Rodolfo.
Ao ouvir a família Evangelista, Rodolfo teve uma ligeira hesitação, e perguntou:
- A família Evangelista são apenas uma família com pouca força, como para o Grupo T&E ...
- Minha esposa, cujo nome é Flor Evangelista. - respondeu diretamente Anacleto, sem esperar que Rodolfo terminasse.
Rodolfo pareceu surpreendido e ficou imediatamente cheio de horror:
- Senhor, desculpe, não soube que a Sra. Flor é sua esposa, ela veio várias vezes hoje para me visitar, mas eu me recusei a conhecê-la.
No final da frase, Rodolfo estava um pouco assustado.
Anacleto não estava zangado:
- Amanhã você tem que ir ao Grupo T&E para apresentar o acordo pessoalmente, mas você não deve revelar minha identidade, entendeu?
Rodolfo limpou o suor frio de sua testa e concordou apressadamente.
Anacleto deu uma olhada em seu relógio:
- A esta hora do dia, é hora de terminar as aulas no jardim de infância, não é mesmo?
Ao dizer isto, ele se levantou para sair.
...
Um Maserati branco parou na frente do jardim de infância e uma bela mulher saiu.
A mulher encantadora que atraiu inúmeros olhos foi Soraia.
Ela riu dos olhares e entrou no jardim de infância sorrindo. Foi só então que muitos homens perceberam que esta bela mulher já teria sido casada, então eles estavam cheios de desapontamento.
Era hora do pico da coleta e os professores do jardim de infância não podiam vigiar todas as crianças.
Soraia demorou um pouco para encontrar Antônia. E ela estava prestes a chamá-la quando percebeu que Antônia parecia estar discutindo com um garotinho, então ela não pôde deixar de franzir o sobrolho.
- Você é uma bastarda, você não tem pai!
Antônia respondeu com lágrimas e gritou com raiva:
- Eu tenho o pai! Cale a boca!
- Como você pode ter o pai?
O menino gritou, e levantou sua mãozinha gordinha num gesto para empurrar Antônia.
- O que você está fazendo?
Soraia só pôde gritar quando viu que era tarde demais para impedi-la.
- Titia!
À vista de Soraia, Antônia não conseguiu mais conter suas lágrimas e correu em direção.
Quando o menino viu seu tutor chegar, não ousou empurrar Antônia e virou-se para correr, mas estava com tanta pressa que caiu.
Quando o menino caiu, ele gritou, o que atraiu a atenção de todos por um momento.
Antônia, que também estava em lágrimas, disse:
- Eu tenho o pai.
Soraia abraçou Antônia, seus olhos injectados, suas mãos nas costas de Antônia, acalmando-a suavemente:
- Antônia não é uma bastarda, Antônia também tem o pai.
- Meu filho!
Um casal de meia-idade também se precipitou, desesperado por seu filho ter caído:
- Não chore, querido, a mamãe vai se vingar.
- Mamãe, ela me empurrou! Isso dói muito!
O menino chorava, sua mãozinha ainda apontava para Antônia.
Soraia também estava irritada porque tinha visto o menino tentar empurrar Antônia e tinha visto que ele tinha caído por acidente.
Antes que ela tivesse tempo de explodir, a mãe do menino já a havia atacado cegamente:
- Seu filha é mal-educada! Você sabe quem eu sou?
Antônia argumentou:
- Eu não bati nele, ele quis me bater e me insultou.
- Que boca cheia, hoje vou discipliná-la para seus pais.
Aí, a mãe do menino foi em direção a Antônia e até tentou bater nela.
Soraia entrou em fúria, ela protegeu Antônia atrás dela, parecendo pronta para lutar, e disse com raiva:
- Não tente tocá-la!
- Senhoras, não façam isso!
O professor também notou o que estava acontecendo aqui e se apressou para detê-las.
Mas era tarde demais, porque a mãe do menino correu em direção a Soraia, estendendo a mão para arranhar seu rosto:
- Eu a coçarei até a morte.
Será que a rude Soraia poderia ser intimidada por essa regateira?
Antes que a mãe do menino pudesse tocá-la, ela a chutou.
- Ai!
A mãe do menino gritou de dor ao ser chutada no estômago e depois gritou com raiva para o pai do menino:
- Você está me vendo ser espancada?
Quando este homem de meia-idade viu Soraia, sentiu-se atraído por sua beleza. Mas sua esposa foi espancada e ele teve que lutar por ela.
Os espectadores ficaram surpresos, nenhum deles esperava que um homem vencesse uma mulher em público.
- Tia!- gritou Antônia ao ver a situação.
Soraia ficou tão chocada que foi impossível para ela se esquivar e só pôde observar quando a bofetada se aproximava cada vez mais de seu rosto e ela inconscientemente fechou os olhos.
Mas naquele momento, o pulso do homem de meia-idade foi subitamente agarrado.
- Ah!
A dor em seu pulso fez com que o homem de meia-idade gritasse de dor.
Soraia ouviu o grito e abriu os olhos para ver um homem alto de pé diante dela.
- Papai!
Antônia exclamou por surpresa, tendo reconhecido seu pai à mera vista de figura de costas.
Anacleto não soltou a mão e de repente falou:
- Cubra os olhos de Antônia!
Quando Soraia ouviu a voz, percebeu que tinha sido Anacleto quem a salvara.
Ela cobriu os olhos de Antônia apressadamente.
- Solte-me!
O homem de meia-idade, cujo rosto estava vermelho de dor, olhou para Anacleto e gritou com raiva:
- Você sabe quem eu sou...
Antes que ele pudesse terminar sua frase, foi expulso e caiu no chão.
O silêncio era completo, todos estavam em choque.
- Papai! Por que você está aqui?
Antônia se libertou das mãos de Soraia e correu em direção a Anacleto com um olhar encantado no rosto.
Anacleto mostrou um sorriso gentil quando pegou sua filha:
- Claro que estou aqui para procurar a minha filhinha!
Soraia, que tinha acabado de testemunhar a rudeza de Anacleto, olhou para o gentil Anacleto naquele momento e não podia acreditar que o homem à sua frente era o marido de Flor, que todos desprezavam.
- Ei, veja? Eu tenho o pai, e ele é meu pai!
Antônia de repente olhou para o garoto com um olhar satisfeito.